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Municípios da Região Serrana têm pior nível de investimentos do RJ

A nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que a região Serrana do RJ apresentou o menor nível de Investimentos do estado (0,1921 pontos). Embora o ambiente fiscal tenha sido favorável, os municípios da região não conseguiram converter essa situação em mais investimentos públicos.
 

Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros e é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto).

Na região Serrana, foram avaliadas as contas de 13 municípios, que juntos alcançaram IFGF médio de 0,5710 ponto, resultado próximo ao observado na média dos municípios fluminenses (0,5587 ponto).

A análise dos indicadores mostra que a região apresentou bons resultados em Autonomia (0,6480 pontos) e alta Liquidez (0,7778 pontos), que foram os maiores resultados entre as regiões do estado, e indica boa capacidade de gerar receitas próprias e cumprir com folga as suas obrigações financeiras. O desempenho em Gastos com Pessoal (0,6660 pontos) mostra que boa parte dos municípios tem baixo comprometimento do orçamento com despesas obrigatórias.

Munícipios em destaque

Cordeiro se destacou com nota máxima em Liquidez e baixo comprometimento do orçamento com despesas obrigatórias.

Já Petrópolis, Teresópolis e Cantagalo se destacam pela nota máxima no IFGF Autonomia. Nesses municípios, há alta capacidade de gerar receita local para suprir as despesas essenciais ao funcionamento de seus respectivos municípios.

Piores índices da região

São Sebastião do Alto e Trajano de Moraes registraram desempenhos mais críticos. Nos dois casos, além da falta de priorização de investimentos públicos, a vulnerabilidade das contas também está refletida no alto comprometimento da receita com despesas de salários e aposentadorias do funcionalismo público. Em São Sebastião do Alto, a nota zero no IFGF Gastos com Pessoal indica que mais de 60% da receita é destinada a este tipo de gasto, percentual acima do limite máximo permitido por Lei.