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Casa Firjan debate o poder revolucionário da comida

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Publicado em 03/07/2019 13:42  -  Atualizado em  03/07/2019 13:49

Qual a relação entre a nossa alimentação e o planeta? De que forma o que comemos pode impactá-lo? Como caminhar rumo a um paradigma alimentar sustentável? Essas foram algumas das reflexões da palestra “Como a comida pode ser uma experiência social revolucionária”, promovida pela Casa Firjan, em colaboração com o Instituto Comida do Amanhã, em 02/07, como parte do ciclo Aquário.

A comida é o canal mais íntimo para estreitarmos o nosso diálogo com o planeta, na opinião de Mônica Guerra, diretora executiva e fundadora do Instituto. Nesse sentido, saúde, meio ambiente e sociedade caminham juntos. “Nós já estamos conectados com o planeta, pois somos parte de um todo. A má nutrição da humanidade é resultado da má nutrição da Terra. Quando melhoramos a Terra, também melhoramos o nosso corpo”, destacou Mônica.

Para mudar o paradigma de escassez e alcançar maior biodiversidade e saúde, ela aponta o Hemisfério Sul como alternativa. “Precisamos descolonizar o sistema alimentar e olhar para o paradigma do Sul, em vez de importar modelos do Norte. Temos que valorizar os saberes do Sul, voltar para a cozinha, ter contato com o fogo e comer comida de verdade de quem realmente a produz”, afirmou.

Eduardo Shimahara, mestre em desenvolvimento sustentável pela Stellenbosch University, compartilha da mesma visão. Ele contou suas experiências na Cidade do Cabo, na África do Sul, onde fez sua pós-graduação e reside até hoje. Em Cabo, conta Shimahara, faz parte da rotina dos moradores começar o dia na horta, tendo contato com a terra. “O Sul tem muito a ensinar. Continuamos a olhar sempre para os mesmos lugares em busca de inovação e inovar é justamente olhar para onde ninguém mais está olhando. Está na hora de pensarmos no que temos e no que somos”, argumentou. 

Shimahara também apresentou experiências bem-sucedidas e rentáveis da África do Sul, como hortas urbanas em favelas e restaurantes de alta gastronomia com cozinhas não industriais.

Já Pietrangelo Leta, diretor dos supermercados Zona Sul, falou sobre as ações sustentáveis da rede, tais como a coleta seletiva e suas ecobags. Segundo Leta, o maior desafio ainda é traduzir a sabedoria sustentável para as relações financeiras. “Temos nos esforçado para trabalhar cada vez mais apoiados em pilares de sustentabilidade. Também achamos importante realizar negócios com pequenas e médias empresas, valorizando os pequenos produtores”, contou.

Por fim, Gabriela Kapim, nutricionista e apresentadora do programa “Socorro! Meu filho come mal”, debateu a importância da educação alimentar. “Mais do que fazer as crianças comerem bem, temos que fazê-las escolher comer bem. Nesse ponto, me considero mais educadora do que nutricionista”, frisa.

Para Gabriela, são os pais que têm o poder de transformar o futuro. “Hoje a obesidade convive com a desnutrição; no passado, eram problemas totalmente opostos. A grande maioria das pessoas come mal, porque não sabe o que é comida saudável. É preciso fazer com que as informações certas cheguem a essas pessoas. A saída é o afeto. Através dele, podemos tocar o outro, levando-o à mudança”.

Programação especial

A palestra foi o terceiro e último painel do evento “A Dieta Planetária – Biodiversidade, Soberania Alimentar e Sustentabilidade”, realizado pelo Instituto Comida do Amanhã, em colaboração com o EAT Forum e parceria da Unirio. A iniciativa, sediada na Casa Firjan, promoveu uma programação especial dedicada a pensar os desafios e oportunidades da Dieta Planetária, que respeita os limites do planeta e promove a saúde humana no Brasil.

Além dos painéis, o evento também lançou a publicação "Food, Planet, Health", com um relatório no qual 37 pesquisadores de 16 países relacionam a comida boa para a saúde humana àquela que também beneficia o planeta e os recursos naturais sustentáveis.

Acesse a programação da Casa Firjan.

 
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