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Webinar Firjan: análise prevê estagnação no preço do barril do petróleo por um ano

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Publicado em 06/05/2020 10:20  -  Atualizado em  14/05/2020 19:48

O valor do barril de petróleo só deve manter um patamar mais alto que o de hoje daqui a um ano. Após a crise acarretada pela Covid-19, o consumo de óleo será primeiro daquele já estocado, para, então, uma demanda real vir e impulsionar os preços do barril. Essa foi a avaliação do economista Horacio Cuenca, diretor-executivo da América Latina da IHS Markit. Já Francisco Reis, diretor de Vendas e Expansão Geográfica da Mercer, salientou que países com medidas políticas mais restritivas e eficazes contra a pandemia conseguiram reerguer suas economias mais rapidamente, como é o caso da China, Hong Kong, Dinamarca, Espanha e Coreia do Sul.

Os dois especialistas apresentaram estudos sobre os impactos da crise da Covid-19 no mercado de Petróleo e Gás (P&G), na webinar “Óleo e Gás - Visão mundial e engajamento de pessoas”, ocorrido em 30/04, mediado por Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

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Para Cuenca, a América Latina enfrenta uma recessão. Países que, em 2020, tinham expectativa de crescimento, como o caso do Brasil, estão com percentual negativo estimado de -4,5% do PIB. É um desafio que não se vê há décadas e que o mercado de petróleo acompanha, afirmou. “A estimativa de sobreoferta alcançou 1,2 bilhão de barris em estocagem. Em 2021, deve permanecer o déficit de demanda e a estocagem vai manter os preços reprimidos. Com a normalização dos estoques, os preços vão começar a subir”.

Conforme lembrou Cuenca, a demanda é uma variável da atividade econômica. Então, tudo vai depender de quanto irá durar o período de isolamento. O crescimento do consumo vai gerar uma demanda para os preços subirem, mas a produção estocada tende a pressionar a oferta para um valor ainda em patamar baixo. Em 2021, a previsão da IHS Markit é que o barril fique em torno de US$ 40 ou US$ 45. “A produção está ligada aos estoques locais. Vemos a pressão para produção limitada por um ano ou mais”, disse.

Veja aqui a apresentação da IHS Markit

Segundo o diretor da IHS, dentro dos recursos convencionais, fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Brasil é um dos países com ponto de equilíbrio (break even) mais competitivo, o que, no pré-sal, pode ter o valor de US$ 25 por barril. Ainda de acordo com Cuenca, um caminho que deve ser considerado é o gerenciamento mais ativo do portfólio de projetos no país. “O Brasil é um país muito jovem com áreas relevantes, mas também com um desafio: suas reservas são muito grandes e, por isso, precisam de muitos anos para serem desenvolvidas, entre 20 a 25 anos”, pontuou.

O especialista ainda destacou alguns itens para melhorar a eficiência: investir em digitalização e em bens de capital, buscar mais automatização e mudar a inspeção para utilizar inteligência artificial. “Tudo isso com aproveitamento dos dados, com mais inteligência, o que vai impactar diretamente a operação”, salientou Cuenca.

Pessoas e aprendizado mundial

Francisco Reis, por sua vez, fez uma análise com foco nas pessoas em relação à retomada da economia. Os primeiros países a fazerem esse movimento de recuperação são China, Hong Kong, Dinamarca, Espanha e Coreia Sul. Os principais drivers para isso foram de contenção, com achatamento da proliferação do vírus, aumento da capacidade hospitalar, proteção individual em massa e uso da inteligência artificial. “É visível que as práticas de prevenção deixam o vírus menos suscetível e isso reflete a retomada da economia dos países”, afirmou.

Veja aqui a apresentação da Mercer

“Na Itália, detectamos entre as maiores preocupações das pessoas a manutenção do emprego, o bem-estar, a comunicação (devido à restrição geográfica) e a incerteza de futuro de trabalho. A indústria de Petróleo e Gás é muito sensível ao aspecto operacional; precisa estar em campo para produzir. Então, bem-estar está correlacionado ao aumento de produtividade”, associou Reis.

Para ele, as empresas precisam reagir à Covid-19 com protocolos focados na saúde, no gerenciamento de custos e na adaptação do trabalho. “Não existe nenhum precedente comparável. É um momento de transformação econômica, humana e tecnológica. Esta é uma crise que tem as pessoas no centro, com impactos no negócio, na previdência e no bem-estar”, avaliou.

 

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