A Firjan revisou para cima a projeção para o PIB brasileiro este ano, passando de 3,9% para 4,2%. O novo percentual, portanto, prevê a reposição da queda verificada em 2020, de 4,1%, ficando até ligeiramente superior. Com relação à produção industrial nacional, a estimativa é de 6,1%, ante recuo de 4,5% em 2020.
Segundo Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da federação, o cenário está mais otimista e as projeções levam em conta que o país irá manter a velocidade de vacinação da população. Além disso, a depender de alguns fatores, o percentual estimado pode até ser revisto.
“É importante observar que o mercado tem melhorado muito suas projeções de crescimento do PIB e há quem fale em mais de 5%. Porém, alguns dados suscitam observação, como o índice ainda elevado de desemprego e a recuperação um pouco lenta do setor de serviços, que depende da circulação das pessoas. Por isso, estamos cautelosos”, explica. Já a produção industrial vinha dando sinais mais fortes de recuperação desde o fim do ano e a Firjan acredita na continuidade desse movimento.
A federação também fez projeções para a inflação, que encerraria o ano em 5,4% para o IPCA, enquanto a taxa básica de juros (Selic) chegaria ao fim de dezembro em 5,75%, ante 4,25% atuais. O câmbio fecharia 2021 em R$ 5,25, patamar semelhante aos R$ 5,19 verificados no mesmo período de 2020.