A Firjan homenageou nesta quarta-feira, 19/09, 14 empresas que foram destaque na exportação em 2017. Em sua 21ª edição, o Prêmio Rio Export 2018 contemplou empresas fluminenses que atuam em diferentes mercados, desde a confecção de produtos básicos até a indústria criativa. Carlos Mariani Bittencourt, vice-presidente da Firjan, ressaltou que a premiação demonstra a diversidade da pauta exportadora do estado do Rio, servindo de inspiração para todas as indústrias locais. O evento foi na Casa Firjan.
“Por meio do prêmio, queremos valorizar e estimular o desempenho das indústrias do estado nas relações com o mercado externo”, frisou. A iniciativa foi lançada em 1998, se inserindo no esforço de difusão e consolidação da cultura exportadora fluminense. O evento contou com palestra do diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, que apresentou sua visão sobre o futuro do comércio internacional.
Fortalecimento da OMC
Em meio a um cenário de desaceleração e avanço de medidas protecionistas, ele disse que a OMC nunca foi tão relevante. O lado positivo é que, segundo ele, os líderes mundiais com quem tem conversado estão mais empenhados no fortalecimento do órgão, por meio de uma reforma, do que no seu desmantelamento. “A alternativa de um mundo sem a OMC será um desastre total, porque será um mundo de incertezas, unilateralismo, nacionalismo exacerbado e intolerâncias. Isso vai afetar não apenas as relações econômicas e comerciais, mas poderá ter impacto nas relações políticas”, ressaltou.
Azevêdo classificou o momento como desafiador e muito preocupante. Alertou para o risco “real” da perda de força do Sistema de Solução de Controvérsias da OMC, já no final do ano que vem, e da necessidade de os países membros encontrarem uma solução urgente.
“O setor privado tem papel importante nesse esforço”, pontuou ele, convidando os empresários a serem atuantes no enfrentamento dos desafios, junto ao governo brasileiro. Para ele, a reforma da OMC requer equilíbrio, não podendo ser muito tímida nem ambiciosa, porque na prática seria natimorta.
Diante do cenário atual, ele disse que os países têm de se preparar, visando reduzir os riscos diretos das barreiras comerciais e as consequências sobre o crescimento econômico mundial. Segundo ele, as medidas restritivas dobraram do ano passado para cá, considerando o valor do comércio afetado por essas barreiras comerciais. “Provavelmente, países em desenvolvimento e emergentes devem ser mais afetados, principalmente os mais inseridos no comércio internacional”, afirmou.
Mas nem tudo é negativo. Um avanço recente, citado por ele, foi o Acordo sobre Facilitação de Comércio (Acordo de Bali), visando reduzir as barreiras globais, assinado em 2013. Se totalmente implementado, disse o embaixador, poderá aumentar o comércio mundial em US$ 1 trilhão por ano. Para o Brasil, o acordo pode reduzir os custos do comércio internacional entre 12,2% e 13,9%, beneficiando sobretudo as pequenas e médias empresas.
Confira os vencedores por categoria da edição 2018 do Prêmio Rio Export:
Destaque Exportação da Indústria do Estado do Rio – GE Celma
Destaque Exportação de Serviço do Estado do Rio – Globo Comunicações
Destaque Emissão de Certificados de Origem – MAN Latin American
Destaque Exportação da Firjan Sul Fluminense – Grupo PSA
Destaque Exportação da Firjan Caxias e Região – Arlanxeo Brasil
Destaque Exportação da Firjan Nova Iguaçu e Região – Condor
Destaque Exportação da Firjan Leste – Ingredion
Destaque Exportação da Firjan Centro-Sul – Ferreira Internacional
Destaque Exportação da Firjan Serrana – Xerium Technologies
Destaque Exportação da Firjan Centro-Norte – Filó
Destaque Exportação da Firjan Norte – Corbion
Destaque Exportação da Firjan Noroeste – Pedras Paraíso de Pádua
Destaque Exportação da Firjan – Laboratórios Bbraun
Destaque Hors Concours – Petrobras
Não deixe de ler aqui mais detalhes sobre os vencedores.
Criado em 1998, o prêmio é entregue anualmente às empresas fluminenses que mais se destacaram em diversas categorias, de acordo com o desempenho na atividade exportadora retratado nos números oficiais da Secex. Claudia observa que a ação contemplou empresas de diferentes setores e níveis tecnológicos, o que demonstrou a diversidade e a especialização da pauta exportadora do estado.
“Com a iniciativa, temos o objetivo de fortalecer a cultura exportadora do Rio ao destacar que o comércio internacional é boa opção para diversificar mercados, principalmente diante da crise”, ressalta Claudia Teixeira, especialista em Comércio Exterior da Gerência Internacional da Firjan.
Ao longo desses 21 anos, mais de 70 empresas foram premiadas nas 14 categorias.
