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Segurança: o que o Rio espera das autoridades públicas

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Publicado em 22/09/2017 15:08  -  Atualizado em  22/09/2017 15:26

A situação de descalabro da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro atingiu nas últimas horas um ponto de descontrole que não admite meias-palavras, brincadeiras ou discursos ensaiados. O Rio se encontra em estado de conflagração, com ônibus incendiados, tiros ecoando por diferentes pontos da cidade, balas perdidas matando inocentes.

É inaceitável que não se coloque um ponto final na tragédia de milhões de brasileiros num estado que é, e sempre será, a caixa de ressonância, o cartão de visitas do Brasil.

O governador do Rio de Janeiro afirmou ontem que havia “afinado a viola” com o ministro da Defesa. É uma linguagem que o sofrimento de cariocas e fluminenses não comporta. É irresponsável falar com uma leveza ensaiada num momento tão dramático. É desrespeitoso com famílias que têm perdido seus entes queridos com balas perdidas. É um acinte com famílias de policiais militares, que perdem suas vidas quase cotidianamente para defender as dos demais cidadãos. Não é essa a resposta que a população fluminense espera.

O ministro da Defesa afirmou que avaliaria com “toda a boa vontade” o pleito do Governo do Rio de Janeiro para que as Forças Armadas se ocupassem de 103 áreas conflagradas. Não é de boa vontade que o Rio de Janeiro precisa. É de ação firme e resoluta.

Estamos em guerra.

Não podemos sair de nossas casas.

Perdemos o direito de ir e vir.

Quem trafega pela cidade em carros blindados está a salvo. Não estão a salvo os moradores de comunidades carentes. A desproteção atinge indistintamente a todos, mas ela se abate mais fortemente sobre os menos favorecidos.

O Rio não pode ficar à mercê de vaidades e orgulhos feridos de autoridades públicas. As últimas horas escancaram o sentido de urgência de uma ação coordenada no estado.

Pouco importa o que dizem as “diretrizes” da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Não são os fatos estarrecedores dos últimos dias que têm de caber na GLO. É a GLO que tem de dar conta imediata dos fatos estarrecedores que testemunhamos nas últimas horas. Se suas “diretrizes” não são suficientes, que sejam reformuladas.

Quando um estado da Federação é fraco para se defender do crime organizado, seja pela incompetência de quem o comanda, seja pela falência completa de seu sistema de segurança pública, só as Forças Armadas podem dar conta de restabelecer os direitos dos cidadãos de bem. É o papel constitucional de quem tantos serviços presta à Pátria. É a intervenção que se espera daquelas instituições: garantir a Lei e a Ordem quando estão ameaçadas por quem pretende instaurar um poder paralelo pela força das armas.

O cerco à Rocinha, já autorizado, é fundamental. Mas ele deve ser encarado apenas como o início de um longo processo de resgate da segurança pública no Rio de Janeiro. O caos não está instaurado apenas na Rocinha, mais palpável por se tratar de uma área de enorme visibilidade.

O crime organizado se espraiou indistintamente pela Cidade e pelo Estado do Rio de Janeiro. O presidente Michel Temer certamente estará atento para cobrar do Ministério da Defesa uma ação ampla, firme e resoluta em defesa dos cidadãos fluminenses.

 
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