Eduardo Eugenio (foto) e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, defenderam que a Alerj aprove sem restrições a adesão do Estado do Rio ao novo Repetro-SpedFoto: Vinícius Magalhães
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira e Pedro Parente, presidente do Sistema FIRJAN e da Petrobras, respectivamente, defenderam que a Alerj aprove sem restrições a adesão do Estado do Rio ao novo Repetro-Sped. O tema foi tratado em evento realizado nesta terça-feira, na sede da Federação.
"Nós precisamos da ajuda de todos os líderes políticos para entenderem o que é o mercado de petróleo e o que ele pode refletir em termos de investimentos, renda e empregos. O Rio de Janeiro, através de seus políticos, está dando um recado exatamente ao contrário. Uma coisa é a crise econômica e financeira do estado do Rio. A crise não tem nada a ver com isso. Achar que a margem do barril de petróleo é infinita é uma visão extremamente nociva", afirmou Eduardo Eugenio na abertura do evento, para uma plateia lotada de empresários.
O presidente da FIRJAN alerta ainda que o estado de São Paulo já está conversando com empresas fluminenses para atrai-las, numa clara evidência de perdas para o Rio: “Isso acontecerá caso o Projeto de Lei que restringe o Repetro seja aprovado na Assembleia Legislativa (Alerj)”. Ontem, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo aprovou a adesão do estado capixaba ao novo regime, sem restrições.
Parente manifestou a mesma preocupação. "Conforme o presidente da FIRJAN mencionou, são decisões que terão impactos. Por isso, é muito importante que a Alerj considere ao deliberar esse assunto que trará consequências extremamente danosas para o estado do Rio", afirmou. Ele comentou que já fez diversos encontros para mostrar aos deputados estaduais que o projeto é contrário aos interesses da indústria e da economia fluminense.
Após sanção do governo federal ao novo Repetro, os estados vêm celebrando o Convênio ICMS nº 03/2018, que autorizou a concessão do benefício fiscal e aduaneiro ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). O novo regime engloba operações nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, até 2040. Entretanto, há um projeto de lei (PL) em tramitação na Alerj, que pretende restringir o regime à fase exploratória e corresponde à menor parcela dos investimentos do setor.
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Pedro Parente apresentou ainda o Plano de Negócios e Gestão 2018-2022 da Petrobras que prevê investimentos de US$ 74,5 bilhões | Foto: Vinícius Magalhães
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Perspectivas
Parente esteve na FIRJAN para apresentar o Plano de Negócios e Gestão 2018-2022 da Petrobras que prevê investimentos de US$ 74,5 bilhões no período. Deste montante, 81% serão aplicados em Exploração e Produção de Petróleo (E&P), 18% em gás natural e o restante nas demais áreas. Dos US$ 60,3 bilhões previstos para E&P, apenas 11% irão para exploração, contra 77% para desenvolvimento da produção.
Neste período, 19 sistemas de produção entrarão em operação, sendo oito já este ano, dois em 2019, seis em 2021 e três em 2022. A produção de petróleo passará de 2,1 milhões para 2,9 milhões de barris/dia.
Este foi o quinto evento da série Desafios e Oportunidades para o Mercado de Petróleo e Gás, promovido pela FIRJAN que traz uma operadora, a cada mês, para apresentar sua visão de investimentos.
Confira o Plano de Negócios e Gestão 2018-2022 da Petrobras