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Embaixador Santiago Mourão apresenta ações para aumentar exportações da indústria de defesa

Embaixador destacou que maior integração entre governo, empresas e academia é um dos desafios para aumentar a presença global do setor de defesa brasileiro

Embaixador destacou que maior integração entre governo, empresas e academia é um dos desafios para aumentar a presença global do setor de defesa brasileiroFoto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 24/05/2017 16:46  -  Atualizado em  24/05/2017 17:16

Estratégias para o fortalecimento das exportações da indústria brasileira de defesa foram apresentadas pelo embaixador Santiago Mourão em reunião do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança do Sistema FIRJAN. Subsecretário-Geral de Cooperação Internacional, Promoção Comercial e Temas Culturais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Mourão destacou que o governo tem como prioridade promover ações para ampliar mercados, visando maior competitividade para o país em âmbito internacional.

Segundo ele, a indústria de defesa é fundamental para o Brasil, pois trabalha na fronteira do conhecimento técnico e científico, sendo responsável por avanços tecnológicos que beneficiam a sociedade como um todo. Ele ressaltou que uma maior integração entre governo, empresas e academia é um dos desafios para aumentar a presença global do setor de defesa brasileiro: “Uma questão importante é integrar nossa cadeia de valor interna de forma mais estruturada. Precisamos ter foco para desenvolver uma estratégia regional, porque só assim a indústria terá uma sinergia maior que permitirá ações conjuntas”.

Mourão afirmou que o governo federal pode investir em joint ventures, união de empresas, inclusive de outros países, com potencial de crescimento na área de defesa, para ampliar a capacidade de participação no mercado global. Entre os esforços para fortalecer o processo de exportação, ele citou a informatização do sistema de comunicações. “Para a retomada do crescimento nacional, temos como peça central o incentivo ao comércio exterior. Estamos trabalhando para que o tempo de decisão política se alinhe ao ritmo das empresas, que é mais rápido. A intenção é ter um sistema de comunicação fluído para avançar na internacionalização das empresas”, explicou.
 
Para Carlos Erane de Aguiar, presidente do Conselho, os incentivos às exportações são primordiais para alavancar o setor e devem ser encarados como políticas de Estado. “São pautas da indústria de defesa a eliminação das assimetrias tributárias, o financiamento facilitado para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), assim como para produção e manutenção de equipamentos. Apesar do cenário difícil, seguimos trabalhando de forma incansável para voltar aos trilhos do crescimento”, avaliou ele, que também preside a Condor Tecnologias Não Letais e integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.


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Os incentivos às exportações devem ser encarados como políticas de Estado, segundo o presidente do Conselho
 
Futuro da indústria de defesa
Um levantamento da FIRJAN sobre o futuro da indústria de defesa, com um horizonte até 2026, também foi pauta do Conselho. O levantamento apresentado por Riley Rodrigues, gerente de Estudos de Infraestrutura da Federação, aponta a região da Ásia/Pacífico como a de maior potencial de crescimento e valor de mercado para os próximos anos.
 
Segundo Rodrigues, para os países serem competitivos em médio prazo, serão fundamentais os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), adaptação do sistema produtivo e maior uso da Internet das Coisas (IoT) e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).  “As inovações em IoT e TIC ocuparão cada vez mais espaço na indústria de defesa. Será necessária a criação de sistemas cada vez mais integrados em plataformas simples, inteligentes e móveis. A indústria de defesa sempre esteve na fronteira de novas tecnologias, mas precisará descobrir o que tem além da fronteira, o que só acontecerá com uma política de estado que inclua investimentos em PD&I”, afirmou.
 
Ele explicou que as empresas globais continuarão a dominar os gastos com a indústria de defesa em 2026, sendo que as restrições orçamentárias atuais influenciarão o comportamento da indústria e dos mercados e levarão ao aumento dos processos de aquisições, parcerias e joint ventures. Já as de médio porte precisarão de estruturar para serem fornecedoras de plataformas e tecnologia. “Manutenção, peças sobressalentes, logística e serviços de treinamento se tornarão componentes essenciais de novas vendas”, disse.
 
Visibilidade à indústria nacional

Para fortalecer as exportações, o Ministério da Defesa lançou, em março, o Guia de Produtos de Interesse da Defesa, patrocinado pela Condor Tecnologias Não Letais e pelo Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (Simde). O catálogo reúne 650 produtos de 120 empresas brasileiras e está sendo apresentado no 3º Fórum Mundial de Catalogação da Otan, na Austrália, que acontece em 24 e 25 de maio. O Guia complementa o Catálogo de Empresas de Interesse da Defesa, elaborado no âmbito do Conselho de Defesa e Segurança entre 2015 e 2016 com o objetivo de aumentar o número de empresas fluminenses fornecedoras das Forças Armadas, e lançado no ano passado.  Os documentos estão disponíveis no site do Ministério da Defesa.

A reunião do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança aconteceu em 23 de maio, na sede da FIRJAN.

 
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