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De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM BA - 95,4% dos municípios baianos têm nível de desenvolvimento socioeconômico baixo ou crítico

Atualizado em: 07/05/2025 16:34
De acordo com estudo produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, nenhuma cidade do estado da Bahia apresenta alto índice de desenvolvimento. Apenas 4,6% das cidades registram grau moderado

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revela que 95,4% dos municípios do estado da Bahia, que juntos respondem por 10,4 milhões de pessoas (70,5% da população total), têm desenvolvimento socioeconômico baixo ou crítico. As cidades de Pilão Arcado, Iramaia, Paratinga, Campo Alegre de Lourdes e Sítio do Mato são as cinco com a menor nota no IFDM.

Em números absolutos, a Bahia é o estado onde mais pessoas vivem em municípios situados nessas condições. Em relação aos dados percentuais populacionais, o estado é o quarto pior, ficando à frente somente de Amapá (com 100% da população vivendo em regiões com desenvolvimento baixo ou crítico), Maranhão (77,6%) e Pará (72,4%).

Em outro cenário, estão 4,6% das cidades com desenvolvimento moderado, onde vivem 4,3 milhões de pessoas (29,5% da população total). Entre elas, os municípios de Luís Eduardo Magalhães, Irecê e Brumado, os três mais bem avaliados. A capital, Salvador, se encontra em 7º lugar. O IFDM revela que nenhum município baiano registra alto grau de desenvolvimento.

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população. Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Através dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico / entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo / entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado / entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

De 2013 para 2023, o IFDM médio do estado da Bahia passou de 0,2966 para 0,4920, referente a baixo desenvolvimento. O principal fator para essa evolução foi o desempenho em Educação, que registrou alta de 130,9%, seguido por Saúde (+69,2%) e por Emprego & Renda (+22,6%). O movimento foi disseminado pelo estado, com todos os municípios evoluindo frente a 2013.