Pesquisa Firjan ESG 2023

SET. 2023 Firjan ESG 2023 PESQUISA

Firjan F523p Pesquisa Firjan ESG 2023 / Firjan. – Rio de Janeiro: [s.n], 2023. 19 p. : il., color. 1. Desenvolvimento sustentável. 2. Responsabilidade social. 3. Meio Ambiente. 4. Governança corporativa. 5. Rio de Janeiro. I. Firjan SENAI. II. Firjan SESI. III. Firjan IEL. IV. Firjan CIRJ. V. Título. CDD 333.715 Daisy Margareth Alcáçova de Sá Pimentel – CRB-7 nº 4217

Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro Presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira 1º Vice-Presidente Firjan Luiz Césio Caetano 2º Vice-Presidente Firjan Carlos Erane de Aguiar 1º Vice-Presidente CIRJ Carlos Fernando Gross 2º Vice-Presidente CIRJ Raul Eduardo David de Sanson Diretor de Competitividade Industrial e Comunicação Corporativa João Paulo Alcantara Gomes Diretora de Gestão de Pessoas (interina) Adriana Torres Diretor Executivo Firjan SESI SENAI Alexandre dos Reis Diretora de Compliance e Jurídico Gisela Pimenta Gadelha Diretora de Pessoas, Finanças e Serviços Corporativos Luciana Costa M. de Sá Diretor de Educação Vinícius Cardoso GERÊNCIA GERAL DE COMPETITIVIDADE Gerente Geral de Competitividade Luis Augusto Azevedo Gerente de Sustentabilidade Jorge Peron Mendes Equipe Técnica Andrea Lopes Carolina Zoccoli Érika Carvalho Isabela Araujo Juliana Ramos Lídia Aguiar Luana Fernandes Luis Fernando Jupy Renata Rocha Viviane Parente PESQUISA Gerente de Estudos e Pesquisas Tatiana d'Aboim Inglez Sanchez Equipe Técnica Maurício Barros de Souza Vanessa Magdaleni Pereira PROJETO GRÁFICO GERÊNCIA GERAL DE REPUTAÇÃO E COMUNICAÇÃO Gerente Geral de Reputação e Comunicação Karla de Melo Gerente de Comunicação Corporativa e Eventos Amanda de Lacerda Gerente de Publicidade e Marca Fernanda Marino Equipe Técnica Amanda Zarife Caroline Wolguemuth Sharlyne Dias Vanessa Raposeiro SET. 2023 www.firjan.com.br Av. Graça Aranha, 1, 10º andar Centro, Rio de Janeiro sustentabilidade@firjan.com.br

Sumário INTRODUÇÃO. ........................................................................................................................4 A Firjan......................................................................................................................................................... 4 RESULTADOS DA PESQUISA FIRJAN ESG 2023. ...............................................................5 Parâmetros da pesquisa e perfil da amostra ..................................................................................6 Critérios avaliados.................................................................................................................................... 7 Disseminação do conceito e perfil de atuação nos eixos ESG.................................................. 7 Estratégias ESG........................................................................................................................................13 Desafios ESG............................................................................................................................................ 14 Relacionamento com fornecedores na gestão ESG ....................................................................17 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................... 19 Pesquisa Firjan ESG 2023

Introdução A Firjan A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) é formada por cinco instituições que apoiam e incentivam empresas, gerando ideias, empregos e desenvolvendo soluções: Firjan, Firjan SENAI, Firjan SESI, Firjan CIRJ e Firjan IEL. Representamos todas as indústrias do estado do Rio e contamos com 101 sindicatos associados e 5.250 colaboradores. Desenvolver a indústria é fundamental para a economia e bem-estar social. Por isso, atuamos em áreas fundamentais, como a competitividade empresarial, a educação e a qualidade de vida do trabalhador e de seus familiares. Ampliamos e criamos novos negócios, estimulamos a inovação tecnológica e apoiamos iniciativas que viabilizem o desenvolvimento pleno do estado do Rio e de toda a sociedade. E vamos além: desenvolvemos estudos e pesquisas sobre temas fundamentais para o desenvolvimento da indústria, com o objetivo de antecipar tendências, informar e apontar soluções para questões tributárias e gargalos nas áreas de infraestrutura, inovação, logística, entre outras. Tudo isso para orientar empresários e governantes a tomarem a melhor decisão. Reunimos em um só lugar todo o apoio, incentivo, informações e soluções para estimular o desenvolvimento da indústria. Portanto, seja qual for o desafio, o empresário pode contar com parceria integral. E o cidadão, com o nosso compromisso de transformar o estado do Rio. 4

Resultados da Pesquisa Firjan ESG 2023 A Firjan, em sua missão de promover a competitividade e o crescimento sustentável das indústrias do Rio de Janeiro, vem acelerando sua atuação na temática ESG por meio de ações de disseminação do conceito e engajamento empresarial. A crescente relevância dos temas ESG aponta para uma necessária agenda de transformação, em direção a um novo modelo de desenvolvimento econômico. Na adoção de critérios e práticas sustentáveis, as empresas devem visar gerenciar seus riscos e mitigar seus impactos negativos, além de aproveitar as oportunidades de gerar impactos positivos e criar valor como estratégia de longo prazo. Absorver práticas ESG nas estratégias de negócios é uma realidade sem volta, e uma jornada compartilhada entre as empresas e suas partes interessadas para alcançar a sustentabilidade. Nesta jornada, a informação e o conhecimento sobre o contexto e o perfil de atuação das empresas é de fundamental importância para a incorporação de critérios ESG na gestão empresarial. Em 2021, lançamos a publicação “Critérios e Métricas ESG na Indústria”, que traz um panorama do cenário ESG para a indústria. Uma publicação completa, com recomendações, boas práticas, uma websérie e os resultados da primeira pesquisa. A pesquisa anterior buscou compreender o cenário e identificar os critérios ESG mais adotados por empresas de grande porte. Apresentamos agora uma pesquisa com escopo ampliado, com um expressivo alcance, que contemplou um público maior e mais diversificado nas empresas. Como parte da nossa estratégia de atuação, a Firjan participou da Comissão de Estudo Especial para elaboração da ABNT PR 2030:2022 – Ambiental, social e governança (ESG) – conceitos, diretrizes e modelos de avaliação e direcionamento para organizações. Esta Prática Recomendada alinha os principais conceitos e princípios ESG, orientando os passos necessários para incorporá-los na organização, bem como propõe critérios ambientais, sociais e de governança, que servem como ponto de partida para as organizações identificarem os possíveis temas ESG que sejam materiais ao seu negócio. O texto final da ABNT PR 2030:2022 incorporou muitas das definições, conceitos e critérios ESG utilizados na pesquisa Firjan ESG 2021. Os resultados da pesquisa são importantes direcionadores para empresas em todo o Brasil sobre suas estratégias de gestão ambiental, social e de governança, e também são a base para o direcionamento das estratégias da Firjan para o fortalecimento da agenda ESG junto às indústrias. Estratégias ESG consistentes precisam considerar as cadeias de fornecimento. As pequenas e médias empresas (PMEs), além de constituírem a maioria das empresas no Brasil, enfrentam desafios específicos para adequação de sua operação aos padrões de sustentabilidade. Os resultados deste estudo, portanto, são de grande valor para apoiar a jornada de transformação ESG nas empresas de todos os portes e setores. Pesquisa Firjan ESG 2023 5

Parâmetros da pesquisa e perfil da amostra Objetivo: Compreender as práticas ambientais, sociais e de governança corporativa aplicadas nas empresas fluminenses e nas suas cadeias produtivas. Método: estudo quantitativo através de questionário estruturado via link online de autopreenchimento. Período de coleta: 19 de Abril a 03 de Julho de 2023. Amostra: 162 empresas, conforme perfil abaixo: Empresas com mais de 100 funcionários com cadastro Firjan 83 Empresas dos conselhos empresariais da Firjan 79 Distribuição setorial: a maior parte dos respondentes estão no setor de indústrias de transformação. Também estão representados na amostra os setores de construção civil, logística e transportes, indústria extrativa e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), que incluem concessões na área de energia e saneamento. Abrangência de atuação: a amostra apresenta grande maioria de empresas com atuação nacional, de médio e grande portes. Região: estado do Rio de Janeiro. 10,5% 16,0% 37,0% 36,5% Número de funcionários Até 19 empregados De 20 a 99 empregados De 100 a 499 empregados 500 ou mais empregados 4,3% 4,9% 6,2% 8,6% 9,9% 40,7% Responsabilidade Ambiental QSMS* Sustentabilidade Recursos Humanos Área de ESG Alta gestão/ Diretoria Modelo de atuação 67,9% 32,1% Nacional Multinacional Demais setores citados: Jurídico, Segurança do trabalho, Infraestrutura, Comercial/ Suprimentos, Planejamento, Responsabilidade Social, Financeiro, Relações institucionais, Relações com Investidores, Estudos e Projetos O&G, Produção, Indústria Criativa Atuação do respondente * Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde 6,2% 6,2% 6,8% 6,8% 10,5% 63,6% SIUP Indústria Extrativa Logística e transporte Serviços Construção civil Indústria de transformação Setor de atuação 10,5% 16,0% 37,0% 36,5% úmero de funcionários Até 19 e pregados De 20 a 9 e pregados De 1 0 a 4 9 e pregados 5 0 ou mais empregados 4,3% 4,9% 6,2% 8,6% 9,9% 40,7% Responsabilidade Ambiental QSMS* Sustentabilidade Recursos Humanos Área de ESG Alta gestão/ Diretoria odelo de atuação 67,9% 32,1% Nacional ultinacional Demai setores citados: Jurídico, Segurança do trabalho, Infraestrutura, Comercial/ Suprimentos, Planejamento, Responsab lidade Social, Financeiro, Relações ins itucionais, Relações com Investidores, Estudos e Projetos O&G, Produção, Indústria Criativa Atuação do respondente * Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde 6,2% 6,2% 6,8% 6,8% 10,5% 63,6% SIUP Indústria Extrativa Logística e transporte Serviços Construção civil Indústria de transfor ação Setor de atuação 10,5% 16,0% 37,0% 36,5% Número de funcionários Até 19 e pregados De 20 a 99 empregados De 100 a 499 empregados 500 ou mais empregados 4,3% 4,9% 6,2% 8,6% 9,9% 40,7% Responsabilidade Ambiental QSMS* Sustentabilidade Recursos Humanos Área de ESG Alta gestão/ Diretoria Modelo de atuação 67,9% 32,1% Nacional Multinacional Demais setores citados: Jurídico, Segurança do trabalho, Infraestrutura, Comercial/ Suprimentos, Planejamento, Responsabilidade Social, Financeiro, Relações institucionais, Relações com Investidores, Estudos e Projetos O&G, Produção, Indústria Criativa Atuação do respondente * Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde 6,2% 6,2% 6,8% 6,8% 10,5% 63,6% SIUP Indústria Extrativa Logística e transporte Serviços Construção civil Indústria de transformação Setor de atuação 10,5% 16,0% 37,0% 36,5% Número de funcio ários Até 19 empregados De 20 a 99 empr gados De 100 a 499 empr gados 500 ou mais empr gados 4,3% 4,9% 6,2% 8,6% 9,9% 40,7% Responsabilidade Ambiental QSMS* Sustentabilidade Recursos Humanos Área de ESG Alta gestão/ Diretoria Model de atu ção 67,9% 32,1% Nacion l Multinacio l Demais setore citados: Jurídico, Segurança do tr balho, Infraestrutura, Comercial/ Suprimentos, Planejamento, Responsabilidade Social, Fin nce ro, R lações institucionais, Relações com Investidor , Estudos e Pr jetos O&G, Produção, Indústria Criativa Atuação do responde t * Qualidade, Segurança, Meio Amb ente e Saúd 6,2% 6,2% 6,8% 6,8% 10,5% 63,6% SIUP Indústria Extrativa Logística e transporte Serviços Construção civil Indústria de transformação Setor de atu ção Número de funcionários Modelo de atuação Setor de atuação Atuaçã do respondente 6

Critérios avaliados Ao incorporar os critérios ESG em seu modelo de gestão, as empresas gerenciam melhor os riscos ambientais, sociais e de governança, melhorando seu desempenho e aumentando sua relevância para a sociedade. A jornada de incorporação de critérios e práticas sustentáveis é única para cada empresa, e dependerá dos temas importantes e materiais que deseja abordar e transformar. Para esta pesquisa, consideramos os critérios relacionados abaixo como orientadores. Disseminação do conceito e perfil de atuação nos eixos ESG A pesquisa buscou compreender o quanto o conceito ESG está difundido entre as empresas. Os resultados demonstraram que quase a totalidade dos respondentes conhece a nomenclatura ESG, o que confirma a expressiva disseminação do conceito. E ✓ Gestão ambiental (certificação ambiental) ✓ Eficiência energética ✓ Gestão da água e efluentes ✓ Gestão de resíduos ✓ Qualidade do ar (emissão de poluentes) ✓ Logística reversa (coleta dos resíduos sólidos pós-consumo e aproveitamento nos ciclos produtivos) ✓ Biodiversidade e serviços ecossistêmicos ✓ Adaptação às mudanças ✓ Combate ao Trabalho Infantil, Forçado ou Análogo ao Escravo ✓ Política de remuneração e benefícios ✓ Gestão em Saúde e Segurança Ocupacional (certificação) ✓ Ações de promoção de inclusão e equidade (estratégias de valorização da diversidade e de um ambiente empresarial mais plural) ✓ Letramentos para os colaboradores (Ação de formação continuada para compreender, respeitar e valorizar as diferenças culturais, bem como lidar com situações de conflito de forma construtiva e empática) ✓ Diálogo e engajamento das partes interessadas (negociação, consulta ou troca de informações entre governos, clientes trabalhadores, fornecedores, comunidade local e consumidores, sindicatos, dentre outros) ✓ Investimento social privado ✓ Avaliação dos impactos adversos das atividades da empresa e cadeia de valor ✓ Código de Ética ✓ Política Programa de Integridade e práticas anticorrupção ✓ Relações com governos (cumprimento de obrigações legais, envolvimento político responsável, participação em iniciativas do poder público, defesa de interesse, etc.) ✓ Gestão de riscos ✓ Privacidade e proteção de dados ✓ Relatórios de sustentabilidade e relatos integrados (Comunicação pública que evidencie a transparência das ações da organização para as partes interessadas e a sociedade em geral) ✓ Critérios ESG nas comunicações corporativas ✓ Auditoria de terceira parte (Verificação/ avaliação realizada por organizações externas independentes) G S Conhecimento do termo ESG 87,0% Nacional 83,6% Multinacional 94,2% Conhece Não conhece % de conhece Pesquisa Firjan ESG 2023 7

85,2% 71,6% Nacional 61,8% Multinacional 92,3% Adota Não adota Nacional 80,0% Multinacional 96,2% % de adota % de adota Quando perguntados sobre a atuação da empresa, a maioria afirma adotar critérios ESG e também exige de seus fornecedores um bom desempenho em aspectos ambientais, sociais e de governança. Vale destacar que mais de 90% das empresas da amostra com atuação multinacional exigem critérios ESG na gestão de fornecedores. Para as empresas nacionais ainda há um caminho a ser percorrido, considerando que cerca de 40% não adotam critérios ESG na sua cadeia de fornecimento. Adoção de critérios ESG na atuação da empresa Adoção de critérios ESG na gestão de fornecedores A adoção concomitante dos três eixos ESG foi relatada por metade das empresas, sendo a dimensão ambiental a mais adotada e também a mais exigida dos fornecedores. Muito embora os aspectos ambientais se destaquem, a adoção de todos os eixos pela maioria da amostra indica que as empresas estão se engajando no tema de forma ampla e potencialmente integrada. No eixo de governança, existe um gap maior entre a adoção desses critérios na estratégia da própria empresa e a exigência dos fornecedores. Pilares de ESG quanto a adoção dos critérios pela empresa, pelos fornecedores e se a não adoção impede a contratação e parceria. Ambiental Social Governança E S G 58,0% 76,5% 65,4% 61,1% 53,1% 38,9% 48,2% 44,4% 43,2% Impede a contratação /manutenção Adota na gestão dos fornecedores Adota na atuação da empresa 8

As empresas multinacionais se destacam nos três pilares, seja na adoção interna ou na gestão de fornecedores, e possuem mais critérios impeditivos nos três eixos, sendo os critérios sociais os que mais impedem a contração e manutenção dos fornecedores. Na tabela a seguir, verifica-se um ranking de ações que considera três informações principais: importância atribuída, ações adotadas pela empresa e ações adotadas na gestão da contratação de fornecedores. Observa-se que o eixo ambiental é o mais fortalecido nas empresas, com a maioria afirmando praticar a gestão de resíduos e de água e efluentes. No que concerne às ações exigidas dos fornecedores e que impedem a contratação, estão aquelas relacionadas a requisitos legais, como gestão ambiental (licenças e autorizações ambientais e certificações) e gestão de resíduos. Além de ser amplamente regulamentado pela legislação ambiental, o gerenciamento de resíduos é uma prática internalizada na rotina da indústria; a segregação dos recicláveis na origem para sua valorização é uma prática comum nas empresas, como mostra o Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis PósConsumo do Estado do Rio de Janeiro. Sobre os critérios ambientais mais importantes na gestão de fornecedores, os dois principais são as adaptações às mudanças climáticas e biodiversidade e serviços ecossistêmicos, no entanto, são os menos adotados, exigidos e que impedem a contratação de fornecedores, o que indica a dificuldade da internalização desses critérios na gestão ambiental das empresas de uma forma geral. Os impactos relacionados à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos são fatores de risco para o setor produtivo. Porém, trata-se de um desafio materializar como estes riscos afetam as empresas. Eles tornam-se evidentes quando considerada a dependência direta da natureza nas operações, como, por exemplo, no desempenho na cadeia de suprimentos. Também podem ser evidenciados quando da perda de clientes e mercados por conta de impactos negativos, ou mesmo por conta de mudanças regulatórias e ações legais com impacto financeiro. Por fim, há que se considerar também danos à natureza que desencadeiam transtornos à sociedade e aos mercados onde as empresas operam, gerando riscos físicos e prejuízos. Ambiental Social Governança E S G Adota na atuação da empresa Adota na gestão dos fornecedores Impede a contratação/ manutenção 57,7% 65,4% 57,7% 30,0% 40,0% 38,2% 38,9% 48,2% 44,4% 71,2% 73,1% 78,9% 30,0% 43,6% 48,2% 43,2% 53,1% 58,0% 86,5% 88,5% 94,2% 49,1% 54,6% 68,2% 61,1% 65,4% 76,5% Nacional Multinacional Pesquisa Firjan ESG 2023 9

Nota: O ranking de importância considera o percentual de adoção na gestão de fornecedores e o grau de importância (1 a 5). Adotados na atuação da empresa Gestão de fornecedores Critérios Exigidos Impeditivos Ranking de importância Adaptação às mudanças climáticas 25,9% 9,9% 1,9% 1º Biodiversidade e serviços ecossistêmicos 21,6% 9,9% 3,1% 2º Gestão de resíduos 69,8% 37,0% 21,0% 3º Gestão ambiental (certificação ambiental) 49,4% 39,5% 25,3% 4º Qualidade do ar (emissão de poluentes) 47,5% 24,1% 8,0% 5º Gestão da água e efluentes 57,4% 22,8% 9,9% 6º Eficiência energética 48,1% 17,3% 4,3% 7º Logística reversa 42,0% 18,5% 4,3% 8º Ambiental As mudanças climáticas têm impulsionado nas empresas a adoção de compromissos públicos e metas de descarbonização. Compromisso público e metas relacionados a redução de emissões de carbono e/ou descarbonização 35,2% 21,8% Possui compromisso Não possui compromisso Não sabe 63,5% Total Nacional Multinacional Os impactos potenciais relacionados às mudanças climáticas são considerados grandes ameaças de escala global ao desenvolvimento econômico atual e uma preocupação dos investidores, acionistas e do mercado de uma forma geral. A gestão do carbono vai além de um critério ambiental, sendo um aspecto crucial na gestão de risco do negócio e da sua cadeia de valor. As exigências de mercado por produtos com menor pegada ambiental e a precificação de carbono estão na pauta das questões que afetam a competitividade das empresas, por outro lado, existem oportunidades de inovação e participação em mercados de carbono. 10

A política de remuneração e benefícios foi apontada como critério mais adotado pelas empresas no âmbito das ações do eixo social, seguido do diálogo e engajamento das partes interessadas e das ações de promoção de inclusão e equidade. A inserção de metas relacionadas a diversidade, equidade e inclusão é estratégica para promoção de uma cultura organizacional mais inclusiva e engajada, tal como um caminho para impulsionar mudanças no ambiente organizacional. A integração dos critérios sociais na remuneração também pode trazer outros dois importantes benefícios, tanto no âmbito da retenção de talentos, tendo em vista que as empresas que investem em sustentabilidade têm sido as mais buscadas pelas novas gerações; quanto uma performance e desempenho financeiro superior, a partir de equipes mais plurais, harmônicas e criativas, como apontado no Guia de Boas Práticas em DE&I, da B3. Nota: O ranking de importância considera o percentual de adoção na gestão de fornecedores e o grau de importância (1 a 5). Social Adotados na atuação da empresa Gestão de fornecedores Critérios Exigidos Impeditivos Ranking de importância Combate ao Trabalho Infantil, Forçado ou Análogo ao Escravo 46,3% 41,4% 36,4% 1º Gestão em Saúde e Segurança Ocupacional 45,7% 32,7% 21,6% 2º Política de remuneração e benefícios 51,9% 11,7% 3,1% 3º Diálogo e engajamento das partes interessadas 48,1% 20,4% 6,2% 4º Letramentos para os colaboradores 40,7% 7,4% 3,1% 5º Investimento social privado 38,9% 6,2% 0,6% 6º Ações de promoção de inclusão e equidade 48,1% 17,9% 7,4% 7º Avaliação dos impactos adversos das atividades da empresa e da cadeia de valor 30,9% 13,0% 6,2% 8º Os esforços para o combate ao trabalho infantil, forçado ou análogo ao escravo e a gestão em saúde e segurança ocupacional são os critérios mais exigidos e considerados de maior importância, impedindo assim a contratação de fornecedores. Isso se justifica por se tratar de cumprimento a requisitos legais e por estarem relacionados a riscos reputacionais. Pesquisa Firjan ESG 2023 11

As empresas também foram perguntadas sobre as motivações para adoção de critérios de governança na estratégia do negócio e na gestão de fornecedores. A adoção de um código de ética, as questões com privacidade e proteção de dados, bem como as políticas e programas de integridade e práticas anticorrupção, foram apontados como os critérios de governança mais importantes para a estratégia do negócio. A prevalência desses fatores como motivação para ESG reforça a tendência de aumento das boas práticas corporativas de governança. Quando se trata da gestão de fornecedores, as relações com governos, existência de políticas de integridade, práticas anticorrupção e questões relacionadas a privacidade e proteção de dados são os fatores que mais impulsionam as empresas para a exigência de adoção de critérios ESG de seus fornecedores. Entretanto, as exigências de adoção dos critérios são incipientes, sobretudo pelas empresas nacionais, nas quais 7 em cada 10 não exigem questões de governança corporativa na gestão dos fornecedores. Porém, o tema encontra bastante relevância para as empresas que adotam estes critérios. Nota: O ranking de importância considera o percentual de adoção na gestão de fornecedores e o grau de importância (1 a 5). Adotados na atuação da empresa Gestão de fornecedores Critérios Exigidos Impeditivos Ranking de importância Relações com governos 46,9% 19,1% 14,2% 1º Política Programa de Integridade e práticas anticorrupção 54,9% 28,4% 23,5% 2º Privacidade e proteção de dados 55,6% 27,8% 21,0% 3° Código de Ética 57,4% 29,6% 23,5% 4º Gestão de riscos 47,5% 18,5% 8,0% 5º Critérios ESG nas comunicações corporativas 33,3% 9,3% 3,1% 6º Auditoria de terceira parte 41,4% 13,6% 4,9% 7º Relatórios de sustentabilidade e relatos integrados 35,8% 6,8% 3,1% 8º Governança 12

10,9% 13,0% 13,8% 19,6% 24,6% 41,3% 41,3% 48,6% 65,9% Reputação junto à sociedade Gestão dos riscos corporativos Expectativas/exigências de clientes Políticas de integridade/compliance Aumento da competitividade Estratégia sustentável Demandas legais Acesso a crédito Captação de recursos para investimento 6,0% 4,3% 33,6% 43,1% 16,4% 46,6% 23,3% 45,7% 31,0% Vantagens na adoção de ESG internamente Razões para exigir ESG na gestão dos fornecedores Acesso a novos mercados 18,1% Estratégias ESG A grande maioria das empresas enxerga a reputação junto à sociedade como a maior vantagem da adoção de critérios ESG em suas estratégias de negócios, seguida da preocupação com a gestão de riscos corporativos e políticas de integridade e compliance, além do atendimento às expectativas dos clientes. As empresas podem, assim, aproveitar as oportunidades de gerar impactos positivos e criar valor de longo prazo para um amplo conjunto de partes interessadas. Observação: Acesso a novos mercados não era opção para gestão de fornecedores. Na gestão e relacionamento com fornecedores, a exigência de critérios ESG é motivada principalmente por políticas de integridade e compliance, por processos de gestão de riscos corporativos, como parte da estratégia sustentável das empresas, além do atendimento das demandas legais. Pesquisa Firjan ESG 2023 13

Desafios ESG Os principais desafios encontrados pelas empresas que adotam critérios ESG são externos e giram em torno da maturidade do tema no cenário empresarial brasileiro. Apesar do alto conhecimento do termo e da ampla adoção dos três eixos, metade das empresas considera um desafio encontrar fornecedores e parceiros que adotem critérios ESG, sendo mais difícil para multinacionais, pois as suas exigências são maiores. A publicação da ABNT PR 2030:2022, assim como outras ferramentas e normatizações podem auxiliar no melhor entendimento e na padronização dos critérios ESG, que atualmente são obstáculos para as empresas avançarem nesta agenda. O estabelecimento de uma cultura corporativa em ESG, assim como o acesso a recursos financeiros e investimentos são desafios maiores para empresas nacionais. A pesquisa também buscou identificar a percepção de valor das empresas em relação a adoção de critérios ESG. 45,0% das empresas pagariam mais caro aos fornecedores alinhados a práticas e critérios ESG, e 37,7% acreditam que seus clientes pagariam a mais por um produto ou serviço de empresas engajadas com a agenda ESG. Essa percepção reforça o incipiente questionamento sobre a adoção destes critérios por fornecedores e o desafio de encontrar o equilíbrio entre as prioridades financeiras e os aspectos ambientais e sociais. Empresa estaria disposta a pagar mais caro Clientes estariam dispostos a pagar mais caro 17,4% 18,1% 37,0% 39,9% 40,6% 46,4% 53,6% Falta de infraestrutura Obtenção de requisitos legais como licença ambiental Recursos financeiros e/ou investimentos Engajamento dos funcionários Informação/ cultura corporativa Entendimento/ padronização dos critérios Encontrar fornecedores/ parceiros que cumpram os critérios 64,0% multinacionais 47,7% nacionais 34,0% multinacionais 44,3% nacionais 24,0% multinacionais 44,3% nacionais 45,0% 37,7% Sim Não Não sei 14

Foram apresentadas diretrizes e ferramentas de reconhecida relevância para que as empresas indicassem se as empregam em suas estratégias ESG. As normas ISO 14001 (gestão ambiental) e 9001 (qualidade) se destacaram como as ferramentas mais utilizadas, reforçando a preponderância do eixo ambiental percebida na pesquisa. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aparecem como terceira referência mais relevante para as empresas, indicando que estão presentes de forma significativa nas diretrizes empresariais e que as metas relacionadas aos ODS têm um grande potencial de direcionar as iniciativas empresariais para a resolução das questões globais de sustentabilidade. Dentre os padrões de relato em sustentabilidade, o formato da Global Reporting Initiative (GRI) é o mais adotado, sobretudo pelas multinacionais, comprovando sua ampla disseminação global. A adesão ao Carbon Disclosure Project (CDP) aponta para as questões de mudanças climáticas e metas de descarbonização, também mais trabalhadas pelas empresas multinacionais. As empresas multinacionais utilizam, em média, cinco diretrizes e ferramentas, enquanto as nacionais apenas três, o que demonstra uma maior maturidade na agenda ESG. A maior parte das empresas mede as estratégias de ESG e envolve os executivos, com destaque para as multinacionais em todas as ações de engajamento. Informações periódicas sobre os temas ESG são as mais utilizadas para o envolvimento da alta liderança das empresas. A existência de metas coletivas, individuais e com impacto na remuneração podem ser relacionadas a políticas bem estabelecidas de remuneração e benefícios alinhadas a critérios ESG, estando atreladas ao desempenho de executivos e diretores, principalmente nas empresas multinacionais. Principais citações Total Nacional Multinacional ISO 14001 54,3% 44,3% 72,0% ISO 9001 50,0% 38,6% 70,0% ODS 45,7% 35,2% 64,0% GRI 29,7% 20,5% 46,0% Indicadores Ethos 21,0% 20,5% 22,0% IBGC 18,8% 19,3% 18,0% CDP 18,1% 11,4% 30,0% ISO 31000 17,4% 15,9% 20,0% ISO 37301 16,7% 15,9% 18,0% Ratings ESG 15,2% 11,4% 22,0% Pesquisa Firjan ESG 2023 15

Envolvimento dos executivos e diretores nas ações de ESG As empresas medem seu atendimento aos critérios ESG principalmente por meio de autoavaliações. A definição e o monitoramento de indicadores para ações nos três eixos da agenda ESG são norteadores para as empresas, sobretudo para as multinacionais. Medição do atendimento aos critérios ESG 90,6% envolvem os executivos/ diretores nas ações de ESG 98,0% multinacionais 86,4% nacionais Total Nacional Multinacional Informações periódicas 64,5% 59,1% 74,0% Metas coletivas 43,5% 33,0% 62,0% Treinamentos periódicos 31,2% 18,2% 54,0% Metas individuais 29,7% 18,2% 50,0% Metas com impacto na remuneração 20,3% 12,5% 34,0% Total Nacional Multinacional Autoavaliação 61,6% 60,2% 64,0% Indicadores específicos 44,9% 33,0% 66,0% Consultoria externa 28,3% 19,3% 44,0% Auditoria 1,4% 2,3% 0,0% Não responde 1,4% 2,3% 0,0% 84,1% medem o atendimento aos critérios ESG 90,0% multinacionais 80,7% nacionais 16

Relacionamento com fornecedores na gestão ESG As principais formas de comunicação com funcionários, clientes e fornecedores sobre as metas e indicadores ESG utilizadas pelas empresas são os relatórios de sustentabilidade e os relatórios anuais de resultados. A cultura de comunicação e disseminação nas empresas multinacionais é mais consolidada do que nas nacionais, das quais 37,5% não apresentam nenhuma forma de comunicação com seus stakeholders. Comunicação com as partes interessadas A comunicação e a orientação para os fornecedores sobre os critérios ESG se concentram em cartilhas e manuais além de informações no site e redes sociais das empresas. As multinacionais possuem material mais consolidado, com destaque para informações em portal dedicado aos fornecedores. Meios de comunicação e orientação aos fornecedores 27,5% 1,4% 8,7% 18,1% 20,3% 31,9% 41,3% Relatórios de sustentabilidade Relatório anual de resultados Relatos integrados Avaliações de organizações relacionadas a temas específicos Comunicação interna Site ou rede social Não comunica sobre metas e indicadores de ESG 64,0% multinacionais 28,4% nacionais 50,0% multinacionais 21,6% nacionais 26,0% multinacionais 17,1% nacionais 30,0% multinacionais 11,4% nacionais 10,0% multinacionais 37,5% nacionais 6,0% 6,0% 6,0% 20,7% 21,6% 35,3% 39,7% Cartilha/ manual impresso ou digital Informações no site e/ou redes sociais da empresa Curso/Palestra sobre o tema Informações no Portal específico para os fornecedores Central de atendimento via telefone Comunicação direta Não comunica e orienta os possíveis fornecedores 47,9% multinacionais 33,8% nacionais 31,3% multinacionais 13,2% nacionais Não responde: 12,1% Pesquisa Firjan ESG 2023 17

Os métodos mais utilizados pelas empresas para consulta e avaliação dos critérios ESG na gestão de seus fornecedores refletem a importância do cumprimento dos requisitos legais e do atendimento das obrigações trabalhistas, que são acompanhados por meio de checagem das licenças ambientais e outras autorizações, verificação das obrigações trabalhistas, avaliação de saúde e segurança do trabalho entre outras formas. Métodos de avaliação dos critérios ESG na gestão de fornecedores Considerando que o principal desafio apontado pelas empresas para adoção dos critérios ESG na cadeia de valor foi a dificuldade de encontrar fornecedores e parceiros que pratiquem esses critérios em seus negócios, isso justifica que metade das empresas possua ações para o desenvolvimento de seus fornecedores. O acompanhamento periódico da evolução dos fornecedores é feito por 35,3% das empresas, tendo um destaque maior para as multinacionais. Ações de desenvolvimento dos fornecedores para os critérios ESG 10,3% 12,9% 26,7% 29,3% 30,2% 33,6% 38,8% 44,8% 55,2% Checagem das Licenças ambientais e Requisitos Legais Verificação de obrigações trabalhistas Avaliação de Saúde e Segurança Questionário da própria empresa para análise Sistema próprio de gestão de fornecedores Checagem em portais de compliance do mercado Análise de risco reputacional Lista pública do Portal Transparência Brasil (CEIS, CEPIM, CNEP) Lista pública de sanção de trabalho escravo 62,5% multinacionais 50,0% nacionais 45,8% multinacionais 33,8% nacionais 41,7% multinacionais 27,9% nacionais Não responde: 14,7% 50,8% 35,3% 15,5% 49,2% Possui ações e faz acompanhamento periódico Possui ações, mas não faz acompanhamento Não possui ações para o desenvolvimento dos fornecedores 43,8% multinacionais 29,4% nacionais 18

Considerações finais A pesquisa retrata as práticas de 162 empresas, sendo a maior parte delas indústrias de transformação, de médio e grande portes, com atuação nacional. As empresas com atuação multinacional notadamente apresentam uma maior evolução e maturidade na Agenda ESG. A participação expressiva da alta liderança na pesquisa demonstra o comprometimento com a pauta e fortalece a governança necessária para que critérios ambientais e sociais sejam implementados de forma prática, ética, transparente e eficaz nas empresas. A Pesquisa Firjan ESG 2023 se configura como um importante termômetro para medir a aplicação de critérios e métricas em ESG na indústria. A adoção de todos os eixos (ambiental, social e governança) pela maioria das empresas indica o engajamento de forma ampla e potencialmente integrada. Os critérios ambientais apresentam um nível de adoção maior nas empresas, em comparação aos critérios sociais e de governança, respectivamente. Uma estratégia de negócios alinhada aos critérios ESG é fundamental para a reputação das empresas perante os investidores, consumidores, colaboradores e outras partes interessadas. As melhores práticas são parte da estratégia financeira das empresas para captação de investimentos e acesso a novos mercados. Crescem iniciativas do sistema bancário que beneficiam empresas comprometidas com a agenda ESG, como os linked loans, além da regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que exige das empresas que indiquem em seus formulários de referência dados relacionados à governança corporativa, direitos humanos e meio ambiente, além da adoção de práticas voltadas à gestão de riscos. Ferramentas capazes de mensurar critérios ESG, como índices e indicadores, tornam-se cada vez mais importantes entre as empresas e o setor financeiro. A prática de disponibilizar relatórios aos diferentes públicos é um meio de oferecer informações de forma transparente e consistente sobre a evolução do processo de adoção desses critérios, com metas, diretrizes e planos estratégicos. ESG sem dúvida agrega valor a marca, no entanto, é fundamental que as informações prestadas nos relatórios indiquem os pontos positivos e os negativos na evolução da empresa; longe de ser uma mera propaganda, deve ser capaz de nortear ação para a melhoria, evitando assim a armadilha do greenwashing. Pesquisa Firjan ESG 2023 19

A integração da Agenda ESG à gestão de riscos torna as empresas mais resilientes aos desafios encontrados em suas trajetórias corporativas. Absorver as práticas ESG em suas estratégias de negócios, dependerá das expectativas de clientes e da disponibilidade de recursos para realizar as mudanças necessárias. Encontrar fornecedores que atendam aos critérios ESG definidos pelo contratante ainda é um grande desafio. Por isso é fundamental desenvolver uma estratégia de compras alinhada aos critérios ESG, o que fortalece e influencia toda a cadeia de valor. A maioria das empresas ainda não consegue perceber valor por parte dos consumidores em adquirir produtos e serviços que utilizam critérios ESG, ou seja, o preço ainda é o fator mais importante na tomada de decisão. Por outro lado, a pesquisa mostra que 45% das empresas estão dispostas a pagar mais caro aos fornecedores alinhados a práticas e critérios ESG. Encontrar o equilíbrio entre as prioridades financeiras e os aspectos ambientais e sociais é um grande desafio. Incorporar uma perspectiva de ESG nos negócios não deve ser visto como algo distante e inalcançável, mas sim como uma jornada de transformação que pode ser percorrida por empresas de todos os portes e setores de atuação. Contudo, as grandes empresas têm um importante papel como impulsionadoras das mudanças necessárias na cadeia de valor para ampla adoção da agenda ESG. Uma boa governança é o caminho para negócios mais sustentáveis, por permitir que as empresas estejam preparadas a longo prazo, a partir de um senso de propósito e de entrega de valor para seus investidores, acionistas, colaboradores, consumidores e todos os outros stakeholders. 20

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