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Business & Tech Women's Network 2019 discute os caminhos para a equidade de mindset

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Publicado em 28/10/2019 17:06  -  Atualizado em  28/10/2019 17:52

Como a equidade de mindset  pode promover e aumentar a competitividade das organizações? Quais os desafios enfrentados para que as mulheres atinjam todo seu potencial nas áreas e nos negócios de tecnologia e inovação? Essas foram algumas das reflexões lançadas pelo Business & Tech Women's Network 2019, Conferência Internacional que aconteceu simultaneamente, na sexta-feira (25/10), no Canadá, em Portugal e no Brasil. O encontro, cuja sede nacional ocorreu na Firjan, teve como objetivo inspirar novas gerações de líderes para equality mindset.

“Diversidade é fundamental para o mercado em geral. Dados mostram que as mulheres estudam mais do que os homens. No entanto, isso não se reflete no mercado de trabalho. Temos o desafio de buscar a equidade dentro das empresas e de desconstruir modelos e comportamentos que acabamos transferindo para nossos filhos”, destacou Gisela Gadelha, diretora de Compliance, Jurídico e Gestão de Pessoas da Firjan.

Evelyne Coulombe, cônsul geral do Canadá, ressaltou que sociedades mais igualitárias são mais prósperas e seguras. “A equidade não é somente uma questão moral; é também uma questão econômica. Estudos mostram que empresas com maior diversidade têm retornos financeiros superiores”, argumentou. 

Através de link ao vivo com Portugal e Canadá, o encontro promoveu a conferência internacional com a presença de Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil. Há 30 anos na indústria eletrônica e de automação, Tânia começou a carreira técnica aos 15 anos. “Desde jovem, convivo nesse ambiente predominantemente masculino. A autoestima elevada e a disciplina me ajudaram muito. Também busquei mentores que pudessem me ajudar a crescer”, contou.

Tânia frisou a necessidade de despertar o interesse das meninas por ciência e tecnologia desde cedo. “Este é um processo que precisa começar na infância. A Microsoft procura fazer isso usando games. Os pais também precisam ser educados para aprender que não há barreiras para as meninas. Além disso, é fundamental termos visibilidade para que possamos compartilhar nossas experiências e mostrar que é possível chegar lá”.

Tânia dividiu o painel com Rumeet Billan, presidente e CEO da Viewpoint Leadership, do Canadá, e Clara Gonçalves, ex-diretora executiva do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), de Portugal. Para Rumeet, a educação é o caminho para vencer a desigualdade de gênero. “A resposta está na educação. Precisamos analisar questões sistêmicas que afetam as mulheres e observar o que acontece nas escolas e nas universidades”, salientou. Clara concordou. “Quando esse aprendizado começa nas escolas é mais fácil acontecer a mudança cultural. Os alunos passam a ensinar seus pais e a comunidade ao seu redor”.

Mulheres empreendedoras

O painel “Executivas Empreendedoras: inspirando as próximas gerações. Quais os drives, os desafios e o que vem a seguir?” compartilhou histórias de sucesso de mulheres que ergueram seus negócios. Luciana Provenzano, fundadora da TAO Sustainability, consultoria de educação ambiental, começou a empreender aos 19 anos e não parou mais. “Costumo dizer que o crucial é conhecer seu próprio valor. Isso é que me fez persistir, mesmo diante de todos os desafios”, disse.

Helena Fragomeni, CEO da Asterisco Soluções Educacionais, ponderou que, embora as mulheres sejam tão empreendedoras quanto os homens, segundo pesquisas, a mesma estatística não se repete quando falamos de abertura de empresas nas áreas de tecnologia. “Esse é o desafio que temos pela frente. Engajar as mulheres nessa área”.

Idilia Maria Seixas, gerente regional do SAP Next-Gen, por sua vez, falou sobre o trabalho da organização, que se dedica a alavancar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, que têm, entre eles, a meta da igualdade de gênero no mundo. “Tentamos trazer esses objetivos para perto de todos os estudantes, clientes e startups. Isso só é possível com a união de todos, tecnologia e diversidade de mindset”, afirmou.

Presença feminina nos cursos técnicos 

Já o painel “Tech girls: nós somos a mudança que queremos!” trouxe experiências de ex-alunas do SENAI de diversas unidades do país. Desde criança, Erika de Souza Fernandes gostava de ajudar o pai, mecânico de manutenção, na sua rotina de trabalho. Quando terminou o ensino médio, deu início a um curso de exploração de petróleo que a levou a investir em outras áreas relacionadas, como instrumentação e solda. “Queria trabalhar em uma plataforma, mas descobri que era preciso um curso técnico. Foi assim que ingressei no curso de automação industrial da Firjan SENAI de Benfica”, contou.

Quando se formou, no entanto, começaram as dificuldades para conseguir emprego. “Eu participava dos processos seletivos e via todos os meus amigos homens avançarem, menos eu. Muitas vezes, eu era eliminada antes mesmo de qualquer entrevista”, lembrou. Érika, no entanto, perseverou e hoje trabalha há sete anos na própria escola de Benfica. “O importante é não aceitar, não concordar. Trabalho é para quem tem disposição, e isso independe do gênero”, disse ela, que, para continuar quebrando tabus, fez ainda uma qualificação profissional em mecânico de refrigeração.

 
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