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França e Rio buscam estreitar relações empresariais

Eduardo Eugenio pontuou que a França é um dos maiores investidores no Brasil

Eduardo Eugenio pontuou que a França é um dos maiores investidores no BrasilFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 07/12/2017 12:13  -  Atualizado em  08/12/2017 15:22

Representantes do Movimento de Empresas da França (Medef), estiveram no Sistema FIRJAN, nesta terça-feira, 6, para conhecer melhor o ambiente de negócios do estado do Rio para os próximos anos. “A França é um dos maiores investidores no Brasil. Por isso, é de grande interesse estreitar ainda mais as relações com o país”, ressaltou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação. O encontro contou também com a presença do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello, que detalhou o projeto do órgão para 2018.

Das cerca de 900 companhias de origem francesa instaladas no Brasil, 200 estão localizadas em território fluminense. “Ampliar a colaboração entre os dois países é fundamental. Existem setores e oportunidades com potencial para serem trabalhados. Além disso, queremos ajudá-los a melhorar ainda mais o ambiente de negócios brasileiro”, observou Alexis Duval, presidente do Conselho França-Brasil do Medef Internacional.

Com objetivo de demonstrar aos franceses o potencial brasileiro, que já superou seu período recessivo, Paulo Rabello, informou que o planejamento do Banco é desembolsar anualmente de R$ 150 bilhões a R$ 175 bilhões em 2022. Para ele, a recuperação da economia possibilitará esses números. “Ouso dizer também que o crescimento do Brasil ano que vem será de 4%, não de 3% como aponta a maioria das projeções”, disse.

Rabello defendeu também a votação no primeiro trimestre de 2018 da reforma tributária e a aprovação da reforma da Previdência, que, para ele, é uma questão de bom senso. “O teto de gastos torna a reforma necessária, já que a única parte desse grande orçamento que dá para enxugar é o investimento. O custeio está comprometido. Essa é a razão porque as reformas são indispensáveis", analisou.

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“O teto de gastos torna a reforma tributária necessária", Paulo Rabello | Foto: Vinicius Magalhães


Ambiente de negócios fluminense

Guilherme Mercês, economista-chefe da Federação, apresentou as potencialidades do estado do Rio, que tem a segunda maior economia do país e representa 11% do PIB. De acordo com ele, 12 atividades concentram 84% dos empregados fluminenses, sendo os maiores setores a construção civil, serviços industriais de utilidade pública, as áreas naval e aeronáutica, vestuário, alimentos, extração de petróleo e produtos de metal.

“Em março de 2016, o ambiente de negócios era marcado pela crise. Hoje, a palavra de ordem é reforma. Estamos saindo fortalecidos desse cenário, mas ainda temos alguns desafios a enfrentar, como aprovar as reformas da Previdência, a do setor elétrico e a tributária”, pontuou.

Para Maxime Rabilloud, presidente da Total Brasil, o país é estratégico para sua empresa, com investimentos de cerca de R$ 7 bilhões nos últimos anos. Ainda assim, Rabilloud enxerga entraves a serem superados. “A questão ambiental brasileira, por exemplo, é burocrática e sofre grandes dificuldades por conta da judicialização. O arcabouço tributário também é extremamente complexo e precisa ser revisto”, pontuou Rabilloud, que também preside a Câmara de Comércio e Indústria França-Brasil.

Júlio César Moreira, diretor de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), anunciou melhorias na atuação da entidade para destravar a entrada de investimentos no país: “Vamos aderir, por exemplo, ao protocolo de Madrid em 2018, nos adequando, portanto, aos 18 meses necessários para registro de marcas, diminuindo nosso prazo atual de 24 meses”.

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Guilherme Mercês apresentou as potencialidades do estado do Rio, que tem a segunda maior economia do país e representa 11% do PIB | Foto: Vinicius Magalhães


Oportunidades de investimento

Entre as oportunidades de investimento no estado do Rio, destaca-se o setor de infraestrutura. Segundo Mauro Viegas, presidente do Conselho de Infraestrutura do Sistema FIRJAN, o Brasil investiu apenas 2,3% do PIB nesse segmento, média abaixo da recomendada pelo Banco Mundial, que é de 4,5% ao ano: “Precisamos mudar essa realidade. Isso é possível principalmente com a maior atuação da iniciativa privada e de investidores internacionais”.

Maria Paula Martins, subsecretária de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do governo do estado do Rio, anunciou oportunidades em saneamento e rodovias para 2018: “Estamos planejando lançar um programa de concessão de rodovias com três lotes pelo estado, medindo cerca de 200 km cada. Além disso, a possibilidade de concessão ou firmação de PPP para a Cedae é atrativa”.

Em relação ao mercado e petróleo e gás natural, Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN, destacou o calendário regular de leilões, as novas regras de conteúdo local, o plano de desinvestimento da Petrobras e programas governamentais, como o Gás Para Crescer e o Reate, como impulsionadores para os próximos anos. “O ambiente de negócios para esse mercado está melhorando”, afirmou aos empresários franceses.

Sobre inovação e indústria criativa, Gabriel Pinto, gerente da Indústria Criativa da FIRJAN, apresentou o potencial da Casa FIRJAN, que será inaugurada em 2018. “Com os novos desafios, esse hub ajudará a fomentar negócios relacionados à criatividade, que é uma das potencialidades do Rio”, disse.

O encontro empresarial Brasil-França aconteceu na sede da Federação, em 6 de dezembro. 

 
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