Três debates reunindo público e artistas com obras expostas na Casa Firjan marcaram a participação da federação na Feira Internacional de Arte do Rio (ArtRio), no último fim de semana (de 27 a 30/09). A Firjan foi uma das patrocinadoras do evento, que ocorreu na Marina da Glória e agregou uma programação exclusiva na unidade de Botafogo, que funcionou como uma extensão da feira.

Em meio a debates inspiradores, os visitantes puderam conhecer as obras de Adrianna Eu, Cássio Vasconcellos, Cesar Barreto, Gustavo Prado, Raul Mourão e Túlio Pinto. Na sexta-feira (28/09), Adrianna Eu e o psicólogo Nilo Targino discorreram sobre a autoexposição. Targino apresentou reflexões sobre o “individualismo expressivo” que marca o mundo contemporâneo. Conforme avaliou, da valorização do “eu”, característica da era romântica do século 19, a sociedade moderna passou a dar ênfase ao “ter” e, atualmente, vive o “parecer”.

“Exibição e performance estão entre as questões mais frequentes hoje nas terapias”, analisou o psicólogo. Adrianna contou ter escolhido o sobrenome artístico "Eu" justamente para criar estranhamento. “Existe uma pluralidade de ‘eus’, mas nas redes sociais aparecem só os melhores momentos”, questionou.

Cesar Barreto falou sobre as transformações da área de Fotografia | Foto: Vinícius Magalhães

No sábado, os fotógrafos César Barreto, Thiago Barros e Ioana Mello refletiram sobre as transformações da profissão. No domingo, foi a vez de Raul Mourão falar da interação do público com a obra e sobre o papel da arte de provocar e fazer refletir.

Na avaliação de Maria Isabel Oschery, coordenadora de conteúdo da Casa Firjan, os encontros, em formato intimista, cumpriram o objetivo de aproximar o público dos artistas. “O conteúdo foi bastante reflexivo sobre a atualidade e ainda dialogou com a exposição Transformação, que está em cartaz na unidade, falando das mudanças profissionais do mundo contemporâneo”, avaliou. A Casa Firjan também contou com um estande próprio na Marina da Glória, durante a ArtRio.   
 

Raul Mourão falou da interação do público com a obra e sobre o papel da arte de fazer refletir | Foto: Zô Guimarães