Para criar soluções que atendam ao interesse coletivo, a Firjan criou grupos de trabalho, compostos por empresários, para entender as principais demandas e desenvolver alternativas para enfrentar os atuais desafios. Com a crise econômica no Brasil, em especial no estado do Rio, medidas efetivas foram encontradas para auxiliar na sustentabilidade dos sindicatos e fortalecer a representatividade da indústria.

Os resultados da iniciativa foram apresentados durante a reunião do Conselho Firjan/CIRJ, na sede da federação, em 30/09. Os grupos trabalharam durante sete meses no projeto. "Essa iniciativa foi essencial. Se não tivéssemos o apoio da Firjan, como seria o futuro da representação empresarial? Dessa forma nós saímos na frente”, afirma Carlos Di Giorgio, 1º diretor-secretário da Diretoria Plena da Firjan e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro (Sigraf).

O projeto foi segmentado nos grupos de trabalho a seguir.

Suporte Sindical e Redução de Custos

Para aprimorar o suporte sindical oferecido pela Firjan, o grupo criou estratégias a partir da avaliação dos principais desafios comuns encontrados pelos sindicatos e das tendências de compartilhamento de recursos. Dentre as soluções desenvolvidas para melhor atender aos sindicatos e suas empresas está o Sindworking, espaço de coworking localizado no prédio da Firjan, no Centro do Rio, com infraestrutura para instalação física de 15 sindicatos, estações de trabalho, salas de reunião e serviços de informática.

Além do espaço, apoio contábil-financeiro, gestão administrativa e associativa e de defesa de interesses também fazem parte dos serviços oferecidos: 77 sindicatos já manifestaram interesse em aderir a um ou mais deles, que estão em fase de desenvolvimento. Todos estes, incluindo o espaço de coworking, serão oferecidos a partir de janeiro de 2020, estão organizados em pacotes e serão prestados, sem custo, para os sindicatos filiados à federação.

“Partimos de um cenário de crise com o fim da contribuição sindical obrigatória, em que é necessário buscar estratégias para garantir a eficiência e eficácia sindical. Este é um projeto que vem solucionar problemas inerentes a todos os sindicatos e traz uma nova visão de integração”, destaca Sérgio Ramalho, diretor do Comitê Executivo da Firjan CIRJ e presidente do Sindicato da Indústria do Pescado do Rio de Janeiro (Siperj).

Além de Ramalho, o grupo foi integrado também por Sérgio Yamagata, diretor da Firjan CIRJ e diretor-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção, Engenharia Consultiva e do Mobiliário de Niterói a Cabo Frio (Sindicem); e Waltraud Keuper, 3º diretora-tesoureira da Diretoria Plena da Firjan e presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas de Petrópolis (Sindmmep).

Defesa de Interesses

A atuação em defesa de interesses, que visa atender às demandas empresariais de impacto coletivo, também foi reestruturada com lugar de destaque. Com a reformulação, a entrada das demandas acontece pelos conselhos e fóruns. A área técnica responsável da Firjan analisa e coordena a solução por meio de uma ferramenta de controle, que após validada é entregue ao sindicato.

"As demandas chegavam de forma pulverizada. A ideia agora é tornar a atuação ainda mais produtiva e eficiente, já que os temas demandam solução rápida”, explica Luiz Césio Caetano, 1º diretor-tesoureiro da Diretoria Executiva da Firjan, presidente da Firjan Leste Fluminense e do Sindicato da Indústria de Refinação e Moagem de Sal (Sindisal).
Além de Caetano, o grupo teve como participantes Raul Sanson, 2º vice-presidente da Firjan CIRJ e vice-presidente do Sindicato das Indústrias Mecânicas e de Material Elétrico do Município do Rio de Janeiro (Simme); e Carlos Di Giorgio.

Assessoramento Firjan SENAI SESI

O grupo propôs ajustes para que a Firjan SENAI SESI se mantenha sustentável sem causar impacto na qualidade dos serviços prestados aos empresários e à sociedade. Gastos com atividades-meio, referentes a serviços administrativos e burocráticos, foram reduzidos para que os esforços fossem concentrados nas atividades-fim, além da readequação de cursos. Com as mudanças e o mesmo orçamento utilizado em 2018, o grupo reestruturou as atividades alcançando uma produtividade 25% maior.

"Apesar da crise econômica, conseguiremos fechar o ano de 2019 com superávit. É uma grande conquista", comemora Sérgio Duarte, 1º vice-presidente da Firjan CIRJ e presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentos do Município do Rio de Janeiro (Siarj). O grupo estuda ainda a diretriz de atuação que atenderá a Firjan SENAI SESI de 2020 a 2024. A expectativa é de crescimento econômico, mas toda avaliação inclui possíveis ajustes, caso o cenário se modifique.

Além de Duarte, o grupo é formado por Carlos Di Giorgio; Cláudio Tangari, vice-presidente da Diretoria Plena da Firjan e diretor executivo da M.H.S. Mecânica Hidráulica e Sistemas; e Luiz Césio Caetano.