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Economia do Rio

Estudo da Firjan mostra que Rio terá R$ 162,3 bilhões em investimentos

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Publicado em 07/05/2019 10:22  -  Atualizado em  07/05/2019 11:58

Após um período de grave crise econômica e retração de investimentos, o estado do Rio está novamente no radar dos investidores. Essa é a conclusão da nota técnica Panorama dos Investimentos no Estado do Rio de Janeiro, da Firjan. A economia fluminense já vinha sinalizando melhora desde 2018, com o retorno da geração de empregos. De acordo com o mapeamento realizado até fevereiro, há 111 grandes projetos confirmados para os próximos anos, totalizando R$ 162,3 bilhões. Todas as regiões do território fluminense, sem exceção, têm iniciativas em andamento ou em vias de serem iniciadas em diversos setores.

“O panorama traz uma perspectiva positiva para o desenvolvimento do estado do Rio: conseguimos compilar mais de 100 projetos em andamento, o que deve representar um farol de oportunidades para os empresários e para a sociedade, seja na geração de negócios durante a sua implementação ou após. Depois de um ano de crescimento, o mercado fluminense reagiu”, explica William Figueiredo, gerente de Sustentabilidade e Infraestrutura da Firjan.

As oportunidades mapeadas se concentram, em sua maioria, em quatro segmentos: Petróleo e Gás (P&G), Indústria de Transformação, Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano. Seguindo uma tendência de retomada, o mercado de P&G lidera o total de investimentos com 82%, totalizando R$ 133,2 bilhões. O Porto do Açu, em São João da Barra, receberá um mega­empreendimento: a instalação do hub de gás do Porto do Açu, pela Gás Natural Açu (GNA). Em Itaboraí, a conclusão das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) também impulsiona a cadeia produtiva de P&G, junto com os investimentos anunciados pela Petrobras na Bacia de Campos.

"O Norte Fluminense é um importante vetor de crescimento para o estado, já que concentra a maior parte dos investimentos do mercado de P&G. A quebra do monopólio do gás natural também deverá alavancar ainda mais a região, abrindo espaço para a construção de outra refinaria no futuro, já que a necessidade de refino permanece como um dos grandes gargalos do país" - Fernando Aguiar, presidente da Firjan Norte Fluminense.

Fernando Aguiar, presidente da Firjan Norte Fluminense, aponta o papel de destaque da região nessa retomada e suas oportunidades futuras. “Certamente, o Norte Fluminense é um importante vetor de crescimento para o estado, já que concentra a maior parte dos investimentos do mercado de P&G. A quebra do monopólio do gás natural também deverá alavancar ainda mais a região, abrindo espaço para a construção de outra refinaria no futuro, já que a necessidade de refino permanece como um dos grandes gargalos do país”.

A Indústria de Transformação aparece como o segundo setor que reúne mais investimentos, com 12%, somando R$ 19,9 bilhões. O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub) se destaca como o maior projeto da área de Defesa e prevê, até 2029, a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear pela Itaguaí Construções Navais (ICN). “A base da recuperação financeira sustentável do estado está voltada para a retomada de investimentos. O Prosub, nesse sentido, abre grandes possibilidades. Ainda para 2019, temos a expectativa de realizar outros projetos, além da construção dos submarinos”, afirma Daniel Fernandes, assessor de Relações Institucionais da ICN.

Mauro Barroso, presidente do Cluster Automotivo do Sul Fluminense, também vê boas perspectivas para 2019. “Desde 2017, voltamos a registrar crescimento e 2018 repetiu o feito. Acredito que 2019 seguirá essa tendência ascendente. O primeiro trimestre já sinaliza um cenário positivo, principalmente para o segmento de pesados, que melhorou muito”, diz.

Marco Saltini, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea) e diretor da Volks América Latina, pondera que a tendência de crescimento também depende de decisões políticas. “A perspectiva de melhora, sem dúvida, aumenta a confiança do investidor. Mas ainda há muita indefinição por conta do cenário político. A aprovação das reformas Tributária e da Previdência tem o potencial de acelerar de maneira significativa essa retomada”, reforça.

 

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Infraestrutura e urbanização

No setor de Infraestrutura, que contabiliza R$ 3,1 bilhões, os Portos de Itaguaí e do Rio aparecem no estudo como os dois grandes polos de atração de capital. A ampliação da capacidade do Terminal de Movimentação de Granéis Sólidos (Tecar) e a modernização de um dos principais terminais de contêiner do país, o Sepetiba Tecon, aquecem o Porto de Itaguaí. Já no Rio, os investimentos se concentram no terminal de trigo e na construção da Avenida Portuária, que irá facilitar o acesso de veículos de carga.

Na área de Desenvolvimento Urbano, o setor público é responsável pela maior parte dos R$ 5,5 bilhões levantados pelo estudo, com projetos de urbanização, contenção de encostas e saneamento básico. O Programa de Abastecimento de Água para a Baixada Fluminense, da Cedae, desponta como o maior projeto. A iniciativa privada, por sua vez, acumula investimentos para expansão da Rede D´Or de hospitais no Rio e em Niterói, além da ampliação do abastecimento de água no Leste Fluminense, pela concessionária Prolagos.

Figueiredo ressalta, ainda, a participação estrangeira na retomada dos investimentos. “Temos uma parcela significativa de capital estrangeiro, o que recoloca o Brasil e o Rio no radar de oportunidades dos grandes investidores internacionais”, destaca.

Obras paradas ou em potencial

A despeito do cenário animador, o Rio ainda possui diversos projetos paralisados, sobretudo na área de Infraestrutura. Segundo o estudo da Firjan, as obras paralisadas já somam R$ 14,6 bilhões, com destaque para a usina nuclear Angra 3 e a nova pista de subida da Serra de Petrópolis, na BR-040. “O número de projetos confirmados é grande, mas poderia ser ainda maior. A nota destaca isso como um alerta aos diversos órgãos envolvidos no destravamento dessas iniciativas para chamar atenção sobre o impacto que a sua retomada pode ter na economia do estado. A conclusão dessas obras é fundamental para se aprimorar a competitividade e a oferta de serviços”, ressalta Figueiredo.

Há também inúmeros projetos potenciais anunciados, destinados à melhoria da logística do estado, mas que ainda não foram iniciados por falta de financiamento, entre outras causas. Segundo Figueiredo, a segurança jurídica de que os contratos sejam honrados é fundamental para destravá-los e dar início a esse novo ciclo de investimentos. Ainda assim, a expectativa é de que eles estejam no radar dos investidores públicos e privados nos próximos anos, por conta de seu impacto potencial sobre a economia fluminense, estimado em R$ 20,3 bilhões.


Projetos em destaque

Conclusão da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj, em Itaboraí

Implantação do hub de gás do Porto do Açu, pela Gás Natural Açu (GNA)

Construção das unidades estacionárias de produção para os campos de Sépia e Libra, em Angra dos Reis

Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub), em Itaguaí

Ciclos de investimentos da MAN Latin America e da Nissan, em Resende

Construção de nova Estação de Tratamento de Água Novo Guandu, na Baixada Fluminense / Cedae

Ampliação da capacidade do Terminal de Granéis Sólidos (Tecar) e modernização do terminal de contêineres (Sepetiba Tecon) / Porto de Itaguaí

Expansão do abastecimento de água no Leste Fluminense / Prolagos

Implantação de terceira faixa na rodovia BR-101 - trecho Niterói-Manilha

Duplicação da rodovia BR-101-Norte

Usina Termelétrica Vale Azul II, em Macaé

Novos viadutos para Avenida Brasil e Linha Vermelha, a partir da Ponte Rio-Niterói

 

Confira a íntegra do Panorama dos Investimentos no Estado do Rio de Janeiro.

 

 
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