Disponível em versão on-line desde o início de julho, a edição 2020 do Programa “ViraVida – Jovens do Futuro”, da Firjan SESI, tem colecionado resultados e experiências emocionantes relatadas por seus participantes. São 185 jovens, com idades entre 15 e 29 anos, moradores de favelas e periferias do Rio de Janeiro. Eles são provenientes de 16 localidades, entre elas Rocinha, Cantagalo, Muzema, Itanhangá, Pavão-Pavãozinho, Tijuquinha, Chapéu Mangueira, Cerro Corá e Prazeres.
“Tenho um carinho enorme pelo programa, uma espécie de família que mudou a minha vida, me deu oportunidade de aprender e conhecer pessoas e lugares”, conta Wellington da Silva e Souza Junior, de 20 anos.
O ViraVida compreende um processo psicossocioeducativo que inclui acompanhamento pedagógico para elevação da escolaridade e permanência na escola, atendimento psicossocial, formação profissionalizante, noções de autogestão e empreendedorismo. Atividades de língua portuguesa, matemática e vivência cidadã estão previstas para este mês de agosto e compõem, juntamente com a psicologia, o serviço social, a área de empregabilidade e a pedagogia social, conteúdos distribuídos em quatro blocos. O objetivo é promover o desenvolvimento de competências humanas e profissionalizantes necessárias para os desafios do mundo pós-Covid-19.
“O Programa tem como um dos pilares socioeducativos, capacitar o aluno para compreender a importância dos estudos. Partimos do cotidiano deles, da matemática do dia a dia e do raciocínio lógico, chegando à educação financeira, por exemplo. Já a vivência cidadã trabalha direitos e deveres, tendo como base uma educação em valores”, afirma Celso de Souza Cunha, especialista em Projetos Especiais da Firjan e coordenador do ViraVida.
Técnicas interativas e práticas, gamificação e mídias como o WhatsApp e o Gmail estão sendo usadas no programa. Durante este mês, as equipes desenvolverão o segundo bloco de atividades, sobre comunicação, expressão, trabalho em equipe, coletividade, respeito às diferenças e senso crítico, entre outras habilidades.
“Até o momento, tivemos duas lives no Facebook: a primeira, de apresentação do projeto, e a segunda, para avaliarmos as atividades de um dos blocos do programa. A ideia é termos um feedback de como está o aprendizado deles”, acrescenta Cunha.
Autoestima, resiliência, saúde mental e educação financeira estão entre os assuntos que compõem o conteúdo desenvolvido em módulos semanais. “Tem sido especial estar no projeto à distância, num ritmo adequado ao momento. Falamos sobre inteligência emocional, empreendedorismo, comportamento humano e sobre como lidar com emoções. A cada atividade, há autoconhecimento e aprendizado”, afirma Yasmin de Mattos Fernandes, de 18 anos.