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Educação / Competitividade

Carta da Indústria: Educação é diferencial

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Publicado em 31/10/2018 12:12  -  Atualizado em  31/10/2018 12:29

Reportagem especial da revista Carta da Indústria

Num futuro nem tão distante, metade de seus funcionários serão robôs. De acordo com pesquisa do Fórum Econômico Mundial, daqui a sete anos, 52% das tarefas laborais serão desempenhadas por máquinas. Enquanto se preparam para essa transição, as empresas começam a demandar dos profissionais novas habilidades, como criatividade, iniciativa e capacidade analítica. E é nesse cenário que se destaca a Firjan SENAI.

A instituição vem, ao longo dos anos, atualizando seu portfólio de cursos e serviços, para atender cada vez melhor à indústria fluminense. Um exemplo desse constante aprimoramento é o programa de qualificação desenvolvido sob medida para a Electrolux, multinacional sueca fabricante de eletrodomésticos. Com produtos inseridos no contexto da nova economia, que incorporam tecnologias inteligentes, como a Internet das Coisas (IoT), a empresa procurou a Firjan SENAI com o desafio de qualificar profissionais para realizar a manutenção de eletrodomésticos alinhados ao conceito de indústria 4.0.

A solução desenvolvida pela federação mescla aulas em dois ambientes: in company e num moderno centro de treinamento instalado no Instituto SENAI de Tecnologia (IST) em Automação e Simulação da Firjan SENAI especialmente para a Electrolux.

“Escolhemos a Firjan SENAI para essa parceria pelo seu reconhecimento nacional em qualificação”, explica Leonardo Montoya, supervisor de Engenharia de Serviços da Electrolux.

“Escolhemos a Firjan SENAI para essa parceria pelo seu reconhecimento nacional em qualificação. Nessa primeira fase, serão seis cursos, abrangendo ensinamentos de manutenção tanto de eletrodomésticos tradicionais quanto aqueles com tecnologias da indústria 4.0”, explica Leonardo Montoya, supervisor de Engenharia de Serviços da empresa.

Edson Melo, gerente de Educação Profissional da federação, lembra que, além da capacidade tecnológica de ponta, um dos grandes diferenciais da Firjan SENAI é justamente preparar os alunos – jovens ou já colaboradores de empresas – para se adaptarem a todos os ambientes e situações que podem ocorrer no mercado de trabalho. “Nós desenvolvemos as abordagens técnicas necessárias para as indústrias, além dos aspectos socioemocionais, importantíssimos em um mundo em constante e rápida transformação”, explica.

Soluções para problemas reais

Uma iniciativa que reflete bem o propósito de oferecer uma educação integradora, que une teoria e prática, é o Desafio Firjan SENAI + Indústria, em que as empresas enviam suas demandas para os alunos pensarem soluções a partir de ideias inovadoras, desenvolvendo um projeto com protótipo. “O Desafio contribui para a formação profissional dos alunos, que ainda podem mostrar todo o seu potencial ao mercado. Isso porque eles trabalham em equipe, propõem soluções para situações não programadas e passam a ter uma visão interdisciplinar”, explica Carla Giordano, gerente de Tecnologia e Inovação da Firjan.

O projeto Sistema de Gestão e Monitoramento de Energia Elétrica (SIGME), aplicativo que controla o consumo de equipamentos, é fruto desse trabalho coletivo. Essa tecnologia oferece um mecanismo de medição inteligente, além de gerar relatórios dos gastos diários de um estabelecimento, por exemplo. A ideia foi desenvolvida por três ex-alunos da Firjan SENAI. Uma das criadoras é Letícia Bento, 20, que estudou Multimídia na unidade Maracanã. De acordo com ela, o grupo está buscando investidores para inserir a ideia no mercado. Um dos caminhos que tentam é a captação de recursos via editais, como o da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). “Ter participado do Desafio abriu muitas portas. Ao nos formarmos, conseguimos emprego em nossas áreas. Nosso objetivo é, futuramente, abrir um negócio juntos”, contou Letícia, que hoje trabalha em uma startup. 

Modelo transversal 

Em São João da Barra, a Ferroport, que opera o terminal portuário de minério de ferro do Porto do Açu, procurou a federação com uma demanda diferente: o foco era a comunidade do entorno do empreendimento. Segundo Henrique Savaget, coordenador de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da empresa, a proposta era contribuir para a geração de renda e a empregabilidade na região Norte. O modelo desenvolvido para a Ferroport, joint-venture entre a Prumo Logística e Anglo American, envolveu cursos de aperfeiçoamento profissional e capacitação da Firjan SENAI e ações de responsabilidade social e engajamento comunitário. Já foram capacitados 250 moradores desde 2017. Parte deles (52) hoje trabalha no Porto do Açu ou abriu seu próprio negócio.

No portfólio de cursos estão alguns de áreas técnicas apropriadas ao Porto, entre eles Operação de Empilhadeira e Tecnologia de Motores a Diesel. “Estamos sempre em busca das melhores práticas do mercado. Os cursos de capacitação visam ampliar as chances de os moradores serem empregados pelo próprio Complexo Portuário do Açu. Valorizamos muito essas ações. Temos vários depoimentos de pessoas que melhoraram sua qualidade de vida após os cursos e hoje estão empregadas ou prestam serviço para o Porto”, ressalta Savaget.

Periodicamente a Ferroport promove reuniões de diálogo com a população, em que são debatidas as oportunidades. “A partir desses encontros, ampliamos o escopo de cursos oferecidos. Alguns moradores solicitaram cursos na área de alimentos, como o Confeitaria Fina, e oficinas de capacitação. Isso porque identificaram que havia espaço para se tornarem fornecedores de empresas instaladas no Porto”, conta o coordenador.

Leia a íntegra desta matéria na edição de outubro da revista Carta da Indústria.

 

 
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