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De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM MG - Minas Gerais tem 60,6% dos municípios com desenvolvimento moderado ou alto, frente a 52,7% no Brasil

Atualizado em: 07/05/2025 16:36
Estado possui 42 municípios entre as 500 melhores cidades do país. Poços de Caldas é o único município mineiro entre os 100 melhores IFDMs do Brasil

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revela que 60,6% dos municípios de Minas Gerais apresentaram um desenvolvimento moderado ou alto, frente a 52,7% no Brasil. O estudo analisou o desenvolvimento socioeconômico de 852 cidades mineiras. Apenas 1,9% dos municípios atingiram a classificação de alto desenvolvimento. Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

Entre os dez municípios mais bem avaliados no IFDM 2025, o líder do ranking estadual, Poços de Caldas, é o único município mineiro entre os 100 melhores IFDMs do Brasil. Além disso, o estado de Minas Gerais possui 42 municípios entre as 500 melhores cidades do país. O IFDM mostra que a maioria dos municípios mineiros apresentou desenvolvimento moderado (58,7%) ou baixo (39,0%). Uberlândia e Pouso Alegre, além de Poços de Caldas, são os únicos municípios consolidados no Top 10 mineiro desde o início da nova série histórica do IFDM em 2013.

Em outro cenário, quatro municípios (0,5%) apresentaram desempenho crítico: Fronteira dos Vales (0,3722), Santa Helena de Minas (0,3689), Bertópolis (0,3522) e São José das Missões (0,3268).

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o IFDM é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Através dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico / entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo / entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado / entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

O estudo mostra que grande parte da população mineira vive em municípios situados nas faixas elevadas de desenvolvimento: 13,2 milhões de pessoas (62,4%) habitam em cidades cujo grau de desenvolvimento é moderado e 4,6 milhões (21,9%) vivem em cidades com alto nível de desenvolvimento. No entanto, 3,3 milhões (15,6%) ainda vivem em municípios com baixo desenvolvimento e 28 mil pessoas (0,1%) habitam em cidades com grau crítico.

Na comparação com o ano de 2013, o IFDM do estado de Minas Gerais apresentou evolução substancial: a média do IFDM para os municípios mineiros passou de 0,5059 em 2013 para 0,6257 em 2023, um avanço de 23,7%, permanecendo acima da média nacional de 0,6067. O principal fator para essa evolução foi o desempenho em Educação, que registrou alta de 40,5%, seguido por Saúde (+19,8%) e Emprego & Renda (+12,8%). Dos 852 municípios, 838 evoluíram frente a 2013.