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Casa Firjan debate reconversão industrial a partir de casos de sucesso contra a Covid-19

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Publicado em 24/04/2020 15:42  -  Atualizado em  08/05/2020 17:53

O Aquário Especial da Casa Firjan desta quarta-feira (22/04) debateu desafios e oportunidades da reconversão industrial para a mitigação dos danos da Covid-19. Os profissionais contaram sobre a adaptação das estruturas fabris e do potencial de produção para diversos setores neste período. Os pontos em destaque, na transmissão online, foram a tomada de decisão, a rede de inovação, a sustentabilidade, a conexão de pequenas empresas, os produtos importados e a visão de futuro.

Para participação remota, foram convidados Júlia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Casa Firjan, que fez a mediação da live; Gladstone Junior, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj); Fabricio Tardin, diretor de Operações da Dellas Thork; e Vitor Gomes, vice-presidente Comercial da plataforma Fashion Masks.

De acordo com Gladstone, quando a indústria do plástico viu a possibilidade de ficar parada, se mobilizou rapidamente para se adaptar e atender a demanda do setor de saúde. Além da questão social urgente no momento, foi vista uma oportunidade também de negócio com propostas inovadoras para o setor. “Numa ação conjunta com a Firjan e universidades, aprovamos um protótipo de face shields. Hoje conseguimos produzir 200 mil máscaras por dia no Rio, somando a capacidade das quatro empresas que fabricam os protetores faciais. De acordo com o percentual vendido, fazemos doações para a rede pública de saúde. Além disso, já embalamos em bombonas mais de 100 mil litros de álcool gel”, exemplificou o presidente do Simperj.

O empresário disse acreditar que o plástico mostrou a sua importância com a embalagem para álcool gel, a máscara do tipo face shield, a caixa para proteção do profissional da saúde, além de produtos descartáveis tão necessários neste momento. “Devemos consumir o plástico de forma responsável e fazer o descarte correto. O poder público tem que comparecer com a política reversa de resíduos sólidos e é importante que o consumidor valorize a embalagem reciclável. A indústria de plástico está preparada para isso”, pontuou Gladstone.

Do segmento de moda íntima, fitness e praia, o diretor da Dellas Thork contou que a adaptação da confecção para produção de máscaras de pano foi muito rápida e natural. “Chegamos a um modelo de máscara com um processo similar ao bojo, com uma transição suave, mapeando os requisitos. Com cinco semanas de produção, conseguimos validar o mercado com a venda em farmácias”, explicou Tardin.

Para Tardin, essa adaptação tornou o negócio sustentável em vários aspectos: economicamente, por manter a saúde financeira da empresa; socialmente, ao gerar emprego e colocar um material essencial no mercado; e ambientalmente, por se tratar de um produto reutilizável, de acordo com a teoria da economia circular, já que o processo conta com restos de pano.

Gomes, por sua vez, explicou que a Fashion Masks é uma plataforma que liga costureiras aos compradores finais. “Vimos uma oportunidade ao assistir um vídeo da República Tcheca, quando o país proibiu as pessoas de irem à rua sem proteção e fazia campanha para a produção de máscaras caseiras. Viabilizamos a plataforma com parceiros estratégicos que conseguiram ver o viés social do negócio”, comentou.

Para o futuro, os convidados disseram acreditar que dois pilares se solidificaram com a pandemia: a transformação digital nas empresas, tanto do ponto de vista comercial quanto das relações de trabalho; e a valorização do produtor local, repensando, inclusive, a reindustrialização nacional. “É possível trabalhar de forma remota. Inúmeras pesquisas dizem que o trabalho em casa proporciona qualidade de vida, o que gera mais produtividade”, concluiu Gomes.

 
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