
Renato Correia (CBIC), Luiz Césio Caetano (Firjan), Humberto Rangel (Sinicon) e Claudio Hermolin (Sinduscon-Rio)Foto: Paula Johas | Firjan
“O setor da construção é um dos grandes motores do desenvolvimento econômico e social do país, com enorme capacidade de geração de emprego e de renda”. Com essa afirmação, Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, abriu, nesta quarta-feira (24/9), o Rio Construção Summit 2025, que já se consolidou como o maior evento do setor de construção na América Latina.
Para ratificar a informação, Caetano citou que a indústria da construção nacional liderou o crescimento industrial em 2024, representando 15% do PIB industrial e 6,2% dos empregos formais no país. O presidente da Firjan destacou ainda que 7,4% do PIB do setor está no Rio e que a construção responde por 6,7% dos empregos formais fluminenses.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Claudio Hermolin, destacou que o objetivo comum do RCS é discutir o futuro da construção civil e, por consequência, o futuro da cidade e do estado Rio de Janeiro e do país. Segundo ele, os números hoje do setor são reflexos da modernização da legislação na capital.
“O evento tem um papel fundamental de reafirmar a necessidade do diálogo, com o governo federal, estadual e municipal, as entidades representativas, o sistema financeiro, a academia e os profissionais que fazem parte da construção. Que esse seja, mais uma vez, um marco de inovação, de compromissos, de novas e futuras perspectivas, que possamos sair daqui com ideias renovadas, projetos alinhados e, acima de tudo, com a convicção de que o Rio de Janeiro pode ser, novamente, vanguarda e referência para a nossa indústria da construção”, enfatizou o empresário.
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Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, acompanhado de lideranças empresariais da indústria fluminense | Foto: Vinícius Magalhães |
Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destacou que o total de investimentos previstos no setor da construção em 2026 é de R$ 189,1 bilhões, ao ressaltar a importância do setor, que gera três milhões de empregos com carteira assinada.
“A importância não é só para o emprego ou para o desenvolvimento econômico, é para o abastecimento de habitação, que é um direito constitucional nesse país, que está sem reserva orçamentária adequada para enfrentar todo esse desafio, com uma demanda de seis milhões de habitações faltantes”, argumentou.
Sobre o estoque de infraestrutura no Brasil, o diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada - Infraestrutura (Sinicon), Humberto Rangel, afirmou que é insuficiente, pouco acima da metade de outras economias do nosso porte.
"Temos um longo caminho a percorrer. O setor público, que tem um papel importante, tem feito um esforço, mas o volume de investimento ainda é insuficiente. Consideramos que hoje investimos alguma coisa entre 2% e 2,5% do PIB em infraestrutura, mas precisamos investir 4% do PIB. E acho que esse ambiente é fundamental para que a gente transforme essa necessidade numa consciência nacional”, complementou Rangel.
Já Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, disse que o banco vem investindo, nos três anos, mais de R$ 200 milhões em diferentes projetos de habitação no estado do Rio.
Participaram ainda da abertura do evento o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio, Osmar Lima. A segunda edição do Rio Construção Summit, que prossegue até o dia 26/9, é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), apresentado pela Firjan, com parceria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada - Infraestrutura (Sinicon) e Sistema Indústria - CNI, SESI, SENAI e IEL.