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Valoração e gestão empresarial em serviços ecossistêmicos são temas estratégicos para as empresas

Serviços Ecossistêmicos são definidos como as contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas à economia e ao bem-estar da humanidade

Serviços Ecossistêmicos são definidos como as contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas à economia e ao bem-estar da humanidadeFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 20/04/2017 15:27  -  Atualizado em  06/12/2017 12:47

Cada vez mais, aspectos relacionados a biodiversidade e serviços ecossistêmicos impactam a tomada de decisão das empresas. Com o objetivo de capacitar os empresários em métodos e ferramentas para gestão do capital natural em seus planos de negócio, o Sistema FIRJAN promoveu o workshop Valoração e Gestão Empresarial de Serviços Ecossistêmicos (SE).

Segundo a palestrante e pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (GVces/FGV-EAESP), Natalia Lutti, que trabalha no projeto Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE), o capital natural não pode ser um risco fora do escopo do setor: “Ele deve estar no radar, pois pode afetar a competitividade de uma empresa, seja no campo estratégico, financeiro, operacional ou regulamentar. O capital natural está relacionado à forma como as empresas usam, dependem e impactam os recursos naturais”.

Os SE são definidos como as contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas à economia e ao bem-estar da humanidade e podem ser classificados em quatro categorias: provisão, que são os bens tangíveis, ligados à quantidade, como alimentos; regulação, que são ligados à qualidade, como clima, purificação da água etc; cultural, que são benefícios intangíveis, como atividades ligadas ao ar livre, como turismo, recreação e inspiração cultural; e habitat, que geram estrutura para que outros SE possam existir, como fertilização do solo e a manutenção dos ciclos de vida de espécies migratórias.

“A valoração dos serviços ecossistêmicos é importante por se tratar de um indicador de uma realidade para gestão, que apoia a tomada de decisão. Há, contudo, diferença entre valor e preço. Um diamante, por exemplo, tem pouca importância, pouco valor, mas seu preço é alto. Por outro lado, a água, que é um recurso natural, tem muita importância, mas seu preço é baixo ou nulo”, explicou Natalia.

A Autopista Fluminense administra uma rodovia que atravessa três unidades de conservação, local onde há a presença de espécies ameaçadas de extinção e área de abastecimento de água para a Região dos Lagos.

Pensando nisso, Marcello Guerreiro, coordenador de Meio Ambiente da rodovia, estima como valorar a importância desse local para que seja contabilizado esses indicadores no planejamento estratégico da empresa: “Vou discutir esse conteúdo com a diretoria da Autopista Fluminense para que possamos aplicar as medidas necessárias na operação da rodovia”.

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Participantes debateram os métodos de valoração, que podem ser qualitativos, quantitativos ou econômicos | Foto: Vinicius Magalhães

 

Métodos de valoração

Os métodos de valoração podem ser qualitativos, quantitativos ou econômicos – este último traduzido em unidades monetárias. De acordo com a pesquisadora, não há uma regra para a escolha do método a ser usado, e o mesmo serviço pode ter valor diferente de acordo com a metodologia aplicada. O Método de Custos de Reposição (MCR) e o Método de Produtividade Marginal (MPM) são dois dos mais utilizados.

“A etapa mais importante para a realização de um estudo de valoração é a primeira, quando se pensa que tomada de decisão a empresa quer subsidiar com seus resultados. É preciso ver, portanto, o objetivo e a aplicação empresarial da análise”, afirmou.

O evento foi uma ação do projeto “TEEB (Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade) Regional e Local” – parceria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), e Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

“O nosso objetivo com esse workshop é apresentar métodos e ferramentas para gestão de SE às empresas, de modo que as mesmas possam identificar riscos, impactos e oportunidades inerentes às suas atividades. Trata-se de tema estratégico, que auxilia as empresas na tomada de decisão e, por isso a FIRJAN buscou levar o tema aos empresários, fortalecendo a indústria fluminense”, disse Lídia Aguiar, analista de Meio Ambiente da Federação.

O workshop aconteceu em 18 e 19 de abril, na sede da Federação. 

 
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