A forma como as relações entre gestores e equipes acontecem hoje no mundo corporativo não funciona mais. O novo caminho segue por um modelo mais inclusivo e compassivo. Esse é o foco da autora do livro “Líder humano gera resultados”, Ligia Costa.

A professora de mindfulness certificada pela metodologia Search Inside Yourself (SIY) e fundadora da Thank God it's Today destacou, no Aquário Casa Firjan de 21/09, que é necessário estar atento porque as lideranças tóxicas promovem relações tóxicas e podem afastar talentos, enquanto a gestão compassiva gera lucro.

“O fato é que o Brasil já é o país com o maior número de pessoas depressivas na América Latina, com 6% da população”, ressaltou a autora, para enfatizar a questão da saúde mental do brasileiro. Ela esclareceu que usa o livro como uma ferramenta, um megafone para divulgar sua missão e propósito e apresentar cases e projetos desenvolvidos em relação à transformação da liderança.

Na opinião de Ligia, a crise de consciência da liderança que está provocando todos esses impactos na saúde mental tem duas frentes: a liderança tóxica, pessoas com mentalidade retrógrada, agressiva e separatista; e a desigualdade de gênero. O novo modelo de negócio requer líderes compassivos, humanizados.

Patrícia Coimbra, vice-presidente de RH, Sustentabilidade e Marketing da SulAmérica, defende que para estabelecer uma cultura organizacional consistente é preciso haver engajamento e emponderar as pessoas. Se isso não acontecer, não vai haver sustentabilidade, explicou. Ela observou ainda que as empresas devem ter clareza de como vão gerar seus resultados, qual o propósito da organização e a política de inclusão e diversidade.

“O engajamento é das pessoas e acontece quando a empresa cria um ambiente favorável para isso. Essa é a única forma, de fato, de gerar resultado sustentável e consistente. A pessoa tem que ser substituível como profissional, não como pessoa. Tem que dar espaço para todo mundo estar presente. Sem isso, não vai ser um bom profissional e nem será possível gerar impacto positivo”, pontuou Patrícia.

Para Maristella Iannuzzi, fundadora da CMI Business Transformation e conselheira consultiva, que fez a mediação do encontro, a geração de hoje se preocupara com o lado social e com a empatia. “É diferente de anos atrás, quando o dinheiro imperava numa decisão de empregabilidade. Hoje isso está totalmente conectado ao balanço da minha vida profissional com a minha vida pessoal”, sinalizou.

O encontro terminou com um exercício de mindfulness, ministrado por Ligia Costa, certificada pela metodologia SIY, que nasceu no Google.

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