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Anuário da Indústria de Petróleo 2018 traz contexto e perspectivas sobre o mercado

Presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira abriu o seminário de lançamento do Anuário da Indústria de Petróleo 2018

Presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira abriu o seminário de lançamento do Anuário da Indústria de Petróleo 2018Foto: Fabiano Veneza

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Publicado em 10/07/2018 18:07  -  Atualizado em  16/07/2018 18:49

O Sistema FIRJAN lançou em 5 de julho a 3ª edição do Anuário da Indústria de Petróleo, com fatos e dados estatísticos do ano de 2017, além das perspectivas e desafios para 2018. O evento de lançamento reuniu os principais players do mercado.

“O novo ciclo de oportunidades em P&G no país finalmente se iniciou. Nos leilões do ano passado e deste ano pudemos visualizar, o apetite dos investidores, evidenciando a força do Brasil e de suas reservas. Precisamos continuar mantendo essa sinergia para prosperar no futuro”, discursou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da FIRJAN.

O Anuário da Indústria de Petróleo 2018 foi produzido com base, principalmente, em dados divulgados pela ANP e pela U.S. Energy Information (EIA), além de contar com artigos de renomadas instituições do mercado. O documento oferece análises do Sistema FIRJAN, do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), da Petrobras, das oil companies Total e BP, as visões da Plural e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da contribuição e patrocínio da JLT.

Veja a apresentação de Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, sobre o Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro 2018

De acordo com o documento, 30% da produção de óleo do país vêm do Campo de Lula, enquanto 44% da produção do estado do Rio em 2017 vêm da Bacia de Santos. Além disso, a arrecadação de participações governamentais aumentou 83% em comparação a 2016. Em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), o mercado registrou montante de R$ 88,7 milhões em 2017, em face dos R$ 33,6 milhões no ano anterior.

“Outro dado relevante é que há mais de US$ 500 milhões em investimentos para exploração a partir das rodadas deste ano e a previsão de instalação de 12 dos 13 sistemas de produção até 2021 nas águas fluminenses”, detalhou Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN.

Em seu artigo, a Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência, conhecida como Plural, detalha os desafios e oportunidades do segmento de downstream. De acordo com Helvio Rebeschini, diretor de Planejamento Estratégico e Mercado da entidade, o segmento foi responsável por R$ 127 bilhões em arrecadação tributária em 2017. “O país tem demanda crescente, mas precisamos investir pesado em infraestrutura pelos próximos 30 anos para poder supri-la”, destacou.

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Durante o lançamento do Anuário, se debate as formas de atrair empresas para o mercado nacional

 

Por sua vez, Rodrigo Protasio, CEO Resseguros da JLT, abordou a questão do descomissionamento, quando se chega ao fim do ciclo de vida de um poço produtor de petróleo e este é devolvido nas condições originais, livre de danos ambientais. Para ele, a indústria vem dando pouca atenção ao assunto, já que até a metade desta década houve um número reduzido de projetos offshore descontinuados. “Precisamos prosseguir com esse debate para que estejamos prontos, com regulamentos claros, quando as primeiras desmontagens começarem a acontecer”, alertou.

 
Eduardo Chamusca, gerente geral da SBM Offshore, ressaltou como o ambiente de negócios do Brasil se mostrou mais atrativo aos investidores internacionais com a possibilidade de diversificar os operadores no pré-sal: “O fim da cláusula de operador único da Petrobras foi uma das mudanças que mais contribuiu para esse novo cenário”.
 
ANP fala sobre megaleilão
 
Já Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), defendeu que mais empresas sejam atraídas para o país, de modo a preencher o potencial de investimentos desta indústria. De acordo com ele, estudo da Agência aponta potencial de R$ 2,5 trilhões de investimentos a serem atraídos nos próximos 10 anos.

“Seria um investimento de R$ 250 bilhões por ano ao longo deste período. Isso não cabe no balanço de uma única empresa. Por isso, precisamos diversificar os atores, precisamos de muitas companhias produzindo e gerando emprego no Brasil", afirmou.

Ainda de acordo com Oddone, o governo pode arrecadar cerca de R$ 1,8 trilhão em tributos e royalties ao longo de 30 anos, caso consiga realizar o megaleilão do óleo excedente dos campos da área da Cessão Onerosa, na Bacia de Santos: “Considerando que o volume estimado do excedente do óleo nessa concessão seja de pelo menos dez bilhões de barris de petróleo, será necessária a instalação de 17 sistemas de produção. Somente as plataformas necessárias para isso representarão investimentos da ordem de US$ 102 bilhões”.

 
No entanto, para a realização do megaleilão ainda neste ano, é necessário que governo federal e Petrobras cheguem a um acordo em relação às negociações sobre o contrato da Cessão Onerosa. Em 2010, o governo concedeu à Petrobras o direito de explorar, sem leilão, reservas de 5 bilhões de barris de petróleo.
 
Visão internacional
 
O evento contou ainda com um painel estratégico internacional, correalizado com a The Oil & Gas Year (TOGY), apresentando o contexto mundo para o mercado de petróleo. A iniciativa foi uma parceria com o Sistema FIRJAN. “Lançaremos este ano um relatório sobre o mercado P&G no Brasil também”, anunciou Madalena Soares de Albergaria, diretora da TOGY.
 
 
O debate contou com a participação de Eduardo Chamusca, gerente geral da SBM Offshore; de Antônio Guimarães, secretário executivo de Exploração e Produção do IBP; de Antonio Frederico Rodrigues, gerente financeiro da Prezioso Lingebygg; e de Alexander Thomson-Payan, fundador-presidente da Thomson Group International.
 
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