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Virada Sustentável: economia de baixo carbono é oportunidade para as indústrias

Em 2017, a Virada Sustentável realizou sua primeira edição no Rio de Janeiro

Em 2017, a Virada Sustentável realizou sua primeira edição no Rio de JaneiroFoto: Renata Mello

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Publicado em 12/06/2017 17:10  -  Atualizado em  13/06/2017 13:01

O Sistema FIRJAN participou da Virada Sustentável, movimento de mobilização e educação sobre sustentabilidade. A Federação sediou, na última sexta-feira, 09, um painel sobre mudanças climáticas, perspectivas da precificação de carbono no mundo e oportunidades e riscos para o setor empresarial.

“Os setores produtivos minimizam as emissões de GEE por meio de eficiência e inovação de processos e na utilização de energia renovável”, explicou Andrea Lopes, especialista em Meio Ambiente da FIRJAN, ressaltando que, enquanto a questão climática avança na agenda política mundial, algumas empresas já se preparam para legislações cada vez mais restritivas.

Segundo a especialista, os stakeholders já pressionam as corporações para divulgarem suas relações de dependência e impacto ao meio ambiente. As questões ambientais também passaram a ser uma vertente importante na análise de risco para concessão de créditos.

“Por isso, a gestão de carbono deve ser parte do planejamento estratégico das empresas. Para isso, primeiro deve-se fazer um diagnóstico, quantificando as emissões de GEE e analisando oportunidades e riscos. Depois, cria-se um plano de ação. É importante a empresa divulgar os resultados obtidos para engajar acionistas e públicos de interesse”, explicou Andrea.

Para a especialista, o investimento em economia de baixa emissão de carbono abre oportunidades para as indústrias acessarem novos mercados. “Além disso, é possível antecipar-se às regulamentações, diminuir a dependência por recursos naturais e aumentar a credibilidade da marca”, complementou.

Juliana Lopes, diretora Latino-Americana do Carbon Disclosure Project, explica que incorporar os custos gerados pelas emissões da empresa ajuda a gerir riscos ambientais. “A tendência é que o governo brasileiro adote a precificação de carbono. As empresas que já contemplam essa variável em seus orçamentos estarão em posição de vantagem. Até 2020, o preço por tonelada de carbono deve girar em torno de R$ 60, subindo para R$ 75 em 2030, com o intuito de atingir os objetivos do Acordo de Paris”, observou.

Resultado prático

A Braskem optou por aumentar o uso de fontes renováveis de energia, aumentar a participação de produtos químicos de origem renovável e procurar novas soluções em plásticos. Um de seus projetos foi o Polietileno Verde, um plástico produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar, uma matéria-prima renovável, enquanto os polietilenos tradicionais utilizam matérias-primas de fonte fóssil.

“Ele captura cerca de 500 mil toneladas de CO2 ao ano, o equivalente a plantar 3,5 milhões de árvores”, contou Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem. O objetivo da empresa é, em 2020, estar entre as melhores grandes indústrias químicas do mundo em intensidade de emissões de GEE, além de ser um grande sequestrador desses gases devido ao uso de matérias-primas renováveis.

O Sistema FIRJAN atua para mobilizar a indústria fluminense com relação à mitigação de emissões e adaptação as mudanças climáticas. Entre as ações, destacam-se a participação na Rede Clima da Indústria Brasileira e a realização, desde 2013, do Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental. Na última edição, a CEG venceu na categoria de Gestão de Emissões de GEE e Eficiência Energética, com um programa que reduz e compensa suas emissões, evitando mais de 380 mil toneladas de CO2 na atmosfera e sequestrando mais de 6 mil toneladas de CO2.

“É muito importante fazer parte de um evento tão engajador como a Virada Sustentável, levando conhecimento e oportunidades para as indústrias fazerem seu papel na diminuição das mudanças climáticas”, explicou Gabriel Pinto, gerente de Indústria Criativa da Federação.

A Virada Sustentável teve sua primeira edição em 2011, em São Paulo, e desde então vem ampliando seu escopo de atuação. Em 2017, realizou sua primeira edição no Rio de Janeiro, com projetos que promovem debates construtivos em torno do amplo conceito de sustentabilidade. 

O evento aconteceu de 9 a 11 de junho em diversos espaços da cidade.

 
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