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Empresas podem contribuir para diminuir violência contra mulheres

o Sistema FIRJAN reuniu governo, empresas e sociedade civil para um debate sobre o combate à violência contra a mulher

o Sistema FIRJAN reuniu governo, empresas e sociedade civil para um debate sobre o combate à violência contra a mulherFoto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 23/03/2018 16:34  -  Atualizado em  23/03/2018 16:44

Para entender o papel das empresas na temática de combate à violência contra a mulher, o Sistema FIRJAN reuniu governo, empresas e sociedade civil para um debate. O Brasil tem a quinta maior taxa de mulheres assassinadas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Luiz Césio Caetano, presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da FIRJAN, destacou que as empresas podem ficar atentas a cenários de violência para acolher e encorajar mulheres a denunciar o crime: “Entendemos que as companhias têm papel social e devem tornar-se parceiras na busca por caminhos que reduzam essa realidade”. Para ele, o entendimento das organizações sobre esse tema possibilita que o público feminino veja no ambiente de trabalho um local de segurança.

O Instituto Avon é uma das empresas que atua fortemente no combate à violência contra a mulher, seja física ou moral. Uma das ações desenvolvidas foi a criação de um canal de denúncia para violência doméstica. “É importante capacitar os profissionais que realizam esse atendimento para que saibam lidar com a violência contra a mulher”, acredita Daniela Grelin, diretora Executiva do Instituto.

Depois de denunciado, cada caso é analisado de modo a possibilitar a melhor proteção à mulher. “Oferecemos serviços de saúde na própria empresa para fazer o laudo da agressão, além de ajudar as vítimas a procurarem as redes de proteção. Em casos extremos, é possível transferi-la para outra cidade, de modo a fugir de seu agressor”, aponta Daniela.

No mesmo caminho atua a Fundação Vale. Segundo Andreia Rabetim, gerente de Parcerias Intersetoriais da Fundação, parceria é a palavra de ordem para vencer a violência: “Uma de nossas ações foi nos integrarmos com as redes de promoção e proteção social, fomentando debates e mudanças de protocolos para sermos mais assertivos. As empresas precisam fazer parte dessa rede de acolhimento”. 

Violência

Um ponto delicado é quanto à letalidade feminina no país. Em 2016, houve 396 mulheres vítimas de homicídio apenas no estado do Rio, segundo o Dossiê Mulher, elaborado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Isso significa que, em média, uma mulher foi assassinada por dia no estado.

“Precisamos capacitar melhor nossos policiais para saberem lidar com a violência doméstica. Muitos não sabem como agir. Esse problema precisa ser reparado”, ponderou a Major Claudia Moraes, coordenadora dos Conselhos Comunitários de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Para Leila Barsted, diretora da Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação (Cepia), houve uma melhoria tímida no cenário quanto à garantia de direito às mulheres, como a consolidação da Lei Maria da Penha. De acordo com ela, a partir dessa lei, foram criadas Delegacias das Mulheres e Juizados de Violência Doméstica, por exemplo.

Ainda assim, ela afirma que o Brasil tem muito que avançar sobre essa temática, já que muitos desses direitos, como aumento da escolaridade, são restritos a mulheres brancas e de classe média: “As negras e de periferia continuam longe de ter garantia de seus direitos assegurada”. A Cepia é uma organização não governamental voltada para a execução de projetos que contribuam para a ampliação e efetivação dos direitos humanos.

A moderadora do debate foi Wânia Pasinato, assessora da USP Mulheres e autora de livros e artigos sobre o tema de violência e gênero. Participou também Amalia Fischer, coordenadora geral do Fundo Elas, o primeiro fundo independente que se dedica com exclusividade ao protagonismo e ao avanço dos direitos das mulheres no Brasil. “Arrecadamos recursos e os direcionamos a projetos de apoio às mulheres. Atualmente, temos parcerias com mais de 30 organizações no país”, contou Amalia.

O evento “Diversidade de Gênero pela Perspectiva da Violência contra a Mulher” aconteceu em 21 de março, na sede da Federação.

 
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