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De forma objetiva, acesse abaixo a análise dos principais resultados do IFDM para o país:

IFDM 2018 - RS - FIRJAN: Rio Grande do Sul é o estado com mais cidades em alto desenvolvimento em Saúde

Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal aponta que, neste quesito, o estado possui sete das dez melhores cidades. Vale Real atinge o topo estadual

 O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018, divulgado nesta sexta-feira (29/6), revela que 99% das cidades gaúchas (485 dos 490 municípios avaliados) têm nível de desenvolvimento alto ou moderado. Entre as 100 melhores de todo o país, 18 são do Rio Grande do Sul, este valor só é superado pelo estado de São Paulo. Além disso, o estado não tem município com baixo desenvolvimento.

O estado se destaca por ser o que reúne, proporcionalmente, mais municípios com nível de excelência em Saúde: 84,9% (ou 421 cidades). O Rio Grande do Sul responde por sete dos dez melhores municípios do país neste quesito. Apesar disso, o cenário evolutivo frente a 2015 foi dividido: 53% dos municípios avançaram, devido principalmente à melhora no percentual de 7 ou mais consultas pré-natais por nascidos vivos; enquanto 47% recuaram, direcionados pelo maior percentual de óbitos por causas mal definidas.

Criado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para acompanhar o desenvolvimento socioeconômico do país, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda de todos os municípios brasileiros. Em sua nova edição - com base em dados oficiais de 2016, últimos disponíveis – o estudo mostra que a crise econômica, iniciada em 2014 e causou forte recessão no país, fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse três anos.

O índice monitora todas as cidades brasileiras e a avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento. Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1). O índice avalia conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, educação infantil e fundamental, e atenção básica em saúde.

Vale Real ultrapassa Lajeado e chega ao topo do ranking gaúcho

A boa evolução no índice Emprego e Renda, assim como nos demais critérios, fez com que o município de Vale Real (0,8807) atingisse, pela primeira vez, o topo do ranking gaúcho, deixando para trás a cidade de Lajeado (0,8789). O enorme salto de Vale Real, com uma variação de quase 10% de 2015 para 2016, fez com que o município atingisse a quarta posição do ranking nacional. Antes, a cidade não figurava em os Top 10 gaúcho.

Lajeado, que desde o início da série histórica oscila entre as duas primeiras posições, ocupa agora o segundo lugar no ranking estadual. Devido principalmente ao polo industrial de alimentos, a cidade chega a sexta posição no ranking do país. As demais posições do Top 10 são ocupadas por Campo Bom (0,8622), Mato Leitão (0,8587), Muçum (0,8559), Serafina Corrêa (0,8551), Bento Gonçalves (0,8548), Carlos Barbosa (0,8544), Gramado (0,8542) e Picada Café (0,8533).

Porto Alegre ficou na 119ª posição estadual. A cidade tem alto desenvolvimento em Saúde (0,8675) e moderado em Emprego e Renda (0,7070) e Educação (0,7666). A capital gaúcha está na 12ª colocação no ranking das capitais nacionais.

No outro extremo do ranking gaúcho, entre as dez cidades com menor IFDM do estado, a baixa pontuação no IFDM Emprego e Renda é o principal problema: seis municípios possuem baixo grau de desenvolvimento nessa vertente, enquanto os demais apresentam nível regular. Em Educação, esse grupo apresentou pontuação elevada, oito das dez cidades registraram desenvolvimento moderado e apenas duas, regular. No âmbito da Saúde, os dez municípios não destoaram do cenário estadual e apresentaram indicador ao menos moderado.

Assim, entre as 10 piores colocadas no ranking estadual estão, respectivamente, as cidades de Dilermando de Aguiar (0,6109), Multiterno (0,6061), Ubiretama (0,6059), General Câmara (0,6017), Tunas (0,6009), Santana da Boa Vista (0,5932), Três Forquilhas (0,5912), Dom Feliciano (0,5798), Charrua (0,5749) e, por último, São Valério do Sul (0,5695).

No país, Educação e Saúde apresentaram o menor avanço da última década

Na edição 2018 do IFDM foram avaliados 5.471 municípios, onde vive 99,5% da população brasileira. As novas cidades, para as quais ainda não existem dados, e aquelas com ausência, insuficiência ou inconsistência de informações, não fazem parte do estudo. No resultado geral, que inclui a média das notas dos três indicadores (Emprego e Renda, Saúde e Educação) foram observados apenas 431 municípios (7,9%) com alto desenvolvimento.

De acordo com o estudo, na comparação com 2015, as áreas de Educação e Saúde tiveram o menor avanço da última década e não compensaram as perdas do mercado de trabalho nos últimos anos. Assim, nesta edição o IFDM Brasil atingiu 0,6678 ponto – abaixo do nível observado em 2013.

O estudo também revela que o país continua com enormes disparidades regionais: o Sul é a região mais desenvolvida, tendo 98,8% de cidades com desenvolvimento alto ou moderado. O Sudeste e o Centro-Oeste possuem perfil semelhante. Já as regiões Norte e Nordeste têm, respectivamente, 60,2% e 50,1% dos municípios com desenvolvimento regular ou baixo. Entre todas as cidades avaliadas, Louveira, em São Paulo, conquistou 0,9006 ponto e é a mais desenvolvida do país. Florianópolis, com 0,8584, ocupa o primeiro lugar entre as capitais. No último lugar do ranking nacional, com 0,3214, está o município de Ipixuna, no Amazonas.

Para o Sistema FIRJAN, políticas macroeconômicas para o equilíbrio fiscal e gestão eficiente dos recursos públicos são essenciais para que as cidades se recuperem e atinjam nível de desenvolvimento que atenda às necessidades dos brasileiros.