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Governo Trump poderá colocar barreiras à importação americana, afirmam especialistas

Evento foi promovido pela FIRJAN Internacional, Cebri, ABCI Institute e Fucex

Evento foi promovido pela FIRJAN Internacional, Cebri, ABCI Institute e FucexFoto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 03/02/2017 15:08  -  Atualizado em  03/02/2017 15:56

Recém-empossado, o presidente norte-americano Donald Trump já anunciou diversas medidas que sinalizam uma política comercial mais protecionista por parte dos Estados Unidos. De acordo com o embaixador Roberto Abdenur, essa nova orientação traz impactos importantes para o fluxo internacional de negócios, tendo reflexos também nas relações com o Brasil e o estado do Rio. 
 
“Trump tem uma atitude altamente protecionista. Embora essa política não afete diretamente o Brasil, ainda assim pode prejudicar o país ao ir de encontro com o impulso de abertura comercial proposto pelo nosso governo”, disse Abdenur, que é representante do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
 
O embaixador participou do seminário “A Nova Política Comercial de Trump”, que discutiu as perspectivas da política comercial do governo norte-americano. Uma das medidas mais importantes já anunciadas pelo presidente Trump é a saída dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP). 
 
Considerado o maior acordo já feito nos últimos anos, o TPP inclui doze grandes economias da região do Pacífico. Para Aluísio de Lima Campos, presidente do Instituto dos Analistas Brasileiros de Comércio Internacional (ABCI Institute), a decisão coloca em risco a continuidade da parceria, mas traz efeitos positivos para o Brasil. 

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Os impactos da política de Trump para o fluxo internacional de negócios foi tema de debate no Sistema FIRJAN
 

“É algo excelente para o país, pois o TPP trazia perda de competitividade para nós. As políticas de Trump são péssimas para o comércio global, mas não para o Brasil”, ponderou Lima Campos. Segundo ele, a nova política norte-americana será pautada pela preferência aos acordos bilaterais, em detrimento dos regionais, e adoção de mecanismos que incentivam as empresas a comprar bens e produtos internamente, em vez de importá-los de outros países. 
 
“Trump quer proteger a indústria nacional. Com a proposta de taxação de seu governo, as empresas terão redução na alíquota dos imposto de renda referente as operações internas. Isso poderá desestimular as operações externas”, complementou.
 
Na avaliação de Marcos Troyjo, professor da Columbia University, o mundo vive um momento de “desglobalização”, processo dos países de intensificar a proteção à economia interna, e o governo norte-americano apenas aprofunda esse panorama. No entanto, destaca, a filosofia comercial de Trump pode prejudicar seu próprio país no longo prazo. 
 
“Nenhuma economia tem tantas empresas transnacionais quanto os Estados Unidos. Se desfizerem a cadeia global de produção, irão desestruturar o plano de negócios das companhias norte-americanas, o que pode aumentar a inflação do país ou diminuir a receita do setor privado”, afirmou o professor.
 
Troyjo alerta que, apesar do momento atual, o mundo não deixará de ser globalizado: “Não podemos embarcar na ideia de que o protecionismo continuará vigorando. Vamos encontrar um caminho, e o Brasil precisa estar preparado para os acordos futuros”.
 
Luiz Felipe de Seixas Correa, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais do Sistema FIRJAN, ressaltou a relevância de compreender as novas perspectivas de comércio norte-americano, em virtude de sua relevância para o estado do Rio. 
 
“Os Estados Unidos, além de grande player internacional, são os maiores parceiros comerciais do nosso estado. Representam 20% da corrente comercial fluminense, e muitas de nossas empresas têm relação com aquele país”, observou o presidente do Conselho.
 
O seminário “A Nova Política Comercial de Trump”, promovido pela FIRJAN Internacional, Cebri, ABCI Institute e Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), aconteceu em 2 de fevereiro, na sede da Federação.
 
 
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