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Entrevista: secretário do MDIC detalha perspectivas do comércio exterior para 2017

O presidente do Conselho, embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, entregou ao secretário o Mapa do Desenvolvimento do Rio 2016-2025

O presidente do Conselho, embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, entregou ao secretário o Mapa do Desenvolvimento do Rio 2016-2025Foto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 20/02/2017 18:27  -  Atualizado em  20/02/2017 18:37

Abrão Miguel Neto, secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), apresentou os resultados da política de comércio exterior em 2016 e as perspectivas para este ano.

Ele destacou a facilitação e a desburocratização de processos como prioridades para 2017, sendo a implementação integral do Portal Único – pleito do Sistema FIRJAN – uma das metas. O superávit da balança comercial no ano passado, alíquota do Reintegra e novos acordos comerciais também foram abordados.

Na ocasião, o presidente do Conselho, embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, entregou ao secretário o Mapa de Desenvolvimento do Rio de Janeiro 2016-2025, contendo as principais propostas da Federação. O encontro aconteceu em 16 de fevereiro.

Confira a entrevista com Abrão Miguel Neto, secretário de Comércio Exterior do MDIC.

Sistema FIRJAN: Quais as perspectivas para o comércio exterior brasileiro em 2017?

Abrão Miguel Neto: A expectativa é de aumento das exportações, sobretudo de produtos manufaturados, e também das importações, levando a um superávit muito próximo ao que tivemos no ano passado. É importante destacar que não há aumento de importações e exportações desde 2013, portanto é um quadro animador para o comércio exterior e que reflete o grande esforço das empresas brasileiras em conquistar o mercado internacional e do governo em facilitar e estimular esse processo.

No âmbito dos acordos comerciais, há uma agenda muito intensa e um conjunto de negociações importantes, tanto com o Mercosul e União Europeia, quanto com países como México, Chile e Colômbia. Há um conjunto de iniciativas em curso que nos fazem acreditar que será um ano muito positivo para o Brasil.

Sistema FIRJAN: O governo analisa alguma medida para estimular as exportações brasileiras, com a valorização do real frente ao dólar?

Abrão Miguel Neto: Uma série de ações vem sendo tomadas pelo governo brasileiro. Uma delas é o Portal Único de Comércio Exterior, que estimulará, em médio ou longo prazo, as exportações e importações brasileiras com ganho de competitividade das nossas exportações devido à desburocratização de processos. O câmbio é sempre um elemento importante no comércio. Sabemos que os empresários prezam a previsibilidade. Isso porque no comércio exterior, falamos, em via de regra, de contratos de longo prazo que não respondem imediatamente às oscilações do câmbio.
 

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Abrão Miguel Neto, secretário de Comércio Exterior do MDIC, apresentou os resultados da política de comércio exterior em 2016 e as perspectivas para este ano | Foto: Vinicius Magalhães


Sistema FIRJAN: E com relação ao pleito dos empresários para aumentar a alíquota do Reintegra para 5%? O governo estuda essa proposta?

Abrão Miguel Neto: O Reintegra tem um calendário de aumento da alíquota. Ela era de 0,1% em 2016, foi recomposta para 2% em 2017 e tem previsão de aumentar em 2018 para 3%. O setor privado levou algumas propostas ao MDIC, que foram discutidas em âmbito mais amplo com os membros da Camex e do Ministério da Fazenda. Acho que há uma abertura muito grande a dar competitividade ao setor exportador, mas é claro que isso precisa ser combinado com o nosso espaço fiscal. Segue em avaliação.

Sistema FIRJAN: O presidente dos Estados Unidos sinalizou que planeja adotar medidas de aumento de protecionismo comercial. Como essa mudança pode impactar o comércio exterior brasileiro?

Abrão Miguel Neto: O cenário hoje, principalmente em economias mais desenvolvidas, indica uma tendência de aumento do protecionismo e isso é prejudicial para o comércio global como um todo. O Mercosul caminha em uma direção contrária, investindo numa maior integração com outros países. Esse movimento reposiciona interesses e prioridades de todos os países do bloco, o que pode levar a um maior engajamento em determinadas negociações de que o Brasil tem participado. Derrubar as barreiras comerciais, ou pelo menos amenizá-las, é um esforço grande e conjugado de governo, empresas privadas e entidades brasileiras.

Sistema FIRJAN: O Brasil deve então intensificar as transações com o Mercosul? A Argentina ganhará mais importância?

Abrão Miguel Neto: A Argentina é um parceiro estratégico de longo prazo e há uma convergência muito grande de interesses e prioridades entre os dois países. Nós tivemos, na semana passada, a visita do presidente Mauricio Macri, na qual foram discutidos diversos temas de cooperação e integração comercial.

No âmbito do Mercosul, de uma visão mais ampla, vale ressaltar que a presidência do bloco no primeiro semestre é da Argentina e, no segundo, do Brasil. Há, portanto, oportunidade de coordenação por parte dos dois países de uma agenda pragmática com o intuito de fortalecimento do comércio dentro do bloco e de uma agenda externa mais diversificada com outros países.

O secretário participou da reunião do Conselho Empresarial de Relações Internacionais do Sistema FIRJAN, em 16 de fevereiro.

 
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