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Soluções baseadas na Natureza: mitigar mudanças climáticas é destaque em estudo da Firjan

Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de Macacu

Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de MacacuFoto: Divulgação/Firjan

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Publicado em 06/11/2025 18:37  -  Atualizado em  07/11/2025 17:49

Diante do destaque da eficácia dessas alternativas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a adaptação sustentável, a Firjan produziu o estudo “Soluções Baseadas na Natureza, Clima e Negócios", lançado em 7/11. Trata-se de mais uma ação da federação para promover informação qualificada sobre a agenda da COP30.

Acesse a página especial da Firjan sobre a COP30

Consideradas ferramentas importantes para enfrentar um dos desafios mais urgentes da sociedade, as Soluções baseadas na Natureza (SbN) utilizam processos e ecossistemas naturais ou modificados para mitigar as emissões e para a adaptação às mudanças climáticas. Mais do que uma tendência ambiental que vem ganhando protagonismo, elas representam uma abordagem estratégica que une conservação, desenvolvimento e inovação para conter o risco climático, o risco de oferta de água, enchentes, deslizamentos e insegurança alimentar.

“Os eventos climáticos extremos têm causado perdas e danos irreparáveis. É preciso agir rapidamente e pensar em novas formas de atuação trabalhando com a natureza e não contra ela”. Assim o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, justificou a importância do lançamento do estudo com soluções baseadas na natureza pautadas na integração entre clima e biodiversidade e, principalmente, no papel do setor privado como parte da solução.

Caetano explica que, além de endereçar questões humanitárias urgentes, as SbN impulsionam o setor privado rumo ao progresso. O presidente da federação chama a atenção para o fato de que, apesar de ser uma biopotência, o Brasil será uma das nações mais afetadas pelos eventos climáticos extremos, de acordo com as projeções científicas. "Com a natureza não se negocia", alerta Caetano, antes de concluir que a Firjan entende como “urgentes novas formas de construir, pensar e planejar baseadas na natureza”.

Clique aqui e acesse a íntegra do estudo

Governos, empresas e entidades civis organizadas podem e devem investir em Soluções baseadas na Natureza, com resultados positivos para os ecossistemas, para o clima e para os negócios, avalia o estudo da Firjan.

As SbN são alternativas eficazes que podem proporcionar, concomitantemente, resultados positivos ambientais, sociais e econômicos nesse cenário de crise. Essas soluções podem ser aplicadas em diversos setores: da agricultura à construção civil.

“O valor e a importância da natureza precisam ser incluídos nas tomadas de decisão econômicas e políticas e numa integração mais forte entre as agendas da biodiversidade, das mudanças climáticas e do desenvolvimento. Essa integração é considerada estratégica para garantir que ações ambientais estejam alinhadas com metas de crescimento econômico e inclusão social, promovendo um modelo de desenvolvimento mais resiliente e sustentável”, afirma Claudia Guimarães, vice-presidente do Conselho Empresarial ESG.

A aplicação das SbN em ambientes naturais e urbanos também contribui para a segurança hídrica, especialmente em regiões vulneráveis a crises de abastecimento. A recuperação florestal no entorno de nascentes, por exemplo, é uma medida eficaz para garantir a perenidade dos recursos hídricos que abastecem centros urbanos e industriais.

“Não há futuro para o business as usual. É preciso transformar e adaptar as formas de atuação das empresas frente aos novos desafios impostos pelas mudanças climáticas, para garantir competitividade e relevância. As soluções baseadas na natureza mostram um caminho que promove resiliência, regeneração ambiental e benefícios sociais integrados a estratégia empresarial”, enfatiza Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade.

As Soluções baseadas na Natureza podem abordar as mudanças climáticas de três maneiras: reduzindo as emissões de gases com efeito estufa relacionadas com o desmatamento e o uso do solo; capturando e armazenando dióxido de carbono da atmosfera; e aumentando a resiliência dos ecossistemas.

Para mostrar a importância das iniciativas e inspirar e engajar outros atores, a publicação apresenta cases empresariais de sucesso: o do Porto do Açu e sua Reserva Caruara, uma unidade de conservação em São João da Barra; o da Ternium, com a preservação de manguezal, que monitora, protege e conserva esse ecossistema costeiro; o da Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza, que patrocina a Guardiões do Mar, na Baía de Guanabara; Águas de Juturnaíba, com Pontes dos Leites, em Araruama, considerada uma das maiores estações ecológicas de tratamento de esgoto do país; Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), com o Replantando Vida, que produz 2 milhões de mudas por ano de mais de 250 espécies nativas da Mata Atlântica; e o da Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), que restaura e conserva a Mata Atlântica e sua biodiversidade em Cachoeiras de Macacu.

Além disso, mostra o êxito da parceria do Instituto SENAI de Inovação em Química Verde com a Amazonly, ao desenvolver soluções industriais utilizando técnicas alternativas e matérias-primas renováveis, para a criação de produtos e processos mais eficientes.

O estudo da Firjan detalha ainda como as SbN atuam para a mitigação climática nas questões hídrica, para as cidades, para o tratamento de água e efluentes, para resiliência costeiro-Marinha e contra ondas de calor. Essas medidas podem ajudar as sociedades a se adaptarem a riscos climáticos, como inundações, elevação do nível do mar e secas, chuvas intensas, ondas de calor e incêndios florestais mais frequentes e extremos.

São exemplos de SbN em prol do setor produtivo, de acordo com o estudo: os jardins filtrantes para tratamento de efluentes sanitários e industriais; biovaletas para controle de enchentes em áreas urbanas; e recuperação de áreas degradadas no combate às ilhas de calor.

Em um contexto em que 85% e 57% da população brasileira e mundial, respectivamente, vivem em cidades, o estudo aponta como urgente a aplicação de SbN em áreas urbanas. E que planejamento das cidades, é necessário respeitar o fluxo natural das águas, possibilitando a drenagem, o escoamento e a permeabilidade nas construções. Estas estruturas “esponja”, juntas à infraestrutura natural, possibilitariam a absorção da água, amortecendo os impactos das enchentes.

 
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