A flexibilização nas medidas de isolamento social provocadas pela pandemia trouxe de volta para o modo presencial diversos projetos sociais desenvolvidos pela Firjan SENAI SESI e parceiros, entres eles, o Pertencer, o Niterói Jovem EcoSocial e o Nadadores do Futuro. Após atuar durante meses à distância, os projetos retornaram para potencializar crianças e jovens em vulnerabilidade social, proporcionando melhores condições de vida e de formação.
O Projeto Pertencer, realizado em parceria com a Gerdau e encerrado em fevereiro deste ano, é um dos cases de sucesso da federação. A iniciativa formou, em três meses, 10 mulheres em equipamentos móveis, para operar escavadeiras e empilhadeiras, entre outros veículos; e 10 pessoas com deficiência, com foco em pontes rolantes, que teve como objetivo capacitar os alunos para operar pontes rolantes, com segurança e eficácia, na movimentação de materiais pesados em fluxo logístico específico da indústria. A evasão zero e a evolução surpreendente dos alunos levaram a empresa a estender o contrato de trabalho dos 20 participantes até dezembro de 2021 e a replicar o Pertencer em unidades fora do Rio.
O projeto dá formação integral a esses indivíduos, com a qualificação profissional da Firjan SENAI; e o desenvolvimento humano, com ênfase nas competências socioemocionais, por parte da Firjan SESI. “Utilizamos temáticas transversais, como cidadania, autocuidado e diversidade, para trabalhar as competências de autoconhecimento, autodesenvolvimento e empoderamento do indivíduo”, detalhou Monique Zanatta Cardoso, analista de Projetos Integrados em Responsabilidade Social da Firjan SESI.
O Niterói Jovem EcoSocial, outra referência de sucesso da Firjan, atende quase 400 jovens em parceria com a Prefeitura de Niterói desde 2019 oferecendo capacitação profissional, o desenvolvimento de competências socioemocionais e atividades de educação ambiental. Na opinião de Débora Targino, analista de Projetos Integrados de Responsabilidade Social da Firjan SESI, a manutenção das atividades remotas na pandemia foram desafiadoras, mas primordiais para a manutenção da participação e o controle de evasão do projeto. O retorno presencial aconteceu no último trimestre do ano passado e tem sido adaptado à nova realidade, mas com foco na conclusão e na formação desses jovens.
Durante 17 meses, os jovens, divididos em 24 turmas, estão sendo capacitados em 11 cursos de diversas áreas da Firjan SENAI, como costura, alimentos, automotiva e informática, entre outras, além do acompanhamento para o desenvolvimento humano e atividades de campo voltadas para a educação ambiental em 11 territórios em situação de vulnerabilidade, onde os alunos moram.
Já o Nadadores do Futuro, patrocinado pela GE Celma, retornou ao modo presencial no final de janeiro para atender 90 crianças e jovens de 6 a 17 anos. Durante os meses de distanciamento social, a estratégia foi oferecer aulas por meio de vídeos com exercícios que remetessem a natação e que pudessem ser realizados fora d’água. Agora, dando continuidade ao projeto que começou em 2014, a Firjan SESI São Gonçalo abre novamente suas portas para a prática de natação em duas aulas semanais. O projeto é referência em São Gonçalo e oferece o esporte como ação transformadora de inclusão social e de qualidade de vida.
Em 15/4, a Firjan SESI, como membro da Rede Esporte pela Mudança Social (REMS), lançou o vídeo “natação fora d’água”, com movimentos do nado crawl (assista no Facebook ou no Instagram) para que outras pessoas pudessem se exercitar mesmo estando em casa. Essa aula fez parte do evento virtual “Esporte em Casa”, promovido pela REMS para comemorar o Dia Internacional do Esporte (celebrado em 6/4). Na primeira quinzena deste mês, diversas instituições publicaram modalidades esportivas que pudessem ser realizadas dentro de casa.
Os projetos Educação de Jovens e Adultos Profissionalizante, financiado pelo Porto Sudeste em parceria com a Prefeitura de Itaguaí; o Porto do Saber, com a parceria da empresa Subsea7, no Rio; e o Estrela do Amanhã, patrocinado pela GE Celma, em Petrópolis, também retornaram após a flexibilização no isolamento social.
Por outro lado, o projeto Talentos do Tatame, patrocinado pela GE Celma, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, que oferece a prática de judô a 80 crianças e jovens de Petrópolis há quase 10 anos, continua atuando de forma remota. Por ser um esporte de contato, está presencialmente paralisado desde março de 2020, como explica Rita Valente, analista de Projetos Integrados em Responsabilidade Social da Firjan SESI. Mas oferece, semanalmente pelas redes sociais, atividades do professor e de acompanhamento para o desenvolvimento humano, além de aulas ao vivo.
