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De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM RJ - Macaé entre as cinco cidades mais bem avaliadas no RJ

Atualizado em: 07/05/2025 16:40
Estado é o único da região Sudeste sem nenhuma cidade com alto nível de desenvolvimento socioeconômico

O município de Macaé (0,7413) aparece entre as cinco cidades mais bem avaliadas em todo o estado no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O estudo revela que o estado do Rio de Janeiro é o único da região Sudeste sem nenhuma cidade com alto desenvolvimento socioeconômico. De acordo com o estudo, 63% dos municípios fluminenses, o correspondente a 11,7 milhões de pessoas, têm desenvolvimento moderado. A capital nacional do petróleo é a única cidade da região Norte Fluminense entre os primeiros municípios listados no Índice, atrás de Rio de Janeiro (0,7933), Volta Redonda (0,7556), Resende (0,7421) e Piraí (0,7413), antes de Niterói (0,7224) que aparece listada em 11ª. Campos dos Goytacazes (0,6080) aparece em 55º, atrás de Carapebus (0,6407) e São João da Barra (0,6217), em 42º e 50º, respectivamente, na análise estadual.

Em outro cenário, o estudo revela também que 5,5 milhões de pessoas vivem nos 35,9% das cidades com baixo desenvolvimento, entre elas estão os municípios de Cardoso Moreira (0,5262) e São Francisco de Itabapoana (0,5084) que ocupam as posições 84º e 86º na análise que relaciona os 92 municípios.

O IFDM médio dos municípios da região Norte foi de 0,5941, 4,5% abaixo da média dos municípios do estado fluminense. Em média, a região Norte possuiu o 2º menor IFDM do estado do Rio, só ficando à frente da Baixada.

Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Ainda de acordo com o estudo, Macaé apresentou o melhor desempenho em Emprego & Renda de todo o estado do Rio de Janeiro. Já São Francisco de Itabapoana, na outra ponta do ranking regional, superou o grau de desenvolvimento crítico na vertente Educação (+48,1%), embora tenha perdido duas posições no ranking e tenha regredido no indicador de Saúde (- 10,6).

Campos dos Goytacazes atingiu grau de desenvolvimento moderado no IFDM e praticamente manteve a posição no ranking estadual na comparação com 2013, de 53ª para 55ª, com desempenho impulsionado pelo indicador de Emprego & Renda. Nas áreas de Educação e Saúde a cidade apresentou indicadores ainda em nível baixo. Em relação a 2013, Campos apresentou relativa estabilidade no IFDM Emprego & Renda (-0,2%). Por outro lado, melhorou seu desempenho nos indicadores Educação (+37,9%) e Saúde (+17,3%).

Metodologia

Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Pela pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico / entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo / entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado / entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores. A análise mostra que, de 2013 a 2023, o IFDM médio dos municípios fluminenses cresceu 14,2%, passando de 0,5448 para 0,6224 – referente a desenvolvimento moderado. Esse avanço foi impulsionado principalmente por Educação, que registrou alta de 33,7%, seguido por Saúde (+13,2%) e, em menor escala, por Emprego & Renda (+1,6%). De acordo com a Firjan, esse movimento foi disseminado pelo estado, já que 87 das 92 cidades evoluíram frente a 2013.