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Em seminário, FIRJAN defende fortalecimento da política de conteúdo local

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Publicado em 16/02/2017 15:48  -  Atualizado em  16/02/2017 15:50

A implantação de mudanças estruturais para fortalecer conteúdo local como uma política industrial de estado foi defendida pelo gerente de Estudos Econômicos do Sistema FIRJAN, Guilherme Mercês, em participação no seminário “As Políticas Industriais e de Conteúdo Local no Brasil e no Mundo”, promovido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). 

De acordo com Mercês, o fortalecimento da competitividade industrial envolve tanto as políticas internas das empresas quanto a conjuntura do país: “Temos agora um precedente para reformas no Brasil, como a tributária e a trabalhista, fundamentais para combater grandes gargalos das indústrias, que são o alto número de impostos e o custo do trabalho”.

Por outro lado, ele explica que é preciso também incentivar as condições de competitividade intramuros para a indústria nacional, com pesquisa e desenvolvimento, e aumento da capacitação para a gestão empresarial.

Mercês reforçou que o conteúdo local não tem como objetivo proteger a indústria brasileira, mas torná-la competitiva perante concorrentes internacionais. Segundo ele, o financiamento à micro e pequenas empresas, como o concedido pelo BNDES, é fundamental para fortalecer o setor produtivo brasileiro.

“Nessa discussão, o objetivo é desenvolver cadeias produtivas no Brasil em mercados com grande potencial, como o de petróleo e gás. A indústria pede isonomia e igualdade para competir”, complementou.

Para Mercês, para que a política seja eficiente é preciso revisá-la, reduzindo os custos de produção das empresas instaladas no país: “A indústria local necessita produzir com qualidade e prazo adequados, mas é preciso olhar de maneira mais ampla o setor produtivo. A estrutura de custos que as empresas nacionais estão submetidas tornam seus preços mais altos que os de competidores internacionais”.

Luiz Carlos Mendonça, presidente da Fóton Aumark do Brasil e ex-presidente do BNDES, também saiu em defesa de reformas para fortalecer a efetividade da política de conteúdo local: “O Brasil precisa de instrumentos de incentivo à criação e fortalecimento das indústrias, e temos agora um momento de tentar reformas estruturais macro para que isso se desenvolva”.

Durante o evento foram apresentados casos de sucesso de empresas que se tornaram grandes players no país com o apoio da política do conteúdo local. Uma delas é a Laiser Welle, do segmento de máquinas e equipamentos. Segundo Rafael Bottós, diretor da companhia, o mecanismo foi primordial para introduzir tecnologias como máquinas a laser a custos acessíveis no país. “Com a proteção do conteúdo local poderíamos aumentar nossa capacidade de investimento. É preciso ajustá-lo para que as empresas sejam fortes a ponto de conseguirem exportar e se tornarem mundialmente relevantes”, defendeu.

Também participaram do painel “A Política de Conteúdo Local no Brasil - A perspectiva da indústria” representantes das empresas NB Máquinas, Delp, Alston e Bardella. O debate foi mediado pela diretora do BNDES, Claudia Prates.

O evento aconteceu em 14 de fevereiro, no BNDES.

 
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