A ideia do projeto surgiu em 2013 como uma solução para a retomada da competitividade do setor de Rochas OrnamentaisFoto: Renata Mello
Ao longo dos anos, o setor de rochas ornamentais do Rio foi perdendo espaço para outros estados. A fim de impulsionar essa importante cadeia econômica, o Projeto Renascer propõe a criação de um conglomerado financeiro para formar uma macroempresa. A proposta é unir as áreas de mineração, serraria e marmoraria com foco na exportação.
“Entendo que passamos por um período de adversidades, principalmente no estado do Rio, porém o ramo de rochas ornamentais possui um grande potencial de exportação. O nosso foco é fomentar essa indústria por meio da união dos empresários”, pontuou Ricardo Maia, vice-presidente executivo do Sistema FIRJAN.
Uma das soluções encontradas no estudo de viabilidade econômico-financeira, apoiado pela Firjan, para setor de Rochas Ornamentais é agregar o maior valor possível à pedra final para que ela se destaque nos mercados internacional e interno. Para isso, é fundamental o trabalho de escolas técnicas como o SENAI, que preparam os profissionais para que eles estejam aptos a utilizar o moderno maquinário necessário para as atividades produtivas.
“Ter profissionais capacitados é fundamental para que a indústria possa adquirir competitividade. Não adianta ter equipamentos de ponta se não possuirmos gente capacitada para operá-los”, destacou Armando Sequeira, representante do Sindicato das Indústrias e Extratores de Pedras Gnaisses do Nordeste do Estado do Rio de Janeiro (Sindgnaisses).
Para Ronaldo Nunes, representante do Sindicato das Indústrias da Construção, Mobiliário, Mármores e Granitos da Baixada Fluminense, Angra dos Reis e Parati (Sincocimo), é necessário recuperar parte do protagonismo que a indústria fluminense tinha no ramo de rochas ornamentais. O empresário acredita que é através dessa sinergia que o setor poderá voltar a crescer.
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Ronaldo Nunes defende a recuperação do protagonismo que a indústria fluminense tinha no ramo de rochas ornamentais | Foto: Renata Mello |
Já Paulo Orcioli, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), considera necessário o esforço para alcançar mercados como o árabe e o da Indochina. Segundo ele, esses países compram produtos brasileiros de nações como China e França sem saber a origem dos artefatos.
“Considero imprescindível anunciar e divulgar o que produzimos em feiras internacionais para conquistar esses compradores. Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador de mármore, atrás apenas da China. Além de possuirmos quantidade do insumo, temos qualidade que outros concorrentes não têm”, pontuou.
Projeto Renascer
A ideia do projeto surgiu em 2013 como uma solução para a retomada da competitividade do setor de Rochas Ornamentais. O Sistema FIRJAN entrou como apoiador para realizar um estudo que comprovasse a viabilidade do projeto, assim como os benefícios e os gargalos da iniciativa.
“Esse estudo é muito importante. A partir dele é possível observar os fatores que fizeram o estado do Rio perder espaço para o Espírito Santo na venda de rochas ornamentais. O governo quer unir forças junto à iniciativa privada para garantir a retomada dessa cadeia produtiva, gerando empregos e renda para o estado”, declarou Alberto Mofati, subsecretário de Desenvolvimento Econômico.
O evento de lançamento do Projeto Renascer aconteceu em 9 de novembro, na sede do Sistema FIRJAN.