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Competitividade / Qualidade de Vida/ Firjan

O papel do plástico no meio ambiente e a educação ecológica são debatidos na Firjan

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Publicado em 05/09/2019 17:27  -  Atualizado em  16/09/2019 14:44

A questão ambiental do plástico foi debatida pelo Conselho de Meio Ambiente da Firjan, em 03/09. No encontro, Gladstone Santos, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj), disse que é preciso atenção à questão do descarte incorreto do material e à pouca educação ambiental. O estado do Rio possui 552 empresas ativas em transformação de plástico, empregando quase 16 mil trabalhadores diretamente. Tem, ainda, 25 companhias ativas de reciclagem.

“Temos que combater o agente poluidor, não um material específico. O plástico trouxe benefícios para a sociedade. Citando um exemplo, temos a medicina, que agora consegue produzir próteses de plástico e materiais descartáveis mais seguros”, afirmou Santos, que também preside o Conselho de Competitividade da Firjan.

Segundo Renata Menezes, analista em Meio Ambiente da federação, as propostas legislativas de banimento do plástico não devem ser incentivadas. Isso porque a lei cria restrição geograficamente localizada, o que permite contornos legais que a torna inócua. Além disso, acaba promovendo a substituição do item por outro que não necessariamente é menos impactante, gerando a popularidade de soluções ambientalmente desfavoráveis, como o oxi-biodegradável (materiais que receberam aditivos pró-degradantes, mas que na prática apenas “esfarelam” o material).

“Nós temos três premissas quanto ao tema: o movimento global pela redução do despejo de resíduos plásticos no ambiente, que é sem volta e inquestionável; a escolha do plástico como matéria-prima para produtos de único uso, ou seja, planejados para serem usados uma vez e depois descartados, cada vez mais difíceis de justificar; e a responsabilidade compartilhada por todos os atores”, detalhou.

Desse modo, ela recomendou algumas iniciativas sustentáveis para minimizar o impacto ambiental do plástico: investir em infraestrutura de gerenciamento de resíduos; aplicar a logística reversa em toda a cadeia; fomentar a não geração, o não desperdício, o reúso e a reciclagem; estimular plásticos de origem renovável e degradáveis, com o devido cuidado de não confundir o consumidor; e investir na educação ambiental em consonância com as demais ações. Na ocasião, ela ainda apresentou um glossário, diferenciando conceitos importantes para este debate.

“Temos que investir na educação ambiental. A solução não passa pelo banimento do plástico”, corroborou Isaac Plachta, presidente do Conselho.

Reciclagem

Uma iniciativa apoiada pelo Simperj é o Sementes do Plástico, do Instituto Soul Ambiental. A empresa foi criada exatamente para atender aos anseios da indústria do segmento de aprimorar os mecanismos e o conhecimento da sociedade a respeito de coleta seletiva, logística reversa e reciclagem. Uma das ações acontece em parceria com a Colônia de Férias da Firjan SESI, que em janeiro coletou mais de 112 mil tampinhas para o Sementes.

“A reciclagem de plástico no Brasil ainda é de 26% do total descartado. Tem muito espaço para melhorar esse cenário. O setor de petroquímica já entendeu que esse é o caminho e vamos trabalhar junto à sociedade para educar sobre o descarte correto”, disse Rafael Sette, diretor do Instituto e do Simperj.

Por sua vez, a Coca-Cola também vem investindo no melhor uso do plástico, com as garrafas pets retornáveis. Hoje, 25% de toda a produção da fábrica de Duque de Caxias da companhia é de reciclados e, segundo Humberto Magalhães, advogado da empresa, a tendência é aumentar cada vez mais. “Temos preocupação muito grande com o viés ambiental. Começamos a investir há 10 anos em novas tecnologias, principalmente no setor de garrafas pets retornáveis e isso vai continuar aumentando”, contou.

 
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