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Apesar de redução na produção industrial, parcela de produtos exportados aumenta 5,6% em 2016

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Publicado em 06/02/2017 13:12  -  Atualizado em  06/02/2017 13:31

Apesar da forte queda na produção industrial ocorrida em 2016 no Brasil, o volume de produtos exportados cresceu, segundo o Índice FIRJAN de Produção Exportada, divulgado nesta segunda-feira (06/02). No ano passado, houve um recuo de 6,1% da produção da indústria de transformação, em relação a 2015. No entanto, a quantidade exportada cresceu 5,6%.

O índice mede a parcela da produção industrial de transformação brasileira destinada às vendas externas, levando em consideração dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Entre 2015 e 2016, o IFPE avançou de 16,2% para 17,3%, o maior valor para o ano desde o inicio da série histórica do estudo, que começou em 2003.

Segundo o coordenador de estudos econômicos do Sistema FIRJAN, Jonathas Goulart, é importante notar que o movimento do IFPE acompanha o movimento do câmbio. “O maior crescimento do índice ocorreu no período em que o real apresentou depreciação frente ao dólar, a partir do segundo semestre de 2014 até o primeiro semestre do ano passado. Já no segundo semestre de 2016, com a valorização do real, o indicador recuou em relação ao primeiro semestre, indo para 17,3%, depois de ter alcançado os 17,8%”, explica.

Entre os 24 setores da indústria da transformação analisados, 21 aumentaram a parcela da produção exportada (IFPE) em 2016, na comparação com o ano anterior. A baixa atividade fabril foi determinante para esse resultado, já que quase todos os setores que aumentaram as exportações também reduziram a quantidade produzida. Dois setores - Fumo e Fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamento) - apresentaram o menor nível de produção industrial, desde 2003, e, ao mesmo tempo, um nível recorde no IFPE. “Esse recorde aconteceu pois houve um aumento nas exportações junto com uma redução na produção nesses setores. Assim, a parcela exportada de tudo que é produzido é proporcionalmente maior”.

Os resultados do IFPE mostram que o setor externo foi uma alternativa insuficiente à baixa demanda interna, resultado da conjuntura econômica do país nos últimos dois anos. Afinal, de fato, houve um aumento da parcela exportada pela indústria de transformação, porém, esse movimento foi explicado muito mais pela queda de produção do que pela conquista de novos mercados no exterior. Dessa forma, esse efeito foi insuficiente para impulsionar a atividade industrial no país.

A expectativa para os próximos anos é de crescimento da economia mundial. Para que o Brasil possa aproveitar esse cenário e aumentar a inserção internacional de seus produtos, no entanto, é necessário um avanço em questões estruturais, como carga tributária, custo do trabalho e infraestrutura, fatores que podem reduzir os custos de produção e aumentar a competitividade permanentemente.

Acesse o estudo completo. 

 
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