A Firjan, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), organizou seminário para detalhar o uso das ferramentas digitais de autocontrole de poluição industrial utilizadas pelo órgão. O 2º Seminário de Controle da Poluição Industrial (16/08) contou ainda com balcões de atendimento individuais para que as indústrias esclarecessem dúvidas sobre essas plataformas.
“Temos investido em iniciativas que permitam que tanto nós quanto as empresas passem menos tempo analisando papel e mais tempo fiscalizando ou aprimorando o controle de poluentes no meio ambiente”, ressaltou Marcus Lima, presidente do Inea.
Um das ferramentas apresentadas foi o novo Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). A plataforma contempla todas as fases do transporte dos diversos tipos de resíduos. Desde o início da operação, em março, já foram cadastrados cerca de 17 mil usuários de 15 estados que geram, transportam ou destinam resíduos no estado do Rio.
“Os prazos em relação ao sistema antigo mudaram. Agora, o MTR tem validade de 90 dias, período em que ele fica disponível no sistema. O mesmo prazo vale para emitir o Certificado de Destinação Final de Resíduos (CDF)”, explicou Cauê Bielschowsky, coordenador de Acompanhamento dos Instrumentos de Licenciamento Ambiental do Inea.
Já o Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta (Procon Fumaça Preta) vem ampliando seus resultados, com a intensificação das vistorias. A ação foi criada em 2011 com o objetivo de ajudar a reduzir a poluição causada pelos veículos movidos a diesel. “Desde então, houve aumento de 180% de empresas credenciadas a realizar as fiscalizações (de 10 para 28) e de 269% em empresas monitoradas (de 466 para 1.719)”, pontuou Fellipe Pinto, chefe do Serviço de Controle da Poluição do Inea.
O Programa de Monitoramento de Emissões de Fontes Fixas para a Atmosfera (Promon Ar) e o Programa de Autocontrole de Efluentes Líquidos (Procon Água) também foram detalhados.
Química Verde
O Instituto de Inovação Química Verde Firjan SENAI foi apresentado aos empresários por Luiz Eduardo São Thiago, coordenador da instituição. “Como vimos, o controle da poluição já é uma realidade. Agora, precisamos continuar desenvolvendo inovações que tornem essa prática ainda mais ágil e eficiente”, destacou.
Um exemplo de estudo sendo desenvolvido, citado por ele, é sobre nova técnica de remoção de micropoluentes da água por meio de partículas magnéticas. De acordo com ele, isso é possível através da adsorção, ou seja, um processo químico que instiga o poluente a ficar retido na superfície de um sólido; e da oxidação, que aumenta a carga do elemento químico para que ele seja removido da água por magnetismo.
