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Oportunidades de desenvolvimento da indústria nuclear são debatidas na Alerj

Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro foi realizado no plenário da Alerj

Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro foi realizado no plenário da AlerjFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 30/08/2017 12:25  -  Atualizado em  30/08/2017 12:31

O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo e o estado do Rio é o único ente federativo com geração de energia nuclear. Em Angra dos Reis, há a Central Nuclear Almirante Álvaro Aberto (CNAAA), formada pelo conjunto das usinas Angra 1, 2 e 3 – esta última ainda em construção. Por isso, as possibilidades de contribuição da indústria nuclear para a recuperação econômica fluminense foram debatidas no Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, do qual o Sistema FIRJAN faz parte.

Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, em 2016, as usinas Angra 1 e 2 geraram, juntas, quase 16 milhões de megawatts-hora, a melhor marca da história, o que corresponde a aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no Brasil. Atualmente, elas respondem a apenas 24% da capacidade de geração do estado, mas atendem a 50% do total de energia consumida no Rio de Janeiro.

Com a conclusão da Angra 3, que teve as obras paralisadas em 2015, a CNAAA poderá atender a 75% da demanda fluminense, segundo Leonam Guimarães, diretor técnico da Eletronuclear. “A indústria nuclear ficou estagnada nos últimos anos, mas há muito potencial para mudar isso, visto que quase toda a cadeia produtiva do ciclo do combustível nuclear fica concentrada aqui”, afirmou.

O Sistema FIRJAN, historicamente, defende a produção de energia por meio do combustível nuclear. Para Sérgio Duarte, vice-presidente da Federação, a perspectiva para a indústria fluminense é de que a conclusão de Angra 3 poderá estimular o surgimento de uma cadeia produtiva voltada para as aplicações da tecnologia nuclear, gerando empregos e renda de alto nível para o estado.

“É possível estimular o desenvolvimento de outros segmentos industriais, já que a aplicação da tecnologia nuclear pode ser utilizada na agricultura, medicina, indústria alimentícia, entre outros setores. Além disso, o estado possui potencial para enriquecer todo o urânio a ser utilizado nas usinas, podendo ainda se tornar exportador do material. Dominar esse ciclo consolidaria a capacidade tecnológica do Rio e sua maior participação no cenário internacional nuclear para fins pacíficos”, analisou Duarte.

O vice-presidente da FIRJAN lembrou que o setor elétrico brasileiro passa hoje por grandes transformações. O Ministério de Minas e Energia (MME) colocou, recentemente, a proposta de um novo modelo para o setor em consulta pública. Em sua contribuição, a Federação ressaltou que é importante que a reestruturação seja baseada em uma visão de mercado, mais madura e mais robusta, assim como a necessidade da integração da geração nuclear nessa mudança. A proposta do MME seguirá para o Congresso em setembro.

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Vice-presidente da FIRJAN lembrou que o setor elétrico brasileiro passa hoje por grandes transformações | Foto: Vinicius Magalhães


Energia nuclear

Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares, destacou que o país precisa se adaptar ao novo mercado de energia, que impõe a redução da emissão de CO2. De acordo com ele, o uso de usinas nucleares vem crescendo no mundo por serem sustentáveis, de baixo custo, seguras, geradoras de poucos resíduos e por utilizarem áreas reduzidas para produção.

“Vale ressaltar que o Brasil possui uma matriz energética híbrida, que está optando cada vez mais por energias renováveis de fontes intermitentes, ou seja, aquelas que não podem ser fornecidas continuamente devido a fatores não controláveis. Isso gera a necessidade de complementar a matriz com termelétricas, num cenário em que a energia nuclear é a opção mais viável”, explicou Cunha.

Reynaldo Barros, presidente licenciado do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), enfatizou o papel da engenharia para o setor nuclear: “A força da engenharia de um país está intimamente ligada à capacidade de inovação tecnológica e competitividade industrial. Por isso, é preciso investir na formação de mais engenheiros para desenvolver não apenas a indústria nuclear, mas a economia como um todo”.

O Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro foi realizado no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em 29 de agosto. 

 
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