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De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM PR - Curitiba e Maringá no Top 5 do ranking nacional de desenvolvimento socioeconômico

Atualizado em: 07/05/2025 16:40
Estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro revela um quadro bastante favorável: 9,3% dos municípios paranaenses possuem alto desenvolvimento e 85,5% registraram desenvolvimento moderado

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revela que o estado do Paraná possui 71 municípios entre os 500 maiores IFDMs do país. Destes, 21 cidades compõem o ranking das 100 melhores no território nacional. A capital Curitiba e o município de Maringá, além de liderarem o ranking estadual, se situam no Top 5 do Brasil, em 3° e 4° lugares, respectivamente.

Pato Branco e os dois líderes do ranking estadual são as únicas cidades consolidadas no Top 10 paranaense desde o início da nova série histórica do IFDM em 2013. Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Por meio dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. 

Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico; entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo; entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado; e entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

A Firjan analisou o desenvolvimento socioeconômico dos 399 municípios do estado. A distribuição entre as faixas de desenvolvimento do IFDM revela um quadro bastante favorável: 9,3% dos municípios paranaenses atingiram alto desenvolvimento, o dobro da proporção nacional (4,6%), e 85,5% registraram desenvolvimento moderado. Apenas 5,3% das cidades apresentaram baixo desenvolvimento e nenhuma registrou desenvolvimento crítico.

Só atrás de São Paulo e Santa Catarina

A análise mostra que, de 2013 a 2023, o IFDM médio dos municípios paranaenses passou de 0,5717, em 2013, para 0,7055 em 2023, um avanço de 23,4%. O estado possui o terceiro maior IFDM dentre os 26 estados brasileiros, ficando atrás somente de São Paulo e Santa Catarina, e está consideravelmente acima da média nacional de 0,6067. O principal fator para a evolução foi Educação, que registrou alta de 37,2%; seguido por Saúde (+27,9%); e, em menor escala, Emprego & Renda (+8,9%). De acordo com a Firjan, esse movimento foi disseminado pelo estado: 395 dos 399 municípios evoluíram frente a 2013.

Curitiba, Maringá, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão compõem o Top 5 paranaense. Já Mato Rico, Cerro Azul, Doutor Ulysses, São Jerônimo da Serra e Guaraqueçaba fecham a tabela debaixo. Ainda assim, nenhuma cidade paranaense está entre os 500 piores municípios do Brasil.

Entre as 10 piores colocações no estado, o município de Antonina (393º lugar) é o mais marcante por ter perdido 104 posições no ranking entre 2013 e 2023. A principal influência para a redução foi o indicador de Emprego & Renda, ao registrar queda de 17,5% frente a 2013. Como consequência, a cidade perdeu o grau de desenvolvimento moderado nessa vertente que havia obtido em 2013 e voltou a registrar grau baixo.