<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=4124220&amp;fmt=gif">
Portal Sistema Firjan
menu

Notícias

Competitividade

Em parceria com as indústrias, os Institutos de Inovação da Firjan SENAI transformam projetos em realidade

Tempo médio de leitura: ...calculando.

Publicado em 25/08/2021 14:32  -  Atualizado em  25/08/2021 15:13

Reportagem especial da Carta da Indústria

Em um momento sem precedentes na oferta de serviços inovadores no mundo, aumenta a cada dia a percepção de valor do quanto a tecnologia pode apoiar o desenvolvimento de empresas de todos os portes. Os números dos Institutos SENAI de Tecnologia (IST) e de Inovação (ISI), da Firjan, dão bem a noção de como esse avanço vem ocorrendo: em 2018, foram concluídos 261 projetos; enquanto em apenas seis meses de operação em 2021 já foram finalizados mais de 328 trabalhos.

Ser o fio condutor dessa transformação das empresas através da inovação tecnológica é a essência dos institutos da Firjan, que atuam de forma integrada no desenvolvimento de soluções completas para diversos setores.
Nesta reportagem, a Carta da Indústria traz três exemplos que representam a diversidade de clientes dos ISI. Há grandes companhias como Ternium, empresas de pequeno e médio portes como a Biosolvit e instituições do setor público como o Inmetro, além das Forças Armadas.

Para Luis Césio Caetano, 1º vice-presidente da Firjan, os institutos são o melhor caminho para que a indústria se mantenha competitiva. “Muitas empresas querem desenvolver projetos e não sabem como e onde. Aos poucos, elas percebem que podem buscar esse conhecimento dentro da Firjan. Os institutos possuem instalações e competências técnicas. Além disso, a federação conta com equipe para auxiliar até na busca de recursos para inovação”, ressalta ele.

Há um tripé fundamental por trás da atuação dos IST e ISI: “A Firjan SENAI tem um papel fundamental de esclarecimento acerca dos benefícios que a tecnologia e a inovação oferecem à indústria. É ainda mais importante garantirmos a mediação entre os atores envolvidos nessa cadeia de valor e, por fim, disponibilizar toda a infraestrutura tecnológica e competências dos nossos Institutos para que as empresas cada vez mais inovem e possam solucionar os seus desafios tecnológicos”, ressalta Diego Trindade, especialista em Gestão Tecnológica da federação.

Solda e Machine Learning 

Visando preservar a integridade de estruturas metálicas e determinar se há falhas em materiais e peças fabricadas, o Inmetro e o ISI Inspeção e Integridade estão desenvolvendo o projeto “Processamento digital de imagens ultrassônicas por machine learning para otimizar processos de análise microestrutural de juntas soldadas”.

O trabalho lança um novo olhar para identificar poro, trinca ou uma falta de fusão, a partir de bancos de imagens de soldas bem-feitas e de soldas malfeitas. Com o machine learning, um software consegue fazer essas diferenciações, explica Rodrigo Pereira Barretto da Costa Félix, chefe do laboratório de Ultrassom da Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia do Inmetro.

“Estamos finalizando a fase de coleta das imagens de ultrassom. Para isso, fizemos três tipos de soldagens, uma que seria perfeita, uma com o aporte acima do ideal e outra com o aporte abaixo do ideal, para garantir aquela característica específica pretendida com a soldagem”, complementa.

Fazer a máquina ser inteligente para saber o que é bom e o que é ruim nesse processo de soldagem de união de materiais metálicos abre um leque de possibilidades e pode tirar o ser humano de serviços de risco, observa Suzana Botegga Peripolli, pesquisadora do ISI Inspeção e Integridade.

“A união de materiais é um mundo, existe em pontes, em prédios, em estruturas metálicas, nos navios e nas plataformas de petróleo. O equipamento, que pode ser portátil, inspeciona regiões de soldagem em qualquer ambiente, inclusive as que oferecem grandes riscos ao técnico”, ressalta.

Sem risco de acidente 

Já o ISI Sistemas Virtuais de Produção (ISI SVP) e a Ternium Brasil dão andamento ao projeto “Percepção de Riscos − desenvolvimento de um Simulador de Percepção de Riscos com óculos de realidade virtual (RV)”. Eric Cardona, responsável pela divisão de tecnologias digitais da Firjan SENAI, esclarece que “a utilização da realidade virtual melhora o treinamento de colaboradores das empresas, aumentando o engajamento sobre os processos e normas. Com isso, a indústria acaba ganhando na produtividade e na velocidade de operação”.

ic_ternium-ISI.jpg
A Ternium e o ISI Sistemas Virtuais de Produção (ISI SVP) desenvolvem um simulador de percepção de riscos com óculos de realidade virtual | Divulgação

 

É um novo viés de capacitação, sinaliza Luís Gaspar da Silva, coordenador de Sistemas Industriais na Ternium, situada em Santa Cruz, Zona Oeste da capital. “Entendemos que a imersão do colaborador em um ambiente real poderia trazer benefícios maiores e reduzir os riscos de acidentes na fábrica. Nosso objetivo é melhorar a qualidade de treinamento através da simulação de uma realidade virtual”, conta. A aplicação começou na área de lingotamento, mas será expandida para o setor de aciaria e, depois, para outros ambientes da siderúrgica.De acordo com o especialista, foi realizado um mapeamento com fotos, vídeos e plantas das estruturas digitalizadas e modeladas em 3D, criando o cenário interativo para ensinar a caminhar e trabalhar com segurança na siderúrgica.

Franz Ramstorfer, consultor especialista em aciaria da Ternium Brasil, diz que o projeto está sendo bem recebido, tanto pela gerência e diretoria quanto pelas pessoas treinadas com o equipamento. “A inovação é um simulador que reproduz um jogo sério, no qual é preciso identificar as diversas situações de risco no ambiente virtual, como riscos de atropelamento, poeira e calor, entre outros”, exemplifica.

Filtragem de óleo na água

Por sua vez, o ISI Química Verde e a Biosolvit Soluções em Biotecnologia estão desenvolvendo um sistema de filtração, capaz de remover óleo da água, contendo elemento filtrante oriundo de matérias-primas de fontes renováveis. Atualmente, a Biosolvit possui um processo que utiliza materiais descartados pela indústria de alimentos, ricos em fibras, para a produção de novos absorvedores.

A Biosolvit produziu um material à base de uma planta com alta capacidade de absorver óleo, como uma esponja. O tratamento dessa água vai até o nível de potabilidade. O projeto prevê ainda recuperar o óleo, que hoje contamina a água, para a produção de outros materiais.O Instituto da Firjan SENAI está produzindo o protótipo de um reator para testar a retirada e a purificação de água oleosa, descreve Antonio Fidalgo, pesquisador-chefe do ISI Química Verde e também do ISI Inspeção e Integridade. “Essa substância pode ser usada, por exemplo, em uma área com derramamento de petróleo”, destaca ele, que estima a conclusão do projeto até fevereiro de 2022.

“Com essa tecnologia, estamos olhando para o futuro. O desafio de tratamento de água é enorme e, acima de tudo, a separação de água e óleo e hidrocarboneto de maneira geral envolve um grande desafio não só para a indústria, mas para a sociedade como um todo”, frisa Guilhermo Pinheiro, CEO da Biosolvit, com sede em Barra Mansa, no Sul Fluminense.

ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NA FIRJAN

Os ISI fazem parte do ecossistema de inovação da Firjan, integrando a vertente PD&I e Serviços de Tecnologia. Firjan IEL e Casa Firjan atuam no apoio aos líderes, por meio de diversas ações. O Radar de Tendências prepara dossiês, reports e eventos como o Festival Futuros Possíveis e as palestras Aquário Casa Firjan. Em Cultura e Gestão da inovação, o foco é apoiar os líderes por meio de capacitações, Trilhas e consultorias. A quarta vertente são as Conexões para inovação, que buscam contribuir para que as empresas se aproximem de startups e universidades. Estão inseridos neste aspecto os editais, desafios e mentorias, com o auxílio da federação em todas as etapas do processo, inclusive na construção de um modelo de projetos para submissão aos recursos que viabilizem uma ideia.

LEIA MAIS REPORTAGENS NA CARTA DA INDÚSTRIA

 
Para Empresas
Competitividade Empresarial Educação Qualidade de Vida