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Casa Firjan lança Diálogos da Inovação, em parceria com a Faperj

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Publicado em 04/04/2019 15:37  -  Atualizado em  04/04/2019 16:43

A inovação é a ferramenta mais poderosa de desenvolvimento das startups e também uma das principais estratégias de revitalização das grandes empresas. Pensando na melhoria do ecossistema de inovação brasileiro e com o objetivo de ser um ponto de encontro para discutir o futuro no país e no mundo, a Casa Firjan, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), inaugurou, em 03/04, o primeiro encontro da série mensal Diálogos da Inovação. Com uma dinâmica participativa, o evento reuniu empreendedores e investidores para debater com o público sobre investimento em empresas inovadoras.

O painel de abertura do evento, mediado por Maurício Guedes, diretor de Tecnologia da Faperj, abordou o papel do capital no processo de formação das startups. Renato Vieira, gerente de Arquitetura e Inovação da Petrobras Distribuidora, falou sobre a importância da inovação aberta no plano estratégico adotado pela distribuidora para os próximos anos.

Para enfrentar os desafios de sustentabilidade e mobilidade de pessoas e negócios, a companhia recorreu ao programa Desafio de Startups Petrobras, que selecionou 10 empresas em estágio inicial para o desenvolvimento de projetos relacionados aos temas. “Novas dinâmicas de mercado irão surgir e impactar o negócio de distribuição de combustível, por conta das transformações de matriz energética e hábitos de consumo. Queremos ser uma empresa de mobilidade e conveniência e percebemos que precisávamos de parceiros para ampliar nosso escopo de atuação com soluções inovadoras, o que tem rendido muitos frutos”, destacou.

A experiência com inovação aberta também deu certo para Rafael Duton, fundador da Movile e cofundador da 21212. Duton ressaltou que não existe receita mágica para empreender e que foi preciso uma sequência intensa de erros para que a empresa achasse o caminho certo. Mas depois de muitos percalços, um de seus maiores produtos, o Ifood, surgiu de parcerias e fusões. “O surgimento dos smartphones como ferramentas de inclusão digital e social foi um processo complexo que exigiu nossa reinvenção. Vimos que não podíamos enfrentar esse desafio sem parceiros. Buscamos interação com cerca de 50 startups, das quais quase 15 estão na ativa hoje”, contou.

Duton também destacou a necessidade de um sistema de inovação mais horizontal, que dispense regionalismos. “Tivemos uma ótima experiência com uma startup de Brasília, por exemplo. Essa abertura é muito válida”, disse.

Embora não tenha fórmula mágica, como observou Duton, Fernando Silva, gestor do Criatec, salientou que há padrões de erros que podem ser evitados. Nesse sentido, o gestor enfatizou o cuidado na escolha dos sócios, para evitar brigas societárias, e a importância de um estudo de mercado. “Antes de investir, é fundamental fazer um estudo de mercado, avaliar o cliente final e pensar fora da caixa, sobretudo na etapa de design do produto, que é o maior investimento inicial que uma startup deve fazer”, observou.

Antes de investir, é fundamental fazer um estudo de mercado, avaliar o cliente final e pensar fora da caixa. - Fernando Silva, gestor do Criatec

O desafio do ambiente

O segundo painel, mediado por Claudio Tangari, vice-presidente da Firjan, discutiu o ambiente de funcionamento das empresas. Manuel Tanoira, head de Venture Capital da Tanoira Cassagne Abogados e cofundador e diretor de Políticas Públicas da Asociación de Emprendedores de Argentina (ASEA), compartilhou a experiência de seu país com a Lei dos Empreendedores, que permite a abertura de empresas pela Internet em até 24 horas e dá acesso a novas possibilidades de financiamento. A lei apoia o capital empresarial com base em incentivos fiscais, instrumentos de coinvestimento e mecanismos de financiamento coletivo.

“A Argentina é o primeiro país que regula o financiamento coletivo. Projetos de empreendedores podem ser enviados para plataformas online de financiamento e atrair investidores. Mas ninguém pode colocar mais de 20% de sua renda, porque estamos falando de investimentos de alto risco”, explicou.

Já Filippo Scelza, subsecretário de Estado de Cooperação com o Setor Tecnológico e Inovativo do Rio, trouxe à tona a relação entre os setores público e privado, apresentando a pasta como uma estrutura nova disposta ao diálogo aberto e propositivo. “Não podemos ser um obstáculo para o funcionamento das empresas. Nosso papel é ouvir os atores e, a partir dessa escuta ativa, promover políticas públicas conjuntas que tragam benefícios. Temos diversos atores, parcerias e iniciativas que almejam incrementar o ambiente de negócios e potencialmente transformar o Rio em um cartão-postal para inovação”, disse, complementando que o setor público também necessita de inovação. 

Felipe Hanszmann, cofundador do Nós8 e head do VR1, apontou a segurança jurídica como algo crucial para melhorar o ecossistema de investimento e de inovação. “A principal preocupação do Estado é garantir segurança jurídica para que os empreendedores possam efetivamente investir seu dinheiro e não ter surpresas ao longo do caminho. Temos algumas iniciativas legislativas nessa direção, mas, por vezes, falta diálogo entre os três poderes e isso gera insegurança”.

Hanszmann apresentou um panorama resumido do ambiente regulatório brasileiro atual, destacando a Lei do Bem, a Lei de Informática e a Lei Complementar nº 155/2016, que regulamenta o chamado investimento-anjo.

Ao final do evento, o público pode ainda tirar dúvidas sobre o Edital de Inovação para a Indústria: Desafios de Startups, cujas inscrições foram prorrogadas. As chamadas da Engie e da Ternium se encerram em 15/04, e da Enel, em 30/04.

 
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