
Fernando Salgado (Sindbebi), Luiz Césio Caetano (Firjan), Katia Alves Espírito Santo (Apacerj) e Carlos Alberto Mariz (Apacerj)Foto: Paula Johas
Um evento para valorizar as potencialidades da cachaça fluminense reuniu empresários e convidados nesta segunda-feira (2/10), na Scuola – Escola de Gastronomia, em Botafogo. Na celebração que também marcou o Dia da Cachaça, Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente da Firjan, destacou o reconhecimento da qualidade desta bebida destilada premium do Rio, “um produto nacional de excelência”. Caetano lembrou ainda que o Centro de Referência em Alimentos, Bebidas e Panificação da Firjan SENAI Tijuca oferece o curso de Tecnologia de Produção de Cachaça de Alambique de Qualidade.
“A Firjan mantém uma parceria com o Sindicato Intermunicipal da Indústria de Bebidas em Geral do Rio de Janeiro (Sindbebi) desde 2012, apoiando eventos comemorativos e buscando o aprimoramento dos profissionais do setor”, comentou Caetano.
Segundo Katia Alves Espírito Santo, presidente da Associação dos Produtores de Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (Apacerj - Cachaças do Rio), realizadora do evento, o estado só fica atrás de São Paulo nas exportações de cachaça premium para os Estados Unidos, países europeus e o Japão. “O Rio hoje tem uma exportação respeitada, superada apenas por São Paulo. A cachaça vem conquistando um nicho de consumo mais sofisticado, o que nos levou a celebrar a data dentro de uma escola de gastronomia, incentivando esse hábito”, disse Katia, que lembrou fatos históricos relacionados à bebida, entre eles a Revolta da Cachaça, no Rio de Janeiro, em 1660, quando os donos de alambiques de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí se insurgiram contra o excesso de impostos cobrados pela Coroa Portuguesa. O Dia da Cachaça é tradicionalmente celebrado em 13/9, remontando à data em que caíram as proibições de produção e comércio, além das taxações sobre os engenhos de açúcar e cachaça.
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Drinques de cachaça | Foto: Paula Johas e Vinícius Magalhães |
Fernando Salgado, gestor executivo do Sindbebi, também falou sobre a importância do setor no contexto da industrialização do Rio de Janeiro, enfatizando as oportunidades de emprego que o mercado oferece no estado. “Cada vez que se ativa o consumo da cachaça local, estamos abrindo mais vagas para profissionais e para especializações na carreira desses trabalhadores”, disse Salgado, que representou o presidente do Sindbebi, Marcus Rumem, durante o evento.
Do coquetel na Scuola participaram as seguintes marcas: Cachaça da Quinta, produzida no município do Carmo; a Soledade, de Nova Friburgo, ambas associadas ao Sindbebi e à Firjan, além de Pindorama (de Paulo de Frontin), Magnífica (de Vassouras) e Tellura (de Campos). A Cachaça da Quinta, inclusive, já expôs produtos na Feira Sou do Rio, evento mensal aberto ao público na Casa Firjan, e voltará a participar na edição de novembro.
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