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Entrevista: embaixador do MRE debate as perspectivas atuais de promoção comercial

O embaixador Santiago Mourão destaca que será necessário fortalecer o comércio internacional

O embaixador Santiago Mourão destaca que será necessário fortalecer o comércio internacionalFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 25/01/2017 10:18  -  Atualizado em  25/01/2017 10:22

A promoção comercial, visando à expansão de negócios das empresas brasileiras no exterior, é prioridade do governo Temer neste momento, de acordo com o embaixador Santiago Mourão, subsecretário-geral de Cooperação Internacional, Promoção Comercial e Temas Culturais do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Para alcançar esse objetivo, o governo fomentará mais missões empresariais, tanto as que levam empresários brasileiros para o exterior quanto as que trazem visitantes comerciais para conhecer o Brasil em rodadas de negócios.

Além disso, destaca Mourão, será necessário fortalecer o comércio internacional, que classificou como uma via de mão dupla: para estimular as exportações é preciso incentivar também as importações.

Confira a entrevista com o embaixador Santiago Mourão.

Sistema FIRJAN: Como o senhor avalia a participação das empresas brasileiras no comércio internacional atualmente?

Santiago Mourão:
As empresas brasileiras são sempre muito ativas e criativas. Por outro lado, nossa participação no mercado exterior ainda é marginal, com menos de 2% do fluxo de comércio internacional. É preciso que as empresas pensem o comércio exterior, as exportações, como atividade permanente, não apenas temporária ou alternativa para superar dificuldades do mercado interno. Elas precisam se preparar melhor e de forma consistente para ir ao mercado internacional.

Sistema FIRJAN: Como as empresas devem agir para aproveitar as novas oportunidades de internacionalização?

Santiago Mourão:
O MRE, junto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), tem condições de oferecer às empresas todas as informações que elas precisam sobre inteligência comercial, acesso a mercados, oportunidades comerciais, participações em feiras internacionais, missões comerciais e rodadas de negócios. A página do Itamaraty está à disposição para ser consultada, e o MRE se prontifica a dar todas as informações necessárias.

Sistema FIRJAN: Quais os principais desafios para a internacionalização das empresas brasileiras?

Santiago Mourão:
Os principais desafios vêm normalmente da própria empresa: ter o produto com qualidade aceitável no comércio internacional e ter uma atitude adequada em relação à busca de novas oportunidades. No que é competência do governo, todas as entidades envolvidas estão trabalhando para diminuir o Custo Brasil e seu impacto na exportação, de modo que os produtos brasileiros possam chegar ao exterior de forma mais competitiva. Nessa linha, todos estão trabalhando para que possamos avançar no apoio às nossas empresas.

Sistema FIRJAN: E quais são as perspectivas para os próximos anos?

Santiago Mourão:
Nós acreditamos que o Brasil crescerá a sua participação no comércio internacional. Estamos seguros de que estamos no caminho certo, por se tratar de uma atividade fundamental para o desenvolvimento do país.

Sistema FIRJAN: Em relação ao governo Trump, o que se espera para a relação do Brasil com os Estados Unidos?

Santiago Mourão:
Nós estamos esperando sinais mais concretos do governo norte-americano em relação ao Brasil, pois não parecemos estar muito no radar agora. Estamos aguardando o primeiro contato com o novo governo, que será tão logo a estrutura de poder esteja completa, para apresentarmos um plano de ação entre os dois países. Assim, o Brasil deixa de ser reativo para virar proativo. Essa iniciativa será importante e nos ajudará a avançar no relacionamento bilateral.

Além disso, alternativas positivas podem aparecer a partir de decisões do Estado norte-americano. Trump determinou a saída do país da negociação do Acordo Transpacífico, um sinal de que os Estados Unidos podem começar a se fechar um pouco. Porém, caso isso aconteça, para o Brasil não é de todo ruim, pois esse acordo poderia representar para nós um desvio de comércio em volume razoável. Isso nos abre a oportunidade de trabalhar de forma diferente com os países asiáticos e com a América Latina.
 

O embaixador participou do Conselho Empresarial de Relações Internacionais do Sistema FIRJAN, nesta terça-feira, 24.

 
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