Nesta quarta-feira (06/05), aconteceu o lançamento, via transmissão online, da 1ª edição do Circuito Brasil de Óleo e Gás. O evento, promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), em parceria com a Firjan e outras instituições, tem como objetivo agregar os agentes desse mercado em torno de pautas fundamentais das empresas, dos governos e da sociedade. O primeiro encontro abordou o mercado onshore brasileiro, discutindo o seu potencial e questões regulatórias.
Anabal Santos Jr., secretário executivo da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás Natural (ABPIP), ressaltou que a crise atual, decorrente da conjugação dos impactos da pandemia do coronavírus e do novo choque do petróleo, é também uma oportunidade para avançar na resolução de velhos impasses do onshore no país. “Precisamos fortalecer esse mercado. O momento agora é de colocar em prática o senso de urgência necessário e trabalhar em cima de problemas há muito tempo já diagnosticados, como os custos associados à produção onshore, incluindo custos diretos de produção, regulatórios, e também relacionados ao licenciamento”, pontuou.
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Leonardo Caldas, board advisor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), falou sobre as medidas emergenciais do órgão regulador e do programa REATE 2020 – Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural. Segundo Caldas, a Agência agiu rapidamente, implementando medidas de flexibilização, para dar fôlego às empresas diante das restrições de locomoção. “Feito isso, agora nosso desafio é olhar para questões estruturantes. Estamos em conversa constante com a indústria, órgãos do governo e ambientais; e o programa REATE tem sido o instrumento de viabilização dessas discussões. Através dele, conseguiremos estabelecer novas medidas e instrumentos de incentivos à participação do onshore nos volumes de produção do país”, frisou.
Já Marcos Frederico, superintendente de Petróleo e Gás Natural da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), abordou o processo de levantamento do potencial do onshore brasileiro, que é uma atribuição da empresa dentro do REATE. “Já passamos pela definição de uso da metodologia. A equipe está empenhada, com reuniões semanais. O plano de levantamento deverá ser entregue até junho deste ano”.
Quanto ao preço do petróleo, segundo estimativa da EPE, a expectativa é de recuperação. “Embora essa retomada seja lenta, não vemos um patamar abaixo de US$ 40 até o final do ano”, afirmou Frederico.
Márcio Félix, vice-presidente executivo da ONIP, destacou o papel dos estados para o fortalecimento do mercado de gás onshore. “Os estados têm um papel muito importante. Cada estado tem sua riqueza e vocação; e a produção de gás em terra é extremamente competitiva. Onde existe oportunidade, nós temos a obrigação de ir lá e buscar essa riqueza, colocando-a a serviço da sociedade brasileira. O onshore pode contribuir com um valor significativamente maior e de forma mais permanente em várias dessas regiões, mudando a realidade do país”.
Karine Fragoso, diretora geral da ONIP e gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, sublinhou a aproximação entre público e privado viabilizada pelo Reate. “Acreditamos que essa série de encontros do Circuito também faz parte do Reate. É um canal de comunicação para manter a iniciativa privada sempre conectada com o público e contribuindo para as boas decisões e resultados”, finalizou.
Não perca, todas as quartas-feiras, às 16h, novas edições do evento online.
VEJA O VÍDEO COMPLETO DE 06/05: