Empresários do setor audiovisual fluminense debateram, na Firjan, normas e procedimentos que devem ser adotados para afastar situações de risco em um set de gravação. O 1º Seminário de Segurança no Trabalho Audiovisual debateu questões legislativas, melhores práticas, ações de prevenção e a responsabilidade de cada ator da cadeia produtiva no somatório dos riscos e como mitigá-los.
O evento foi realizado, em 25/09, em parceria com o Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual (Sicav) e com o Sindicato Interestadual dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (Stic). Entre os presentes estava Christian de Castro Oliveira, presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Um dos tópicos de interesse foram as Normas Regulamentadoras de segurança NR-10 e NR-35, respectivamente sobre instalações e serviços com eletricidade e sobre trabalho em altura. Ambas vêm sendo cada vez mais exigidas dos profissionais do setor, que devem ser certificados. A Firjan SENAI é habilitada para certificação NR-10 e oferece ainda o curso básico de NR-35.
Riscos com uso de drones
Também foram debatidos os riscos envolvendo o uso de drones, que requerem cuidados especiais e planejamento. “Com improviso, a chance de acidente aumenta muito”, afirmou Angelo Chafin, analista de Audiovisual da Firjan.
Com relação às apólices de seguro, que são obrigatórias para sets de gravação, uma questão colocada foi o fato de apenas duas companhias atuarem nesse segmento. Foi alertada a importância de elaboração de um plano de contingência, documento que pode baratear o custo do contrato.
Outro tópico discorreu sobre os riscos específicos em filmagens policiais, principalmente as que envolvem o uso de armas. É preciso avisar formalmente a Central de Polícia local para evitar que a PM confunda a gravação com a ocorrência real de um crime, o que já aconteceu no país.
“A ideia da Firjan, do Sicav e do Stic é realizar outros eventos, para fomentar a cultura da segurança no set de filmagem. Podemos ampliar o conhecimento sobre todas essas questões, considerando também a importância da experiência a respeito dos riscos aos quais os profissionais da indústria audiovisual e empresas estão expostos”, frisou Chafin.
