Segurança pública é política de estado e falta ao governo estadual uma maior coordenação, no que diz respeito aos projetos que a caracterizam como tal. Esta é a visão da deputada estadual Martha Rocha que participou, em 12/03, do Conselho Firjan de Segurança Pública. “A segurança pública, enquanto estruturante, tem seus impactos em outras áreas da política pública. É preciso fortalecer a integração da segurança com os outros segmentos”, disse.

"É preciso fortalecer a integração da segurança com os outros segmentos” - Martha Rocha

Diante desse cenário de desarticulação, a deputada ressaltou que o Conselho deve atuar como interlocutor, apontando para o governo quais são as ações que necessitam de cuidado especial. Para tanto, a deputada fez uma ampla exposição dos projetos de lei sancionados, em tramitação e outros arquivados no Congresso Nacional, com destaque para aqueles que contemplam a criação de novas secretarias, extinção das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), implantação do sistema de identificação balística, enfrentamento ao roubo de carga e, sobretudo, a criação do Fundo Estadual de Investimentos e Ações de

Segurança Pública e Desenvolvimento Social (Fised). A previsão é que o fundo reserve cerca de R$ 439 milhões para a área.
Além da produção legislativa, a deputada chamou atenção para a necessidade de acompanhamento das ações desenvolvidas pelas comissões permanentes por meio de suas audiências públicas e suas CPIs – em especial as que tratam da crise fiscal do Rio.

Para a presidente do Conselho, Ilona Szabó, o esforço empreendido pelo grupo será no sentido de identificar as sinergias entre o poder público e sua agenda, rumo a uma cooperação mais atuante e um diálogo mais concreto, apoiando os agentes públicos nas pautas prioritárias. Criado no ano passado, o Conselho reúne empresários e representantes da sociedade civil organizada, da academia, do Ministério Público e dos Poderes Judiciário e Legislativo. Ex-chefe da Polícia Civil, Martha é uma das conselheiras.